sexta-feira, 12 de junho de 2020

Araçuaí: Drª Rita é pré-candidata a prefeita pelo PT

Rita Capdeville no Movimento "A UFVJM é nossa!". Momento de entrega de doação do terreno para construção do campus da UFVJM, em Araçuaí. Na foto, a doadora do terreno D. Terezinha Miranda, o então reitor Pedro Ângelo, o prefeito Armando Paixão, vice-prefeita  Rita Capdeville, deputado federal Reginaldo Lopes, então prefeito de Francisco Badaró, professor Sérgio, e o diretor do IFNMG, João Mota. Em fevereiro de 2014.

Entrevista – Vice-prefeita de Araçuaí, Draª Rita Capdeville

A médica pediatra e vice-prefeita de Araçuaí, Rita Capdeville concedeu uma entrevista ao Blog do Banu, fazendo um balanço do seu trabalho como vice-prefeita e Secretária Municipal de Saúde, enfrentando o coronavírus. Apresentou alguns desafios para uma próxima gestão municipal. Ela colocou seu nome à disposição do PT de Araçuaí como pré-candidata a prefeita. 
Embora seja filiada recente ao partido, Rita tem uma histórico de lutas junto ao PT, desde 2004, quando se mudou pro Vale. Inicialmente, em Itaobim. Depois, Araçuaí. Participou de campanhas municipais do PT, desde então, como também das disputas estaduais e nacionais, apoiando a reeleição de Lula, eleição e reeleição de Dilma, assim como na campanha eleitoral de 2018.    

Blog do Banu -  Você poderia se apresentar?
Dra. Rita Capdeville - Sou médica pediatra, formada pela UFMG. Fiz Internato Rural, em Itaobim, onde trabalhei por 3 anos e meio depois de formada. Fui Secretária de Saúde de Araçuaí, de novembro de 2017 a 03/06/2020. Vice-prefeita nos dois mandatos, 2013-2016 e 2017-2020, junto com Armando Jardim Paixão.  Sou casada há 29 anos com o médico Jansen Tanure, com quem tenho 2 filhos e de quem ganhei 2 enteados.

Blog do Banu - Há quanto tempo mora em Araçuaí?
Dra. Rita Capdeville - Moro em Araçuaí desde janeiro de 2004. Trabalhei como pediatra na prefeitura de Araçuaí, de 2005 a 2008.

Blog do Banu - Antes de ser  vice-prefeita você teve alguma experiência como gestora pública?
Dra. Rita Capdeville - Nunca havia sido gestora pública. Minha experiência anterior de gestão foi com coordenadorias de serviços de saúde (unidade neonatal, PSF) e grupos de trabalho voluntário.

Blog do Banu - Como vice-prefeita,  como você avalia essa experiência de gestão pública? Quais as realizações que você acredita ter realizado?
Dra. Rita Capdeville - Acredito que consegui demonstrar que uma vice prefeita pode e deve ter uma atuação verdadeira e não só figurativa e que esse é um dos paradigmas a ser transformado na política brasileira. Também pude auxiliar em inúmeras questões e ampliar com isso o alcance da gestão, em pequenas, médias e grandes coisas.

 Nas redes sociais, em cartazes e outdoor em Araçuaí, os seus admiradores reconheceram o trabalho realizado por uma nova liderança política do município.

Blog do Banu - Como Secretária Municipal de Saúde, um dos trabalhos realizados foi à frente do Comitê Municipal da Crise da COVID-19.  Como você avalia o enfrentamento a esse grande desafio? Quais seriam os papéis da Prefeitura, dos profissionais de saúde  e da sociedade nessa pandemia?
Drª Rita Capdeville - Na Secretaria de Saúde, enfrentei  junto com uma equipe de excelência o desafio de manter a estrutura grande e organizada que construímos desde 2013 e, recentemente, os múltiplos desafios que vieram com o novo coronavírus. Enfrentar a pandemia do novo coronavírus escancarou para mim a questão educacional, o déficit educacional que temos em todos os níveis. A Prefeitura Municipal de Araçuaí, através da Secretaria de Saúde, estruturou uma estratégia de enfrentamento que seguiu e segue rigorosamente as Notas Técnicas. A partir delas constrói alternativas específicas para Araçuaí, o que permitiu até o momento seguir de perto cada caso e a evolução da pandemia. A dificuldade em comprar EPIs e insumos, seja pelo preço anormalmente superinflado, seja pela escassez dos mesmos, trouxe muita apreensão a todos os gestores de saúde. Aracuaí tem sério compromisso com a proteção de seus profissionais e com a capacitação dos mesmos. A sociedade tem o papel de participar com consciência individual e coletiva e ajudar a Secretaria de Saúde a proteger os indivíduos e a comunidade aracuaiense. Os profissionais da saúde estão na linha de frente, cumprindo seu papel com coragem e determinação.
  Um bolo para a Rita: presente do grupo Vida Ativa de Araçuaí.

Blog do Banu: Araçuaí é polo regional do Médio Jequitinhonha. Como você enfrentaria os desafios de demandas de municípios vizinhos sem prejudicar a população de Araçuaí? Áreas como da saúde, da educação, de emprego, do comércio e dos serviços procurados pela população de Araçuaí  e da região?
Drª Rita Capdeville - A gestão de um município, particularmente um município referência como Araçuaí, deixa muito claro para você os desafios de conciliar visão de futuro, deficiências históricas e limitações da gestão pública brasileira. Além, claro, das distorções atuais sobre o papel do Estado e de quais são as expectativas aceitáveis e a atuação dos cidadãos na construção do município. Araçuaí já convive com essa realidade. Organizar os fluxos da saúde de Araçuaí, por exemplo, ajuda a organizar os demais municípios da microrregião, de forma que hoje acredito que não temos predatismo entre os municípios. Quanto mais o município de Araçuaí se desenvolver, mais teremos essa falsa dificuldade, e a solução para isso é unicamente ser sempre e a cada dia um pouco maior.  As bases para isso precisam continuar sendo fortalecidas e construídas com coragem e visão.

Blog do Banu - Lembro-me de você, em 2011 e 2012, no “Movimento A UFVJM é nossa!”, onde também atuei, na luta por um campus em Araçuaí, no Alto e no Baixo Jequitinhonha. Qual a sua inserção ou participação em outros movimentos sociais?
Drª Rita Capdeville - Engajei-me completamente na luta pela UFVJM, com um grupo que foi se ampliando progressivamente, e estivemos em inúmeras instâncias e momentos. Foi um movimento muito bonito. Hoje temos cursos superiores no IFNMG, ampliação da estrutura e perspectivas de avanços. Participo também de um coletivo de mulheres, e indiretamente de grupos culturais, que procuro fomentar ao máximo.
Rita participa ativamente do movimento de mulheres contra a violência. 

Blog do Banu - Qual sua opinião sobre a exploração e utilização do lítio como propulsor do desenvolvimento de Araçuaí e região?
Drª Rita Capdeville  - O lítio é uma grande promessa, que devemos saber explorar bem para que se concretize como realidade melhor no Vale. A discussão se ampliou, tornando-se em movimento, recentemente, com o anúncio da construção de uma fábrica de baterias de lítio-enxofre em Juiz de Fora. Temos que procurar cada vez mais expertise, e num prazo curto, para sermos capazes de propor ideias e alternativas para o lítio em nossa região.

Blog do Banu - Em 2011, você se filiou ao PPL – Partido Pátria Livre, um  partido de centro-esquerda. Em Araçuaí, quais foram suas experiências com os movimentos políticos? Você participou de campanhas eleitorais? Quais?
Drª Rita Capdeville -  A  filiação ao PPL me apresentou a política partidária, seus trâmites e a questão bem concreta da representatividade, além de ter me proporcionado a oportunidade de concorrer a um cargo eletivo (vice-prefeita). Tenho grandes amigos nesse partido, que há poucos meses, por força da nova legislação eleitoral, fundiu-se com o PCdoB. Acompanhei as eleições de 2004, e participei, apoiando Zé Antônio na de 2008, além é claro das de 2012 e 2016.
Junto com a militância do PT local.

Blog do Banu - Você se inscreveu como pré-candidata do PT a prefeita de Araçuaí? 
Drª Rita Capdeville -  Coloquei meu nome à disposição para o Partido, como pré-candidata natural ao cargo.

Blog do Banu - Eleita prefeita, como seria seu  relacionamento com os diversos segmentos econômicos, sociais e culturais do município?
Drª Rita Capdeville  - Penso que nesse próximo mandato temos o desafio de estruturar os eixos de avanço para a cidade, e manter os que alcançamos, particularmente na saúde, educação, cultura e meio ambiente. Repensar e reestruturar algumas questões como o esporte, por exemplo. Além de intensificar as obras de estrutura urbana, pois o déficit é muito grande. E fazer isso num cenário de PIB baixo e de desencontros entre entes federativos.

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