quarta-feira, 26 de junho de 2019

Araçuaí e Teófilo Otoni ficam sem os vôos do Programa Voe Minas encerrado por Zema

Entre as principais cidades afetadas com a suspensão dos voos estão Teófilo Otoni e Araçuai. Municípios se mobilizam para evitar o fim do programa.

Foto: Gazeta de AraçuaiGoverno encerra o programa Voe Minas. Araçuai está entre as cidades afetadas
Rota BH- Araçuai foi inaugurada em 6 de junho de 2017.
O programa Voe Minas, que subsidia viagens aéreas entre Belo Horizonte e importantes cidades do interior do Estado para incentivar o desenvolvimento econômico regionalizado, será extinto a partir de 30 de junho. A informação é da  Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) responsável pelo  programa que demandou, entre 2016 e 2019, R$ 18 milhões de recursos públicos.
 
Entre as principais cidades afetadas com a suspensão dos voos estão Teófilo Otoni e Araçuai.
  
Em nota, a Codemge explicou que em função da crise, o subsídio para os voos será cortado, mas existe a possibilidade das rotas serem operadas pela iniciativa privada e que há tratativas em andamento neste sentido. 
 
O programa já havia passado por uma redução em abril deste ano, com a desativação de rotas para oito municípios em que havia baixa ocupação nos voos afetando os seguintes municípios: Almenara (Vale do Jequitinhonha); Araxá e Patrocínio, no Alto Paranaíba; Guaxupé, Passos, Poços de Caldas, Pouso Alegre e Varginha, no Sul de Minas; Piumhi (Centro-Oeste); Uberlândia (Triângulo Mineiro) e Viçosa (Zona da Mata).
  
Restaram nove rotas – para Araçuaí, Belo Horizonte, Caratinga, Diamantina, Governador Valadares, Ipatinga, Manhuaçu, Patos de Minas e Teófilo Otoni – que agora serão desativadas.
  
A realização  dos voos semanais é considerada fundamental para a economia das cidades, principalmente na região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri mas para Codemge, modelo se esgotou. 
 
Para operacionalizar o projeto, a Codemge compra horas-voo de empresa aérea licitada pelo Estado e as distribui entre as cidades, com vendas de passagens diretamente pelo site da companhia ou por agentes de turismo, conforme explicou à comissão o assessor da presidência da Codemge, Leonardo Ratton.
 
 
Audiência não contou com participação de representante de Araçuai.
Audiência não contou com participação de representante de Araçuai.
 Na última segunda-feira (24) foi realizada audiência pública na Assembléia Legislativa de Minas (ALMG) para discutir o assunto. 
 
Representantes dos municípios pedem ao governo de Minas a manutenção do programa por mais 6 meses e estão em busca de soluções para manter os voos. Este periodo é considerado essencial para a criação de alternativas para custear a manutenção dos voos.  " Sabemos que Minas Gerais está passando por uma crise, mas não podem ocorrer corte de gastos em projetos que estão funcionando e que levam o desenvolvimento econômico para as regiões mais esquecidas como o Jequitinhonha e Mucuri", avalia o deputado Gustavo Santana (PL) autor do pedido para realização da audiência pública.
 
Em Teófilo Otoni, está sendo criado um fundo para compensar a empresa operadora, caso a ocupação fique abaixo do esperado. 
Os voos são realizados dois dias na semana somando 80% da capacidade ocupada. É uma demanda grande que traz desenvolvimento para a região e atrai negócios. Sem os voos , a economia regional será muito afetada", afirma o deputado.
 
Pelo site do Voe Minas é possível encontrar passagens entre a capital e as nove cidades para o mês de junho. Para  Araçuai e Teófilo Otoni, , por exemplo, quem sai do aeroporto da Pampulha tem que desembolsar cerca de R$600– a volta custa R$ 485. Uma passagem de ônibus entre Belo Horizonte e Teófilo Otoni  e Belo Horizonte Araçuai custa em torno de R$ 150. A duração da viagem é de cerca de 12 horas.
  
Desde a criação do programa, em 2016, foram realizados 9.761 voos e transportados 37.467 passageiros.
  
Fonte:Gazeta de Araçuai

Nenhum comentário:

Postar um comentário