Ele segue preso em presídio de Araçuai.
Foto: divulgação
Acusado de espalhar boatos e fofocas, F.A.R.C está preso no presídio Carlos Vitoriano, em Araçuai.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou liberdade a um homem de 42 anos, acusado de espalhar, por meio de grupos de WhatsApp, boatos difamatórios, vídeos de sexo e nudez de adultos e também fotos sensuais de adolescentes. As vítimas eram moradores das cidades de Araçuaí, Itinga e Coronel Murta, no Vale do Jequitinhonha. As postagens envolveram pessoas conhecidas como empresários, profissionais liberais e políticos.
O homem, que se identificou como representante comercial desempregado, teve divulgadas somente as iniciais do nome – F. A. R. C Ele foi preso pela Polícia Civil, na casa dele, em Governador Valadares , na operação “Fake News”, dia 21 de novembro último e transferido para o presídio de Araçuai, onde segue preso.
Após a prisão, a defesa dele entrou com pedido de liberdade que foi negado pelo juiz da Comarca de Araçuai, Mateus Pinter Cardoso. O advogado do homem recorreu ao Tribunal de Justiça do Estado (TJMG) mas não obteve êxito. A defesa ainda pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.(STJ).
Entenda o caso
De acordo com as investigações, o homem criou e passou a administrar pelo menos 22 grupos de WhatsApp, sempre com a denominação “Babados de Itinga e Araçuaí", nos quais, além dos vídeos e fotos, publicava boatos de supostas traições conjugais, relações homoafetivas e troca de casais, envolvendo cerca de 30 pessoas conhecidas, das cidades de Araçuai, Coronel Murta e Itinga. Quatro vítimas, sendo duas menores de idade, representaram contra ele na delegacia de Araçuai.
Segundo o delegado Geovane Klipel, em depoimento, o suspeito confessou que realmente criou os grupos e que era responsável por algumas postagens. Porém, alegou que diversas pessoas o ajudavam no fornecimento das “informações”. “Por isso, as investigações vão continuar”, afirmou o delegado, informando que um outro homem de 25 anos, residente em Araçuai, também foi indiciado por ser “colaborador do esquema de divulgação de noticias caluniosas.
O inquérito encaminhado à Justiça, foi desmembrado em dois.
O delegado disse ainda que o F.A.R.C” já morou em Itinga , tendo se casado com uma mulher da cidade . Ele mantinha contatos com pessoas dos municípios envolvidos, que seriam suas “informantes”, alegou.
Ainda segundo o delegado, se condenado, o homem poderá pegar até 8 anos de prisão, por divulgar imagens de sexo e nudez e até 6 anos, por pornografia infantil.
“ Ele destruiu a vida de muitas pessoas”, finalizou o delegado, afirmando que as investigações prosseguem na tentativa de identificar outras pessoas envolvidas nos crimes.
A defesa do acusado não foi localizada para comentar o caso.
Fonte: Gazeta de Araçuai
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