A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
(Epamig) intensifica as ações para o desenvolvimento da cultura da palma
em áreas de vulnerabilidade climática de Minas Gerais. Nesta semana, em
evento na unidade da empresa, em Nova Porteirinha, Território Norte,
foram lançadas a Rede Palma e a revista Informe Agropecuário com o tema
“Cultivo e utilização da palma forrageira”.
As
ações integram o programa Palmas para Minas, que visa construir o
conhecimento desta cultura no estado. A Rede é composta por diversas
instituições de pesquisa, extensão, fomento e agroindústria que irão
cooperar para a seleção, multiplicação e distribuição de palma
forrageira, que já tem se mostrado uma alternativa viável para
produtores de leite no semiárido mineiro.
Na primeira etapa do projeto, foram selecionados dez municípios do
Norte e Vale do Jequitinhonha para receberem mudas de palmas
provenientes da Epamig. Participam os municípios de Olhos D’água,
Botumirim, Francisco Sá, Jequitinhonha, Matias Cardoso, Montezuma,
Janaúba, Gameleiras, Monte Azul e Santo Antônio do Retiro.
Desde 2009, a Epamig desenvolve estudos e incentiva o cultivo da
palma. Nesses oito anos, em parceria com a Emater-MG, já foram
distribuídas cerca de 400 mil mudas desta planta, que é fonte de água e
energia para o rebanho. Segundo a chefe da Epamig Norte de Minas,
Polyanna de Oliveira, a Rede irá trabalhar para ampliação também dos
resultados de pesquisa.
“A proposta é termos a indicação das melhores variedades de palma
forrageira para o Norte de Minas e Bacia do Jequitinhonha, além de
construirmos coletivamente um sistema de produção compatível com à
realidade do nosso estado, assim como já acontece nos semiáridos baiano e
pernambucano”, ressalta Polyanna.
De acordo com o presidente da Epamig, Rui Verneque, a pesquisa busca,
junto com demais parceiros, contribuir para o desenvolvimento
sustentável da pecuária na região. “A palma é uma planta que se adapta a
longos períodos de estiagem e exige poucos recursos hídricos para o
plantio. Acreditamos que essas parcerias possam ampliar as ações e
trazer mais qualidade para o rebanho e à vida do produtor rural”.
Na Fazenda Santa Marta, em Janaúba, a palma é a alimentação das vacas
criadas pelo produtor rural Uelton Moreira, conhecido por Tom Tom. Ele é
um dos produtores que receberam mudas para multiplicação e conta que
antes de iniciar a cultura da palma perdeu mais de 20 vacas, que
morreram em função da seca. “Hoje consigo manter uma produção de leite
de 220 litros por dia”, comemora.
Para a pesquisadora da Epamig Leidy Rufino, a palma é uma alternativa
para complementar a alimentação do gado, mas é necessária a continuação
dos trabalhos na geração e na divulgação de informações referentes a
cultivares, técnicas de cultivo e formas de uso. “Isso pode resultar no
sucesso da atividade, na segurança ambiental, produtiva, alimentar e
econômica de milhares de famílias”.
Epamig desenvolve estudos e incentiva o cultivo da palma (Leonardo Leles)
Publicação
A edição Informe Agropecuário da Epamig “Cultivo e utilização da
palma forregeira” conta com dez artigos, com informações sobre
tecnologias de cultivo, com alto rendimento e qualidade da forragem,
levando em consideração índices técnicos, para que a atividade tenha
sustentabilidade. São apresentadas, também, formas de uso da palma
forrageira na alimentação tanto de bovinos quanto de humanos.
A edição foi produzida em parceria com instituições de ensino, com
destaque para o Instituto Federal Baiano e a Universidade Estadual do
Sudeste da Bahia. Além disso, diversos especialistas participaram da
edição coordenada pelos pesquisadores Maria Geralda Vilela Rodrigues,
Ariane Castricini, e Sérgio Luiz Rodrigues Donato.
A revista pode ser adquirida pelo site www.informeagropecuario.com.br ou
por meio da divisão de Promoção e Distribuição da Informação
Tecnológica. Informações: (31) 3489-5002 ou publicacao@epamig.br
Fonte: Agência Minas
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