quinta-feira, 27 de abril de 2017

Deputados federais aprovam retirada de direitos trabalhistas


Câmara dos deputados enterra a CLT

TEXTO-BASE TEVE 296 VOTOS CONTRA 177.

Conheça os votos dos 53 deputados federais de Minas Gerais. 29 foram a favor, 20 contra e 4 abstenções.

Michel Temer, que chegou ao poder por meio de um golpe parlamentar, consegue aprovar no Congresso sua reforma trabalhista, que privilegia o negociado sobre o legislado.
Isso significa que direitos antes consagrados na CLT poderão ser sacrificados, se houver acordo entre patrões e empregados.
O texto-base foi aprovado na noite desta quarta-feira, 26.04.17, por 296 votos a 177.
A base de Temer ainda tentou uma manobra para que a votação não fosse nominal, e a população não pudesse saber quem apoiou o fim de direitos trabalhistas, mas a oposição conseguiu evitar.
Deputados contra a reforma levaram cartazes com a imagem da CLT rasgada, além de caixões e cruzes, para denunciar a morte das leis trabalhistas.

26 DE ABRIL DE 2017 ÀS 22:42 // WWW.BRASIL247.COM

247 - O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira, 26.04, a proposta da reforma trabalhista sugerida por Michel Temer. A aprovação foi aprovada por 296 votos contra 177, e aconteceu depois de muito protesto e confusão na Casa.
Deputados da oposição levaram caixões e grandes cruzes numa manifestação que denunciava a morte da CLT. Os parlamentares também levaram diversos cartazes com a imagem da CLT rasgada. Do lado de fora, trabalhadores colocaram fogo em caixões, também num ato contra a reforma.
Michel Temer, que chegou ao poder por meio de um golpe parlamentar, agora conseguiu aprovar a reforma que tanto pediam os empresários, e que ele prometeu ao mercado. 
O líder do PT, deputado Caros Zarattini (PT-SP), chegou a fazer uma denúncia na tribuna, de que entidades patronais como CNI e CNT estiveram por trás de diversas emendas do projeto de lei, e que não tiveram uma vírgula alterada por deputados pró-governo.
Durante a discussão nesta noite, a base de Temer ainda tentou uma manobra para que a votação não fosse nominal, para que a população não pudesse saber quem apoiou o fim de direitos trabalhistas, mas a oposição conseguiu evitar.
Além dos partidos de oposição (PT, PDT, Psol, PCdoB e Rede),  PSB, SD e PMB orientaram contra a aprovação do texto-base da proposta de reforma trabalhista, com exceção dos destaques apresentados. O PHS liberou a bancada. Depois de os deputados votarem os destaques, que visam pontos do texto do relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), o texto segue para o Senado.

O acordo e a convenção prevalecerão sobre a lei em 15 pontos diferentes do projeto, como jornada de trabalho, banco de horas anual, intervalo de alimentação mínimo de meia hora, teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho intermitente. Poderão ser negociados ainda o enquadramento do grau de insalubridade e a prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia do Ministério do Trabalho.

Veja as principais mudanças operadas com a reforma:
Prevalência do negociado sobre o legislado
Fortalece acordos individuais em detrimento da lei e de acordos e convenções coletivas. Poderão ser objeto de acordo individual: parcelamento de férias, banco de horas, jornada de trabalho, jornada em escala (12×36). Alguns pontos, porém, não poderão ser negociados, como FGTS, 13º salário e seguro-desemprego.

Jornada de trabalho
Flexibiliza a jornada para permitir que o empregado trabalhe 12 horas ininterruptas, sem intervalos, por 36 horas de descanso (jornada de 12 x 36), mediante mero acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo, e sem intervalos.

Férias
Permite o parcelamento das férias, conforme acordo, em até três vezes, desde que um dos períodos tenha pelo menos 14 dias.

Hora de percurso
Extingue o pagamento da chamada “hora de percurso” (horas in itinere) – o tempo gasto pelo empregado para chegar ao emprego, no caso de local de difícil acesso, ou não servido por transporte público, em condução fornecida pelo empregador – não será mais computado na jornada de trabalho.

Danos morais e patrimoniais
Restringe as hipóteses e estabelece limites para as indenizações por danos morais e patrimoniais.

Imposto sindical
Torna facultativas as contribuições de custeio ou financiamento sindical, exigindo prévia autorização individual para a sua cobrança e desconto.

Justiça trabalhista
Afasta dos tribunais regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho (TST) a possibilidade de anular acordos e convenções coletivas contrárias à lei. Nega ao trabalhador a gratuidade processual plena quando faltar à primeira audiência e quando as perícias tiverem resultado negativo, retirando dos juízes a possibilidade de exame caso a caso. Prevê punições para as pessoas que agem com má-fé em processos judiciais na área trabalhista, seja ela o reclamante, o reclamado ou interveniente.

Rescisão por acordo
Permite a extinção do contrato de trabalho “por acordo”, reduzindo o valor do aviso prévio indenizado e a multa de 40% sobre o saldo do FGTS pela metade. Nesse caso, o trabalhador poderá sacar 80% do saldo do FGTS. Mas não terá direito ao seguro-desemprego. A rescisão passará a ser feita na própria empresa, na presença dos advogados do patrão e do trabalhador, e não mais em sindicatos como prevê a legislação hoje.

Trabalho intermitente
Cria a figura do contrato de trabalho não contínuo. O trabalhador poderá atuar apenas alguns dias da semana, ou algumas horas por dia, conforme negociação com o empregador. No período de inatividade, o trabalhador poderá prestar serviços a outros contratantes. O valor da hora de trabalho não poderá ser inferior ao valor horário do salário mínimo nem ao dos demais empregados da empresa.

Teletrabalho (home office)
É caracterizado como prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador (não necessariamente em casa), por meio da utilização das tecnologias da informação e comunicação. O contrato individual de trabalho precisa especificar quais são as atividades realizadas pelo funcionário.

Terceirização
Cria quarentena, de pelo menos 18 meses, pela qual o empregador não poderá demitir o trabalhador efetivo e recontratá-lo como terceirizado.

Mulheres
Grávidas ou lactantes (mulheres que estão amamentando) poderão trabalhar em ambientes considerados insalubres, por meio da apresentação de atestado médico, garantindo que não há risco à mãe nem ao bebê.

Sucessão empresarial
Quando uma empresa comprar a outra terá de arcar com as obrigações trabalhistas.

Uma visão sobre a reforma trabalhista:
Antônio Augusto de Queiroz, do Diap: 


ESTAMOS DE OLHO NESSES TRAIDORES!!!
Deputados mineiros (que votaram SIM) são traidores dos trabalhadores do Brasil. 
Não votem nesses calhordas!

Adelmo Carneiro Leão PT Não
Ademir Camilo  PTdoB Não
Aelton Freitas PR Sim
Bilac Pinto PR Sim
Brunny PR Sim
Caio Narcio PSDB Sim
Carlos Melles DEM Sim
Dâmina Pereira PSL Psl Não
Delegado Edson Moreira PR Sim
Dimas Fabiano PP PpPtnPTdoB Não
Domingos Sávio PSDB Sim
Eduardo Barbosa PSDB Sim
Eros Biondini PROS PtbProsPsl Não
Fábio Ramalho PMDB Sim
Franklin Lima PP PpPtnPTdoB Sim
Jaime Martins PSD Sim
Jô Moraes PCdoB Não
Júlio Delgado PSB Não
Laudivio Carvalho Solidaried Não
Leonardo Monteiro PT Não
Leonardo Quintão PMDB Sim
Lincoln Portela PRB Não
Luis Tibé PTdoB PpPtnPTdoB Sim
Luiz Fernando Faria PP PpPtnPTdoB Sim
Luzia Ferreira PPS Sim
Marcelo Álvaro Antônio PR Não
Marcelo Aro PHS Sim
Marcos Montes PSD Sim
Marcus Pestana PSDB Sim
Margarida Salomão PT Não
Mauro Lopes PMDB Sim
Misael Varella DEM Sim
Newton Cardoso Jr PMDB Sim
Padre João PT Não
Patrus Ananias PT Não
Paulo Abi-Ackel PSDB Sim
Raquel Muniz PSD Sim
Reginaldo Lopes PT Não
Renato Andrade PP PpPtnPTdoB Não
Renzo Braz PP PpPtnPTdoB Sim
Rodrigo de Castro PSDB Sim
Rodrigo Pacheco PMDB Sim
Saraiva Felipe PMDB Sim
Stefano Aguiar PSD Não
Subtenente Gonzaga PDT Não
Tenente Lúcio PSB Sim
Toninho Pinheiro PP PpPtnPTdoB Sim
Weliton Prado PMB Não
Zé Silva Solidaried Não
Total Minas Gerais: 49


ABSTENÇÃO
Diego Andrade PSD
Gabriel Guimarães PT
George Hilton PSB

Mário Heringer PDT

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