sexta-feira, 14 de junho de 2019

Deputado Federal Padre João: Lava Jato é uma farsa

Vale a pena lembrar como tudo começou. A direita não suportou a derrota em quatro eleições seguidas. Era preciso interromper o ciclo do governo de inclusão social; distribuição de renda, combate à fome e às desigualdades para dar lugar ao neoliberalismo, às privatizações e ao estado mínimo. Pelo voto democrático não seria possível implantar isso. Era preciso criar mecanismo dentro do aparelho do estado para proceder a mudança. A Lava Jato com o objeto das investigações que conhecemos foi instituída em março de 2014 e as eleições ocorreram em outubro de 2014.
Mesmo com toda avalanche de notícias e manchetes diárias e fake News contra o Partido dos Trabalhadores e suas lideranças, Dilma venceu, derrotando o então senador Aécio Neves com uma diferença de 3,5 milhões de votos.
Começaram as chantagens e as batalhas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com pedido para recontagem dos votos, cassação da chapa por supostas irregularidades em recursos usados na campanha e na prestação de contas. Não deu certo. Inventaram as pedaladas fiscais para derrubar a Presidenta Dilma. O impeachment foi um vexame e o maior crime contra a democracia.
Dilma foi sabotada pelo Congresso Nacional, aprovando pautas bombas, imobilizando o governo. Enquanto isso, Eduardo Cunha, presidente da Câmara, com ódio, violava o regimento e a Constituição, produzindo uma crise jamais vista na história do país. A grande mídia era alimentada diariamente com fatos fornecidos pela Lava Jato. Inventaram as pedaladas fiscais para derrubar a Presidente Dilma. O impeachment foi um vexame e o maior crime contra a democracia.
Quando Lula foi chamado para comandar a Casa Civil, o golpe foi certeiro: Moro divulgou o grampo ilegal da conversa entre Lula e Dilma (16/03/2016), levando o governo ao estado terminal. Em abril, a Câmara votou o impeachment.
Caminho aberto para as privatizações e reformas contra os trabalhadores, contra os pobres. O projeto cruel do neoliberalismo se consolidou na aprovação da PEC 241, congelando os investimentos públicos em saúde, educação e assistência social por vinte anos, na aprovação da reforma trabalhista, na terceirização irrestrita e na Reforma da Previdência, que foi adiada.
Era preciso completar a obra. Temer não cumpriu toda promessa. Era preciso construir ídolos, heróis, símbolos, personalidades novas, fora do mundo da política. Até Luciano Huck foi colocado como opção para disputar a presidência. A criminalização da politica não é por acaso. A Lava Jato, com apoio da grande mídia, foi construindo os salvadores da pátria: Bolsonaro, para reconstruir a família e combater o comunismo, o socialismo: Paulo Guedes, para resolver o problema financeiro e fiscal e Sérgio Moro para livrar o país da corrupção, da insegurança, da violência e do crime. Lula foi impedido de disputar as eleições. A Lava Jato e as Fake News emplacaram, mais uma vez, o projeto ultraliberal e conservador, moralista, fundamentalista.
Bolsonaro promove o maior ataque à educação pública, corta verbas, extingue conselhos de participação popular, libera armas e munição para todos, acaba com demarcação de terras indígenas e quilombolas, libera agrotóxicos sem nenhum critério, permite destruição da floresta Amazônica, Cerrado e demais biomas; acaba com vários programas sociais, relaxa a legislação de trânsito e quer privatizar o Sistema Único de Saúde – SUS e a Previdência Social. Incentiva a violência contra as mulheres, negros e LGBTs. Seu projeto deve prosseguir com Sergio Moro num futuro próximo governo, como um super-herói.
Desde antes das eleições vínhamos denunciando este conchavo que é a Lava Jato. Uma operação montada para perseguir o Partido dos Trabalhadores e suas lideranças, os partidos de esquerda e os movimentos sociais. Tudo para servir os interesses do capital internacional, sobretudo dos Estados Unidos. 
Para conseguir os objetivos, a Lava Jato cometeu ilegalidades absurdas. Abusou do instituto da delação premiada para obter provas forçadas; fez prisões arbitrárias, prisões preventivas ilegais; realizou conduções coercitivas sem intimação; fez escutas telefônicas clandestinas em escritórios de advocacia, grampeou telefones e divulgou conteúdos sem autorização da justiça competente que seria o STF. Uma verdadeira inquisição, pior do que a da Idade Média. 

Tudo isso com a complacência do STF, ou de parte dele, com apoio da grande mídia, em especial da Rede Globo. Eis que agora surge a verdade. A Lava Jato é uma farsa. Moro é criminoso e toda equipe da força tarefa. A Lava Jato destruiu o Brasil. Violentou nossa democracia e arrasou nossa economia, nossa soberania. A Petrobrás foi extorquida pela indústria da delação premiada e não existe mais. A Embraer, Odebrecht, Base de Alcântara tudo foi entregue para o capital internacional.
Tá na hora de reagirmos diante dos fatos revelados pelo site The Intercept. A Lava Jato é uma farsa. Foi montada para destruir o Partido dos Trabalhadores, os partidos de esquerda, a democracia e as conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras nestes quinze anos. 
Vamos à luta! 
O Brasil é nosso, dos trabalhadores e trabalhadoras, dos índios, dos negros e negros, dos ribeirinhos, pescadores, das minorias.
O ídolo é de barro, mas já fez muito estrago, infelizmente.


Padre João é Deputado Federal, pelo Partido dos Trabalhadores( MG), no seu terceiro mandato, tendo sido deputado estadual por dois mandatos.                                                                                  Nas eleições de 2018, Padre João foi reeleito com 131.228 votos.
Publicado originalmente no site www.brasil247.com, em 14.06.2019

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