sábado, 2 de junho de 2018

"Contra uso político das estatais", diz puxas. "Elas são minhas", agradece o mercado.



"Privatizar os lucros, estatizar os prejuízos", é a lei das elites empresariais brasileiras.


Presidentes do Banco do Brasil e BNDES alertam contra uso político de estatais.


SÃO PAULO (Reuters) - Os presidentes Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social alertaram nesta terça-feira contra o uso político de estatais por governos, em meio a discussões sobre a política de preços da Petrobras desencadeadas pela greve dos caminhoneiros.
“O Brasil tem experiências malsucedidas de mau uso de estatais, incluindo bancos, pelo governo”, disse o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2018. “Ninguém mais vai aceitar propostas de candidatos (nas eleições) que prejudiquem as estatais.”
O presidente-executivo do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disse que a experiência de usar bancos públicos para tentar baixar os juros bancários fracassou. “Essa política deu errado”, disse Caffarelli.

Os paus-mandados do Temer e do mercado acima a interferência do Estado no Mercado, mas são a favor do Mercado no Estado. "Somos contra o uso político das estatais", afirmam categóricos. "As estatais são minhas", dizem as vozes  ventríloquas do mercado.


Só podem ser usadas para o mercado, para grandes investidores obterem  grandes lucros nas ações e o povo pagar a conta?
Como vem acontecendo, nos últimos dois anos, com o golpe, na Petrobrás. Preços dos combustíveis são aumentados para favorecer as petrolíferas estrangeiras e sucatear a estatal brasileira.
Como a CEMIG atua, aumentando em 23,7% as tarifas de contas de energia, a partir de 28 de maio, mesmo obtendo um lucro de mais de R$ 1 bilhão, em 2017, e ainda R$ 467 milhões, no primeiro trimestre de 2018. Autorização da ANEEL, também agência estatal que serve ao mercado.

Como na adesão do REFIS - Refinanciado Parcelado de Dívidas, da JBS que conseguiu economizar cerca de R$ 1,1 bilhão. Ela obteve reduções de 80% dos juros de mora, 50% das multas de mora e de ofício e 100% dos encargos legais, no final de 2017.
O Programa de Regularização Tributária Rural,o “Refis” do agronegócio, propõe negociar R$ 18 bilhões de dívidas de latifundiários com bancos estatais e Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural - FUNRURAL. Com o programa, o governo Temer estima uma renúncia de R$ 5,44 bilhões até 2020. Desse total, R$ 1,87 bilhão apenas em 2018.

Em 2017, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF livrou o Banco Itaú de uma dívida de R$ 25 bilhões  a respeito de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) na fusão com o Unibanco. 
O memso CARF deu ganho de causa para o Banco Santander,  no valor de R$ 338 milhões, acerca de cobranças de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).O Santander alegou que as broncas foram “herdadas” pela instituição financeira após a aquisição do ABN AMRO. 

Como na extreação do petróleo, produção e comercialização de gás, gasolina e diesel, devem seguir regras da dolarização, entregando as refinarias para a Shell, Exxon Mobil, Chevrom e outras, para sucatear a Petrobrás, construída com dinheiro público, e gerar altos dividendos a acionistas e multinacionais, deixando a população sem qualquer tipo de proteção.

"Tornar estatal os prejuízos, privatizar os lucros!", é a lei das elites golpistas empresariais e políticas.

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