Empresários se mobilizam para que Diamantina seja a sede do Parque Tecnológico da UFVJM
Fonte: Associação Comercial e Industrial de Diamantina – ACID/CDL
Na manhã da última segunda-feira, 07 de maio, ocorreu em Diamantina
um encontro memorável e de grande significado, que reuniu
autoridades dos meios universitário, empresarial e político. Em uma das
salas de reuniões da Reitoria da UFVJM, o magnífico reitor Prof. Pedro Ângelo,
discorreu sobre a implantação do Parque Tecnológico da UFVJM, o qual
planeja ser construído ao lado do aeroporto JK, em terreno de 56 ha, hoje
pertencente a Cia Estamparia, e que está em vias de ser doado à
universidade, assim como ocorreu com o terreno anexo, já doado também
pela Cia Estamparia, de quase 20ha, para a construção do IFET (Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e da Moradia Estudantil, conforme
reiterou na reunião, o reitor do IFET Norte de Minas – Prof. Paulo César
Pinheiro de Azevedo.
Planta da área que deverá abrigar o Parque Tecnológico da UFVJM (56,3ha),
o IFET – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (13,5ha) e
a Moradia Estudantil (5,6ha) – terreno que deverá ser doado pela Cia.
Estamparia está localizado ao lado da pista do Aeroporto JK
Neste amplo espaço tecnológico, estrategicamente alocado junto ao
aeroporto, o alvo principal será a indústria aeronáutica, e caberá ao IFET,
cuidar da formação de técnicos em mecânica de aeronaves, entre outras
especializações; enquanto a UFVJM focará na formação de engenheiros
aeronáuticos e pilotos de aeronaves, além de propiciar espaço e mão de obra
qualificada para a instalação de empresas do setor. Completando a
parceria, diversas instituições, entre as quais o ITA – Instituto Técnico
Aeronáutico de São José dos Campos e a EMBRAER, ambos já em processo de
negociação. Esta lógica de otimização do aeroporto JK pelos setores
acadêmicos e de empresas de base tecnológica, também atrairá as companhias
aéreas que consolidarão novas rotas de ligação entre Diamantina e diversas
outras cidades, fator de suma importância ao desenvolvimento regional.
Segundo o Gerente Regional da Cia Estamparia, Sr. Álvaro Palhares, a empresa
(que atua há 55 anos no município e gera emprego, renda e divisas) também
foi à doadora do terreno que hoje abriga o Campus II da UFVJM (162 ha), do
terreno do loteamento Cidade Nova, do terreno do Presídio, além de
outras áreas de grande importância ao progresso de Diamantina, o que
demonstra seu compromisso de retorno para com a cidade e seu povo.
Além disso, a Cia Estamparia possui projetos futuros de investimento no
município, que contribuirão de forma ampla e efetiva, para o desenvolvimento
da região. O Sr. Álvaro ressaltou, porém, que, para a efetivação da doação do
terreno para a construção do Parque Tecnológico da UFVJM, a direção da
Cia Estamparia condiciona a ação à necessidade de cooperação entre a
prefeitura e a empresa, no tocante a um desmembramento de terreno de
200m2 em uma de suas propriedades na cidade, e que embora o pedido
tenha sido feito em dezembro de 2011, até o presente momento não foi
atendido, fato que levou a direção da empresa a interromper o processo
de doação.
Representantes do meio universitário, agências de desenvolvimento,
do meio empresarial, do executivo e legislativo presentes na reunião
que tratou da instalação do Parque Tecnológico da UFVJM em
Diamantina e dos entraves que ainda impedem a conclusão do projeto
O executivo municipal, presente na reunião através do prefeito Geraldo
da Silva Macedo, dos Secretários de Meio ambiente, Sr. Marcílio e da
Educação, Sr. Sérgio, além da profissional técnica responsável pelo
setor, a arquiteta Débora, justificou que delonga no processo de
desmembramento se deve ao fato do referido terreno estar inserido em
uma área onde foi firmado um TAC com o Ministério Público e com o IEPHA.
Porém o Sr. Álvaro contestou o parecer da prefeitura e alegou já ter,
inclusive, conversado com o promotoria e com o IEPHA, que não
encontraram nenhuma ilicitude no pedido da empresa, e disseram que o
desmembramento depende somente da boa vontade da prefeitura.
O presidente da INOVALES e coordenador do Polo de Inovação Tecnológica
de Diamantina, Prof, Luiz Eustáquio Lopes Pinheiro, sugeriu a todos
os envolvidos, formatar uma reunião com a Direção da Cia. Estamparia,
com intuito principal de demonstrar o devido apreço, reconhecimento e
agradecimento a esta empresa que tanto fez e faz à cidade de Diamantina,
além de buscar ações efetivas de aproximação e cooperação entre a Cia.
Estamparia, a UFVJM, o IFET e o poder público.
O Reitor Prof. Pedro Ângelo, com muita objetividade e profissionalismo,
alertou que a cidade de Janaúba, que também possui um dos campi da
UFVJM, já doou um terreno próximo ao seu aeroporto e que, caso
Diamantina não manifeste o interesse da mesma maneira, e em tempo
hábil, o Parque Tecnológico seguirá para aquela cidade do norte de minas,
que demonstra muito interesse em recebe-lo.
Diante dos fatos, o recém eleito presidente da ACID, Sr. Guilherme Coelho,
em nome de toda classe empresarial, cobrou dos envolvidos uma solução
rápida para o problema e ressaltou que o empreendimento é um salto muito
grande para a Diamantina do futuro, e que a cidade não pode, de maneira
alguma, perder mais uma grande oportunidade, que isto deve estar acima
de qualquer tipo de interesse, seja ele político ou pessoal. Também
colocou a ACID a inteira disposição para auxiliar o processo em qualquer
gargalo existente, conclamando toda a diretoria e associados a acompanharem
de perto a evolução do processo.
Ficou estipulada a data de 21 de maio como prazo final para que a Universidade
obtenha um parecer favorável sobre a doação do terreno por parte da Cia.
Estamparia. O Sr. Álvaro comprometeu empenho máximo nesta causa, buscando
inclusive outros caminhos para resolver a questão, mas solicitou da
Prefeitura, sensibilidade e agilidade na análise do pedido da empresa.
Para finalizar, salienta-se as importantes participações dos vereadores
Sr. Cássio Moreira e Sr. Cícero Teixeira; além do ex-presidente da ACID
Sr. Carlos Marques Moreira e diretores; também professores assessores
especiais da UFVJM, IFET, INOVALES e Polo de Inovação Tecnológica de
Diamantina; assim como do Sr. Jean-François Favreau - coordenador do EPIL.
Um comentário:
O que são 200 metros quadrados se comparados a tudo o que esse Parque proporcionará a Diamantina e região, senhor prefeito?
Bastaria falar em parceria com ITA e EMBRAER para centenas de cidades apresentarem excelentes projetos para ganharem uma oportunidade como esta que estamos a ponto de perder, graças a um capricho político e sem fundamentos.
Que lástima.
Eu me recuso a assistir calada à forma disciplicente com que está negociação está sendo encarada pelo Prefeito de Diamantina.
É inadmissível que um empreendimento dessa magnitude, que envolve grandes empresas, que irá movimentar os setores como o da indústria, educação e aeronáutica, formando profissionais que estão em falta no mercado e ainda tratá emprego, sem falar na abertura de novas rotas aéreas passando por Diamantina, sejá tratado tão levianamente.
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