Mestre Antônio Bastião ganha prêmio do Ministério da Cultura
Prêmio Culturas Populares homenageia 60 Mestres do país
São Benedito do Capivari, em Minas Novas, no Alto Jequitinhonha
Mestre Antônio Bastião foi indicado ao Prêmio de Mestre de Culturas Populares Dona Izabel, do Ministério da Cultura. A homenagem foi publicada no Diário Oficial, do dia 3 de fevereiro de 2.010.
Saiba mais sobre Mestre Antônio Sebastião no texto abaixo.
O som do tambor de Minas Novas
O som dos tambores já podia ser ouvido desde a entrada do espaço dos oficineiros.
No Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhona, o Festivale, uma série de oficinas ministradas pelos mestres ou griots são oferecidos à população e visitantes.
Na área do terreno da Escola Estadual Manuel Fulgêncio, nesse pátio, embaixo das falsas figueiras, adolescentes e adultos esticam couro. O cheiro do couro é forte.
No meio dos adolescentes, batendo em alguns dos tambores recém criados o Mestre Antônio Bastião fala sobre o tipo de couro, o tipo de amarra, o tipo de corpo do tambor.
É um senhor alto, que usa chapéu de couro e tem um grande sorriso.
Mestre Antonio Luiz de Matos é da comunidade de São Benedito do Capivari, em Minas Novas, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais.
Garantem os entendidos que seus tambores são os melhores de toda a região. Último mestre-artesão que domina o ofício de tamborzeiro.
Produção artesanal
Mesmo com o crescimento da indústria de instrumentos musicais, os verdadeiros congadeiros não dispensam um bom tambor rústico, produzido artesanalmente, e de preferência fabricado pelo Mestre Antônio Bastião.
Sua conversa é cheia de pausas e agradecimentos a deuzenossosenhô”.
Mesmo com o crescimento da indústria de instrumentos musicais, os verdadeiros congadeiros não dispensam um bom tambor rústico, produzido artesanalmente, e de preferência fabricado pelo Mestre Antônio Bastião.
Sua conversa é cheia de pausas e agradecimentos a deuzenossosenhô”.
Mestre Antonio Bastião, na sala de aula da escola estadual, apresenta seus instrumentos de trabalho, suas madeiras, seus couros.
Para caixa da folia a melhor madeira é o piquizeiro seco; para o arco, a mutambinha da flor branca; para fazer o tambor, o couro verde tem que ser esticado com estacas e preparado com cinzas e colocado ao sol.
Cultura oral
Sua oficina de tambores está assentada no conceito da oralidade. Mestre Antonio Bastião ensina o que aprendeu com seu avô que aprendeu com seu avô, dos tempos da África.
Sua oficina de tambores está assentada no conceito da oralidade. Mestre Antonio Bastião ensina o que aprendeu com seu avô que aprendeu com seu avô, dos tempos da África.
Ele é um mestre, um griot, como são conhecidos os mestres que repassam conhecimento nas comunidades ou grupos étnicos africanos.
E por isso seus cuidados com a madeira, que devem ser cortadas “três dias depois da minguante”, com o couro, que deve “ficar ao sol, secando, até ficar estalando”.
Tudo para mostrar o autêntico som dos povos africanos.
Serviço:
Serviço:
Para contatar Mestre Antônio Bastião
Josita Artesã –(33) 3764-7027 ou na
Prefeitura de Minas Novas: (33) 3764-1104, n Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais
Texto de Tereza Dantas da revistaraiz
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