Datafolha indica empate entre Dilma e Serra
A primeira pesquisa a captar por completo os efeitos da propaganda partidária do PT em rede nacional de rádio e TV mostra Dilma Rousseff empatada com José Serra na corrida presidencial. Segundo o instituto Datafolha, ambos têm 37% das intenções de voto.
Em comparação com o levantamento feito pelo Datafolha há pouco mais de um mês, o pré-candidato do PSDB caiu cinco pontos, e a representante do PT subiu sete. Marina Silva, do PV, ficou estável, com 12% das preferências.
Os números se referem ao cenário com apenas três nomes - esta é também a primeira pesquisa do Datafolha após a saída de Ciro Gomes (PSB) da disputa. Quando os chamados "nanicos" são incluídos, Serra e Dilma empatam em 36%, e Marina aparece com 10%. Na simulação de segundo turno, um novo empate técnico: a petista com 46% e o tucano com 45%.
A ex-ministra da Casa Civil aparece na frente na pesquisa espontânea, feita antes de os entrevistados terem acesso a uma lista com os nomes dos candidatos. Ela tem 19% nessa modalidade, cinco pontos a mais do que Serra. Outros 9% citam "Lula", "o candidado do Lula" ou "o candidato do PT" na sondagem espontânea.
Na semana passada, o PT exibiu um programa de 10 minutos em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva relacionou Dilma a programas de sua gestão, como o Luz para Todos e o Bolsa-Família. Ao mencionar indiretamente a prisão da petista quando atuava na guerrilha contra o regime militar, Lula chegou a compará-la ao líder sul-africano Nelson Mandela, "que só foi para o confronto porque não deram outra saída" e que "virou um dos maiores símbolos da paz e da união no mundo".
Nos dias 6, 8 e 11, o PT exibiu também a pré-candidata em 30 inserções de 30 segundos distribuídas ao longo da propaganda das emissoras de rádio e TV.
Os institutos Sensus e Vox Populi já haviam apresentado Dilma e Serra em situação de empate técnico, sem captar totalmente a influência da propaganda petista - seus entrevistadores foram a campo entre os dias 8 e 14 de maio, enquanto a pesquisa Datafolha foi feita nos dias 20 e 21.
A força de Lula como cabo eleitoral na TV foi posta à prova no momento em que a avaliação positiva de seu governo voltou ao nível recorde de 76%, segundo o Datafolha. O índice de atribuições "ótimo" e "bom" chegou a 76% em março, mas recuou para 73% em abril. Em maio, apenas 5% dos entrevistados consideraram o governo "ruim" ou "péssimo". A nota do presidente, em uma escala de zero a 10, chegou a 8, nível não alcançado desde o início de sua gestão.
Fonte: Estadão
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