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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Escola com melhor IDEB é do interior de Minas

Melhor escola do país justifica desempenho no Ideb com boa estrutura e professores

Boa preparação dos professores também é um dos motivos que levaram a escola a ter o melhor desempenho do Brasil no Ideb, diz diretora. Foto: Divulgação Boa preparação dos professores também é um dos motivos que levaram a escola a ter o melhor desempenho do Brasil no Ideb, diz diretora
Foto: Divulgação
Ney Rubens -Direto de Belo Horizonte
O ótimo desempenho dos alunos da 5ª série da Escola Municipal Carmélia Dramis Malaguti, da cidade de Itaú de Minas (MG), no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011 é "devido à boa preparação dos professores e também ao fato da escola ser muito bem equipada com tudo que é necessário para um bom aprendizado dos alunos". A afirmação é da diretora Maria Flávia Rodrigues Garcia de Oliveira, que dirige a instituição localizada no sul de Minas Gerais pela segunda vez e que nesta terça-feira disse estar "superfeliz" com a divulgação dos resultados. O colégio obteve nota 8,6 na avaliação do Ministério da Educação (MEC) e é o melhor do País nos anos iniciais, ao lado da Escola Municipal Santa Rita de Cássia, em Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná.

"Não sei se o trabalho que a gente faz aqui é especial. A gente acredita que dá certo trabalhar em cima da aprendizagem do aluno utilizando bem os recursos materiais, que a gente tem bastante, humanos e tecnológicos. A escola é muito bem equipada. Por exemplo, tem quase 30 computadores, 26 para uso dos alunos, todos conectados à internet, além de datashow, telões, tvs de lcd, a sala do Proinfo, que é uma doação do MEC", explica.

A diretora disse ainda acreditar que a "boa preparação dos professores" também é um dos motivos que levaram a escola a ter o melhor desempenho do Brasil no Ideb. "Todos os professores aqui passam pelo processo de Formação Continuada. Eles têm cursos extra-horários o ano inteiro. Por exemplo, um professor do 1º ano leciona quatro horas diárias e mais duas horas semanais ele participa do módulo dois, que é um horário de estudo do professor. Ele fica por conta nesse período para estudar, em grupo, com o restante dos professores. Nestes encontros, há trocas de experiências, interpretação de textos. São 60 horas de estudos durante o ano", revela.

Maria Flávia Rodrigues Garcia de Oliveira disse ainda que a escola mantém contato permanente com as famílias dos estudantes, o que diminuiu praticamente em 100% a evasão escolar. "Aqui o aluno faltou dois dias seguidos a gente já entra em contato com a família para saber o motivo. A gente não espera a família nos procurar. Se preciso, vamos até a casa do aluno. Além disso, fazemos reuniões frequentes para passar vídeos que possam ajudar pais e alunos a fazerem reflexões".

Na escola ainda persiste um antigo costume brasileiro. "Eu ainda adoto a fila, com os alunos perfilados no pátio. Acho importantíssimo esse hábito. É a hora que cantamos o hino da cidade e o Hino Nacional toda sexta-feira. E uma vez por mês duas salas de alunos fazem apresentações no pátio com um tema escolhido como, por exemplo, folclore brasileiro", explica.

"E temos ainda um trabalho especial voltado para a leitura. Temos duas sessões, a matinal e a vespertina, nas entradas dos alunos. Essa leitura começou com as professoras lendo e os alunos gostaram tanto que agora cada dia um lê para o restante. É uma leitura curta, uma historinha, um poema, mas que surte efeito", afirma Maria Flávia.
Satisfação
Pai de Eduardo Henrique Domingos de Queiroz, 7 anos, o professor aposentado José Domingos conta que o filho aprendeu a ler ainda no pré-infantil, antes de entrar para a 1ª série da Escola Municipal Carmélia Dramis Malaguti. "No meio do ano passado ele já sabia ler de tudo, qualquer texto lia em voz alta e corrente. Agora, que ele lê qualquer texto, de qualquer tamanho, com palavras grandes, de pronúncia difícil", revela.

"A minha filha já estudou aqui, ela está atualmente na 7ª série de outra escola. Eu já lecionei em escolas da rede pública e privada, e não cheguei a trabalhar em uma escola tão boa quanto essa", declara. "Os professores são muito dedicados e capacitados".
Dados da Escola Municipal Carmélia Dramis Malaguti
- 14 professores;
- duas supervisoras;
- uma vice-diretora;
- 230 alunos moradores do bairro Sagrada Família da cidade de Itaú de Minas;
- educação infantil (1º e 2º período);
- 1º ao 5º ano (anos iniciais).
No exame do Ideb foram avaliados cerca de 40 alunos da 5ª série da escola. A cidade de Itaú de Minas tem nove escolas municipais - incluindo duas creches -, uma estadual de ensino médio, uma ligada a uma cooperativa, uma particular e uma de curso técnico.
A cidade
Segundo o último censo do IBGE, de 2010, Itaú de Minas tem 14.945 habitantes. A história da cidade funde-se com a história de sua indústria cimenteira. No município, encontra-se a maior fábrica de cimento e cal da América Latina. E, confirmando sua vocação industrial, a região possui uma importantes jazidas de calcário. O povoado formou-se em torno de uma estação de mesmo nome. Em 1943, foi criado o distrito com a denominação Itaú de Minas, pertencendo ao município de Pratápolis. Foi somente em 1987, que a cidade ganhou autonomia político-administrativa, tornando-se município.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Capelinha: professores serão condecorados pela Assembléia Legislativa pelo desempenho na educação


Resultados da Prova Brasil colocam a educação de ensino fundamental do município em 5º lugar no país
Governo do Estado homenageia servidores de Lages e região 300x199 Professores de Capelinha serão condecorados em Belo Horizonte pelo desempenho na educaçãoCapelinha será homenageada pelos resultados alcançados na educação pública, na Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte.
O evento está marcado para o próximo dia 13 de junho, ás 14h. Na edição do dia 09 de Maio da revista “Veja”, Capelinha ficou no quinto lugar da avaliação do aprendizado adequado á serie de língua portuguesa para o 9ª ano. 
Entenda o caso

educa%C3%A7%C3%A3o Professores de Capelinha serão condecorados em Belo Horizonte pelo desempenho na educaçãoCapelinha no Alto Jequitinhonha vem se destacando no cenário Brasileiro nos últimos tempos como uma das cidades mais promissoras do país, após dados divulgados de ser a maior geradora de empregos, outra boa notícia saiu esta semana pela Revista Veja, Capelinha tem a 5ª melhor educação do País.
 
A última grande radiografia do Ensino público brasileiro reforça o abismo que nos separa dos melhores do mundo na sala de aula. Enquanto nos países mais desenvolvidos 57% dos estudantes do Ensino fundamental detêm o conhecimento esperado para sua série, ou vão muito além disso, no Brasil é ainda maior do que essa fatia a dos que não sabem o mais básico – 77%. Diante de tamanha desvantagem, é bem-vindo o exemplo de um pequeno e pouco conhecido conjunto de municípios que emerge do lamaçal de notas vermelhas em meio à mesma coleção de dados, extraídos daProva Brasil, do Ministério da Educação (MEC). Ainda que com uma longa estrada a percorrer até alcançar os mais ricos, são esses que, no Brasil, concentram a maior porção de Alunos situados em nível ao menos “adequado” para o ano que estão cursando. O novo levantamento, conduzido pela ONG Todos pela Educação, surpreende à primeira vista. Afinal, os dez municípios no topo do ranking têm erguido as bases para a boa Educação em condições muito semelhantes às dos demais, ou até piores que as deles. Seu sucesso ajuda a decifrar os caminhos que conduzem à excelência.
Um fato chama atenção no rol dos dez melhores municípios da lista: sete são mineiros, incluindo os cinco que lideram o ranking. O resultado enfatiza o que outras avaliações do MEC vêm sinalizando nos últimos anos. Analisa o economista Cláudio de Moura Castro, especialista em Educação e articulista de VEJA: “Essas cidades não estão fazendo nada de mirabolante, mas sim levando a cabo um conjunto de iniciativas coerentes que têm tido continuidade, algo raro no país”.
Elas foram postas de pé na década de 90 e agora começam a se refletir nos números. Minas Gerais foi o primeiro estado a formular uma prova única para mapear as deficiências dos Alunos e lançar luz sobre os bons casos, saindo na dianteira na criação de metas para a sala de aula. As Escolas passaram então a ser cobradas e até premiadas por seu cumprimento, tal como no mundo corporativo, com um bônus salarial para os profissionais que elevam o nível do Ensino. O sistema é hoje adotado em cerca de 20% das 180000 Escolas públicas brasileiras.
O campeão da lista da Todos pela Educação é São Tiago, município de 10.000 habitantes a duas horas de carro de Belo Horizonte. Ali, vive-se basicamente do plantio de café e da fabricação de biscoitos. Na Escola estadual Afonso Pena Júnior, que atende 1.100 Alunos, os Professores chegam a dar aulas extras (sem ganhar nada a mais por isso) em prol da média nos exames oficiais. Por estes, sim, podem ser recompensados. Um grupo de estudantes do colégio venceu um campeonato nacional de robótica e, não cabendo em si, está prestes a embarcar para o México para defender o Brasil no circuito mundial. Na aula de química, eles desenvolveram um projeto de extração de álcool da laranja por meio de fermentação, experiência que interessou à Universidade de São Paulo (USP). Tanto que uma turma de São Tiago, muitos dos Alunos vindos de famílias pobres que jamais haviam deixado o estado, foi convidada para falar sobre o trabalho em São Paulo. “O objetivo aqui é ir muito além dos muros da Escola”, diz a diretora Maria Auxiliadora Silva, 47 anos, há dez no cargo.
O que afinal une os colégios dos municípios em destaque é a junção de medidas já testadas em outros países com um lado pragmático que se sobrepõe ao corporativismo ainda em voga no ambiente Escolar. Dados da Prova Brasil mostram que, até hoje, são minoria os diretores de Escola que chegam ao cargo por um sistema que alie quesitos técnicos a uma eleição, e não por critérios políticos: eles representam apenas 13% do total – em Minas, são 60%. Outro ponto que aproxima os municípios campeões é a existência de um currículo único para a sala de aula, item que começa a se disseminar no Brasil, embora sofra certa resistência daqueles mestres que não querem ver-se tolhidos em sua “liberdade de ensinar”, um discurso meramente ideológico. “Faz uma enorme diferença quando o Professor tem um roteiro mínimo sobre o que e como ensinar”, diz o doutor em estatística José Francisco Soares, especialista em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. O ranking também espelha um claro esforço por parte das Escolas que figuram no topo para manter seus Docentes atualizados. “Na década passada, o nível dos Professores aqui era muito baixo, mas já melhorou e precisa seguir avançando”, reconhece Maria Aparecida Macedo, secretária de Educação de Itaú de Minas, a 360 quilômetros da capital, uma das campeãs.
A ONG Todos pela Educação estabeleceu uma meta ambiciosa para os 5 500 municípios brasileiros. Até 2022, todos devem alcançar o atual patamar da OCDE. “O Brasil já tem um bom plano, mas ainda falta provê-lo de incentivos certos para que saia do papel”, diz a diretora executiva da ONG, Priscila Cruz. Os últimos dados sobre a Escolaridade das famílias da atual geração de estudantes brasileiros mostram que 58% não chegaram sequer ao Ensino médio – e sinalizam para a necessidade de acelerar o passo para ombrear com os países mais desenvolvidos. O raro entusiasmo pelos estudos despertado em Alunos como Higor Bartolomeu, 15 anos, morador da mineira Guaxupé, outra das campeãs, revela que, com empenho máximo, pode dar certo. Diz o menino, que oscila entre o trabalho na lavoura e o esmero para gabaritar as provas de matemática, que adora: “Não aceito menos do que a nota 10”.
Excelência à mineira
Um novo ranking feito pela ONG Todos pela Educação destaca os municípios brasileiros que, embora com resultados ainda distantes dos de países mais avançados na sala de aula, concentram o maior número de alunos com conhecimento adequado ou até superior ao esperado para a série que cursam
(Porcentual dos estudantes que atingem ou extrapolam as metas)
1º São Tiago (MG) 49%
2º Guaxupé (MG) 48%
- Itaú de Minas (MG) 48%
4º Monte Santo de Minas (MG) 46%
5º Capelinha (MG) 43%
- Amambaí (MS) 43%
7º Elói Mendes (MG) 41%
- João Monlevade (MG) 41%
- Novo Horizonte (SP) 41%
- Vargem Alta (ES) 39%
Média dos municípios brasileiros: 23%
Média dos países da OCDE 57%
Fontes: dados da Prova Brasil, do MEC, relativos ao resultado do 9º ano do ensino fundamental em língua portuguesa, e Pisa 2009
Gráfico Capelinha MG em relação ao resto do Paísportal aranas grafico capel Professores de Capelinha serão condecorados em Belo Horizonte pelo desempenho na educação

Uma receita campeã

O que explica o alto nível de ensino nos municípios que encabeçam a lista do Todos pela educação
- Diretores selecionados por critérios técnicos
- Incentivo financeiro aos professores com melhores resultados
- Cursos constantes para a atualização dos mestres
- Currículo único e bem organizado
- Valorização da leitura
- Participação dos alunos em competições nacionais em todas as disciplinas
- Iniciativas para atrair a família à escola
Foto: Meramente Ilustrativa
Fonte: Jornal Acontece e Portal Aranãs