segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Por um Vale do Jequitinhonha sem Drogas

Campanha organizada pela Casa de Juscelino de Diamantina será lançada nesta 
segunda-feira, dia 24.09, em Capelinha. 
Depois, irá para Araçuaí, Almenara e Pedra Azul

Rosa Santos, do jornal Acontece, de Capelinha

Adolescentes e jovens  entre 12 e 20 anos são o principal alvo da campanha “Vale do Jequitinhonha sem Drogas”, realizada pela entidade sociocultural Casa de Juscelino, de Diamantina, em cidades do Vale do Jequitinhonha.

A campanha que passará também por Araçuaí, Almenara e Pedra Azul, será lançada em  Capelinha, no  próximo dia 24 de setembro, no Espaço Ativa Idade, na rua das Flores, nº 83, de 8 às 12 horas.

Haverá palestra de João Walter de Godoy Maia, escritor e fundador de cerca de 20 grupos de Alcoólicos Anônimos ( AA) em Minas.
Serão distribuídas 5 mil cartilhas com orientações sobre as conseqüências causadas pelo uso das drogas e o consumo de álcool.

“Claro que não pretendemos solucionar um problema tão complexo com uma campanha. Mas acredito que podemos apontar caminhos e nos mobilizar nessa luta, abandonando o nosso grande erro de achar que o problema é do governo  ou de quem quer que seja. O problema e de todos  nós”, declara Serafim Jardim, presidente da Casa de Juscelino.

Segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios, o crack já está presente em 93% dos municípios mineiros. Em Capelinha, não há um diagnóstico preciso sobre a situação do consumo de entorpecentes, mas um mapeamento informal, feito pelo governo do Estado, por meio do Programa Papo Legal, mostra que “o uso e o abuso de entorpecentes e psicotrópicos vêm aumentando” na cidade.

O levantamento revela ainda que 70%  das crianças e adolescentes abrigadas em instituições de acolhimento de Capelinha chegaram ao local por motivos relacionados às drogas, seja por envolvimento dos pais ou eles próprios. Foram ouvidos pelo Papo Legal representantes de cinco entidades: Conselho Municipal Antidrogas (COMAD), Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho da Mulher, Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) e AA – Alcoólicos Anônimos.

No levantamento, o governo do Estado reconhece que precisa “estabelecer sua contrapartida, oferecendo oportunidades a esses indivíduos com um espaço de escuta e também a possibilidade de realização  de ações que estimulem as pessoas a negar as drogas”.

Diagnóstico sobre Drogas
A secretária executiva do Conselho Municipal Antidrogas (COMAD), Fátima Pimenta, diz que é necessário a realização de um diagnóstico sobre o uso de cada entorpecente em Capelinha. “Estamos  pleiteando um projeto junto ao Observatório do Crack para que seja realizado um trabalho de casa em casa, de entidade em entidade. Pois assim, poderemos nortear os trabalhos de implantação de mais políticas públicas de enfrentamento à questão do álcool e das drogas em Capelinha”, declara a secretaria executiva do Comad.

Leia edição digital do ACONTECE:  www.multideias.net 

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