terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Aos 86 anos, morre Dona Salomé, a torcedora-símbolo do Cruzeiro

Não há um metro quadrado da casa de Salomé Silva, no Bairro Inconfidentes, em Contagem, que não lembre sua maior paixão, o Cruzeiro.

A torcedora-símbolo do Cruzeiro, Maria Salomé da Silva, a Dona Salomé, de 86 anos 
morreu de problema cardíaco na madrugada desta terça-feira (10.12), em Belo 
Horizonte. De acordo com seu filho, Roberto da Silva, ela morreu no hospital, 
após passar mal no Mineirão, no último domingo (08.12), antes da confusão 
generalizada, quando o time foi rebaixado para a Série B do Campeonato 
Brasileiro. Foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada a uma Hospital. 
Salomé tinha problema de hipertensão.
Conhecida como Dona Salomé, a torcedora é conhecida por toda a torcida cruzeirense 
e era funcionária do clube. Ela não faltava a quase nenhum jogo e acompanhava 
o time de coração em outros esportes também, como o vôlei.
Nas redes sociais, torcidas de inúmeros clubes renderam homenagens à dona Salomé, 
como era conhecida entre torcedores cruzeirenses, e prestaram condolências aos 
amigos e familiares próximos a ela. 
Apaixonada pelo time celeste, Maria Salomé era presença carimbada nas partidas 
disputadas pelos elencos cruzeirenses, quer do futebol, quer do vôlei, sempre ao 
lado de sua raposa de pelúcia – mascote do time.  
"Ela disse que se não estivesse no Mineirão no domingo, passaria mal do mesmo jeito",
comentou o filho.
O diretor-superintendente o Cruzeiro, Ronaldo de Assis Carvalho, disse 
que a notícia os pegou de surpresa, mas que certamente o clube vai 
prestar as homenagens que a torcedora símbolo merece.
Dona Salomé deixa o único filho, Roberto da Silva, de 61 anos, e três netos. 
A família ainda não decidiu sobre o velório e o enterro.
"MORA DENTRO DO MEU CORAÇÃO”
Não há um metro quadrado da casa de Salomé Silva, no Bairro Inconfidentes, em 
Contagem, que não lembre sua maior paixão, o Cruzeiro. Bandeirões enfeitam o lado 
de fora da casa, um pedaço de grama sintética serve de tapete na sala, uma raposa 
empalhada decora a sala, fotos com ex-jogadores e dirigentes enfeitam o armário da 
cozinha e antigos banners fora a área de lavar, onde vivem seus papagaios, que levam 
o nome de Adilson Batista e Marcelo Moreno.
Salomé nasceu na zona rural de Bom Despacho e mudou-se para Belo Horizonte 
em 1958, para trabalhar em casas de família. A paixão pelo Cruzeiro veio com o 
marido, que jogava em um time amador em Bom Despacho cujo as cores eram azul 
e branco. Ao longo das décadas, o laço com o Cruzeiro foi ficando mais forte, 
com os primeiros títulos no Mineirão.
“Dia de jogo do Cruzeiro, eu nem consigo comer direito, perco a fome, perco o sono. 
Eu sofro por causa do time, mas ele me dá só alegria”, conta Salomé, Hoje, gabando-se 
de ter faltado a apenas 22 jogos no Mineirão, um no Independência e um em Sete 
Lagoas.
Desde a década de 1990, Salomé é funcionária do Cruzeiro, trabalhando como 
faxineira no clube do Barro Preto. Em dia de jogos, sai do trabalho direto para o 
Mineirão e encara dois ônibus de volta para casa, chegando em Contagem por 
volta de 2h. “Sou apaixonada pelo Cruzeiro e é o time que me mantém firme".
Fonte: www.superesportes.com.br e G1

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