Chica da Silva é a filha mais famosa do também famoso lugarejo que atrai mais de 5 mil ecoturistas, no evento cultural.
De 15 a 23 de Julho de 2017, Milho Verde explodirá cultura e arte.
Distrito da cidade do Serro, a 105 km de Diamantina, 25 km do Serro e 248 km de Belo Horizonte, o povoado famoso pelas suas belezas naturais e povo acolhedor, no Alto Jequitinhonha, realiza o Encontro Cultural de Milho Verde, promovido Instituto Milho Verde. Neste ano, a sua 17ª edição homenageia Chica da Silva.
Personagem de imagem forte e resistente, Chica da Silva nasceu em Milho Verde, onde possui registros que comprovam o seu batismo na Igreja Nossa Senhora Prazeres, cartão postal do vilarejo.
Durante toda semana do evento, diversas atividades artísticas e culturais são oferecidas a toda a comunidade e também turistas vindos de todo o Brasil e do mundo.
No ano de 2016, estipula-se que mais de 5000 pessoas participaram de mais de 27 oficinas e apresentações, além de rodas e saberes, mutirão de bioconstrução, distribuição de mudas nativas e passeios de Ecoturismo, como o Monumento Natural Estadual Várzea do Lajeado e Serra do Raio.
Desde o ano 2000, o Encontro Cultural do Milho Verde estimula a economia e movimenta o fluxo de turistas na região, chegando a ficar com 100% de ocupação nos meios de hospedagem.
Maiores informações sobre o evento e como ajudar na realização do Encontro, você pode encontrar através da pagina do Facebook Instituto Milho Verde ou 17º Encontro Cultural de Milho Verde.
Por Marcus Santos / Instituto Milho Verde
Conheça melhor Milho Verde:
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população no ano de 2010 era de 1 275 habitantes, sendo 655 homens e 620 mulheres, possuindo um total de 548 domicílios particulares. Foi criado pela lei provincial nº 830, de 11 de julho de 1857.
História de Milho Verde
Situa-se na região do Alto Jequitinhonha, próxima à nascente deste rio. Arraial criado no início do século XVIII, originou-se da lavra de minerais preciosos de Manuel Rodrigues Milho Verde, natural da Província do Minho, em Portugal, e abrigou um posto de fiscalização da entrada e saída no Distrito Diamantino.
A segunda versão, e é a que é mais aceita, é a de que na época dos desbravamentos do interior do país, capitaneado pelos bandeirantes, estes chegaram a um pequeno vilarejo em que havia um senhor de alcunha Seu Mudesto. O que o senhor tinha a oferecer aos desbravadores era milho verde. Sendo assim, estes nomearam aquele local de Milho Verde.
De aspecto e modo de vida tradicionais, com casario e igrejas antigas cercados de montanhas de pedra e cachoeiras da Serra do Espinhaço, e afastada da velocidade e tecnologia do mundo moderno, Milho Verde veio a se tornar um dos cartões-postais de Minas Gerais, sendo muito visada pela atividade turística e atraindo um grande número de novos moradores, com impactos diversos para a população local. Distante poucos a 35 quilômetros de Diamantina, integra roteiros turísticos de cunho histórico, cultural e ecológico, tais como o da Estrada Real.
A história do lugarejo é enriquecida por fatos como a descoberta dos primeiros diamantes da região e além do mais é a terra de Chica da Silva, já que esta nasceu na região hoje conhecida como Baú, um pequeno lugarejo que compõe o distrito de Milho Verde. Chica veio a ser batizada na igreja da Matriz de Milho Verde.
O lugarejo apresenta bela paisagem, com ampla vista de vales, serras e do Pico do Itambé. Nos remete bem a música de Vilarejo, de Marisa Monte. A vegetação é de campos rupestres e de altitude, além de cerrado, típicos da região, entremeada por inúmeros cursos de água. As casas são simples e as ruas estreitas, muitas totalmente invadidas por grama verde durante a maior parte do ano.
Milho Verde tem na igrejinha de Nossa Senhora do Rosário, construída em barro e madeira, ao mesmo tempo uma atração e um símbolo. São várias as opções de cachoeiras e passeios pelas serras, além da tradicional comida caseira, queijos, doces, cachaças, vinhos e licores de produção artesanal, principalmente nas épocas das frutas típicas da região.
A Associação Comunitária e algumas ONGs têm hoje um importante papel no distrito, com iniciativas sócio-culturais-ambientais, produção de material de construção, creche e coleta de lixo, contribuindo para intermediarem a relação entre o turismo crescente e a manutenção da qualidade de vida da população.
Fonte: Wilipedia
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