quarta-feira, 10 de julho de 2019

Morre o jornalista Paulo Henrique Amorim, o PHA do Conversa Afiada

O jornalista Paulo Henrique Amorim morreu na manhã desta quarta-feira (10.07), aos 76 anos, após um infarto no Rio de Janeiro.




(Foto: Reprodução)

247 - O jornalista Paulo Henrique Amorim morreu na manhã desta quarta-feira (10.07.19), aos 77 anos, no Rio de Janeiro, após um infarto. 
PHA estava na Record TV desde 2003. Também foi afastado do Domingo Espetacular, da mesma emissora, após pressão do governo Jair Bolsonaro. Ele entrou com ação na Comissão de Direitos Humanos da ONU denunciando cerceamento à sua liberdade de expressão.
O jornalista passou por emissoras como TV Manchete, TV Globo, TV Bandeirantes, onde apresentou o Jornal da Band, e TV Cultura. 
No último vídeo em seu canal, PHA denunciou o uso político do futebol por Jair Bolsonaro. PHA deixa uma filha e a mulher, Geórgia Pinheiro.
Assista:

Conheça mais de Paulo Henrique Amorim, o PHA
Paulo Henrique dos Santos Amorim (Rio de Janeiro, 22.02.1943 - 10.07.2019), também conhecido pela sigla PHA, foi um jornalista, blogueiro, empresário e apresentador de televisão brasileiro.
Paulo Henrique Amorim atuou no ramo de jornalismo desde 1961. Escrevia para diversos jornais e revistas do país e mantinha o blogue Conversa Afiada.
 Entre 2006 e 2019, foi apresentador e repórter do Domingo Espetacular pela RecordTV.

Biografia

Nascido no Rio de Janeiro, formado em Sociologia e Política filho do jornalista e estudioso do espiritismo Deolindo Amorim (1906—1984), tem dois irmãos. Seguindo passos do pai, estudou em escolas da cidade onde nasceu e começou a trabalhar já adolescente, com a imprensa.

Carreira

PHA trabalhou em jornais, revistas, televisão, Internet e publicou livros. Cobriu eventos com repercussão internacional: a eclosão do vírus do Ébola na África (1975 a 1976); a eleição (1992) e a posse do então novo presidente norte-americano Bill Clinton (1993); os distúrbios raciais (1992) e o terremoto (1994) de Los Angeles; a guerra civil de Ruanda e a rebelião zapatista no México ( 1994).

Jornais e revistas

O primeiro emprego como jornalista foi no jornal A Noite, no Rio de Janeiro em 1961, ano em que fez a cobertura para o jornal, a renúncia do presidente Jânio Quadros e a tentativa do governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, o qual formou a Cadeia da Legalidade para garantir a posse do vice, João Goulart, que seria derrubado em 1964.
Trabalhou em Nova Iorque, nos Estados Unidos como correspondente internacional. Foi contratado pela Editora Abril para ser repórter e correspondente internacional, primeiro da revista Realidade, depois da revista Veja, sendo seu primeiro correspondente internacional.

Televisão

Passou pela emissoras de TVs Manchete e Globo, tendo aberto sucursais para esses veículos em Nova Iorque, Estados Unidos, passando parte da sua vida trabalhando no exterior.
Em 1996, deixou a Globo pela Rede Bandeirantes, onde passou a apresentar o telejornal Jornal da Band e o programa político Fogo Cruzado, onde apresentou o telejornal Jornal da Band e o programa político Fogo Cruzado, que por adotar postura independente, já produziu desentendimentos com diversos políticos ao vivo.
Em agosto de 1998, acusou no telejornal Jornal da Band, o então candidato Lula por adquirir apartamento e carro por meio ilegal, em meio a campanha eleitoral presidencial. No entanto, investigações comprovaram a legalidade e Lula entrou com processo contra o apresentador, a Rede Bandeirantes, conseguido direito de resposta.
Em 13 de janeiro de 1999, deixou de comparecer á emissora e a apresentação do telejornal foi substituída. Segundo a imprensa, o não comparecimento foi por conta do protesto contra direção da emissora de implantar a Unidade Produtora de Jornalismo da emissora, planejada para gerar reportagens para os noticiários da rede, padronização que tiraria a autonomia e a diferença do Jornal da Band. Quando a emissora decidiu demiti-lo por abandono de emprego, passou acusar a emissora, por meio de imprensa, vários crimes, os quais renderam-lhe cinco processos. Amorim também processou o canal por multa contratual, tendo ganho em primeira instância.
No mesmo ano, a TV Cultura o contratou, apresentando o talk-show Conversa Afiada (produzido por sua empresa PHA Produções), que chegou ser exibido também pela TVE Brasil e na T NBR. O programa durou até o final de 2002, quando terminou o contrato.
Em 2003, foi contratado pela Rede Record, onde apresentou o telejornal noturno Jornal da Record 2ª Edição (extinto em 5 de janeiro de 2007) e o Edição de Notícias. De 2004 até o final de janeiro de 2006, passou a apresentar a revista eletrônica exibida no final de tarde Tudo a Ver, com Janine Borba e posteriormente com Patrícia Maldonado. Em fevereiro de 2006, passou a apresentar o programa Domingo Espetacular, com Fabiana Scarani, Nanine Borba e Adriana Araújo na mesma rede de televisão.
Amorim ficou no comando da revista eletrônica até 23 de junho de 2019, quando foi afastado do comando da atração.

Internet

PHA trabalhou no WebTV, do extinto ZAZ e em 2000 inaugurou o UOL News no UOL.
Em agosto de 2006, foi contratado pelo portal iG, para ser blogueiro do Conversa Afiada, mesmo molde que tinha na época da TV Cultura, mas em versão on-line, em cuja página principal tinha um quadro de destaque permanente. Diversos políticos e jornalistas (entre eles, Mino Carta e José Dirceu), tinham estreado os seus blogs na época. No entanto, ficou pouco mais de um ano meio, sendo demitido em 2008. 
Amorim relançou o blog Conversa Afiada no mesmo dia precariamente, apenas em um link provisório, posteriormente mudado para um definitivo, e afirmou que o contrato havia sido encerrado devido às críticas que fez ao suspeito processo de fusão da Brasil Telecom e a Oi, formando a Br Oi, segundo o qual o jornalista afirmava que várias personalidades políticas se beneficiaram ilicitamente no processo, sob tolerância pelo Governo Federal. Contratou o advogado Marcos Bitelli para entrar na Justiça contra o site a fim de obter mandado de segurança, almejando recuperar todos os arquivos e posts publicados.

Morte

Paulo Henrique Amorim morreu na madrugada do dia 10 de julho de 2019, aos 76 anos. Amorim morreu em casa, no Rio de Janeiro, quando sofreu um infarto fulminante, informação confirmada pela mulher dele. Amorim deixa uma filha e a mulher, Geórgia Pinheiro.

Controvérsias

Paulo Henrique Amorim é um forte crítico da imprensa, e um dos criadores da sigla PiG - Partido da Imprensa Golpista, comportamento este que já levou a ser condenado por injúria e difamação por profissionais da imprensa. Um dos seus maiores alvos na imprensa é a Rede Globo. 
Em 2015, lançou o livro "O Quarto Poder– Uma Outra História". 
PHA também é um crítico da Operação Vala Jato.
Em março de 2016, num vídeo que publicou no YouTube, PHA acusou a Polícia Federal do Brasil de atuar de forma "golpista", "irresponsável", "subversiva" e "criminosa”, sugerindo que a então presidenta Dilma demitisse todos os servidores do órgão, “do diretor-geral ao contínuo que serve cafezinho”.
Em outubro de 2018, num vídeo que publicou no YouTube de um ativista João Pedro Stédile dizendo que o Candidato Fernando Haddad era o único caminho para essa crise, o ativista disse: "cada um de nós precisa arregaçar as mangas e buscar votos'', o vídeo gerou muitas críticas.
Prêmios

  • 1972: PHA ganha Prêmio Esso na categoria Prêmio Esso de informação econômica pela reportagem "A renda dos brasileiros" na revista Veja;
  • 1999: Programa Jornal da Band, apresentado por PHA, ganhou o prêmio de Melhor Telejornal de 98, da APCA
  • 1999: Programa Fogo Cruzado ganhou o prêmio de Melhor Programa Jornalístico da APCA
  • 2016: Site Conversa Afiada ganha Prêmio Influenciadores Digitais 2016 na categoria "Economia, Política e Atualidades".

Publicações

Livros

  • "De olho no dinheiro" 
  • AMORIM, Paulo Henrique, PASSOS, Maria Helena. "Plim-Plim: A peleja de Brizola contra a fraude eleitoral". São Paulo: Conrad Editora, 2005. 230 páginas. 
  • "O Quarto Poder – Uma Outra História" 
  • Manual Inútil da Televisão e Outros Bichos Curiosos 

Capítulos

  • "O primeiro golpe de Estado já houve. E o segundo?" em "A Mídia nas Eleições de 2006.
  • "O PIG e o Cunha" em "Golpe 16".

Fonte: Wikipedia

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