Povos indígenas em Minas Gerais
Pablo Matos Camaro – FUNAI MG-ES e CEDEFES
Ana Paula Ferreira Lima – Anaí e CEDEFES
QUEM SÃO?
Aranã
Catu-Awá-Arachás
Kaxixó
Kiriri
Krenak
Maxakali
Mucuriñ
Pankararu
Pataxó
Pataxó Hã-Hã-Hãe
Puris
Tuxá
Xacriabá
Xukuru-Kariri
As treze etnias que vivem atualmente no Estado de Minas Gerais são pertencentes ao tronco
lingüístico Macro-Jê e contam aproximadamente com quinze mil indivíduos aldeados.
Há uma grande população de indígenas que vivem nos centros urbanos. Estima-se que na
região metropolitana de Belo Horizonte tenha de dois mil a três mil indígenas. O número de
etnias também não é estático, sendo que o processo de etnogênese e as migrações são
dinâmicos.
O povo indígena conhecido hoje como Krenak, habitante das margens do Rio Doce,
município de Resplendor, na região Leste de Minas Gerais, formou-se ao longo de um
processo histórico marcado pelo caráter violento da expansão econômica sobre aquela
região, originalmente de densa mata atlântica, onde diversos grupos de ‘Botocudos’ –
resistindo à colonização em outras zonas já ‘conquistadas’ pelos brancos – se abrigaram
até meados do Século XX.
município de Resplendor, na região Leste de Minas Gerais, formou-se ao longo de um
processo histórico marcado pelo caráter violento da expansão econômica sobre aquela
região, originalmente de densa mata atlântica, onde diversos grupos de ‘Botocudos’ –
resistindo à colonização em outras zonas já ‘conquistadas’ pelos brancos – se abrigaram
até meados do Século XX.
Os Botocudos – nome com o qual os portugueses pejorativamente os designavam, em
referência aos adornos usados nas orelhas e nos lábios – ou Borum – termo que significa
‘gente’, em língua indígena, e que segundo o qual os Krenak designam hoje a si e aos
demais índios, em oposição aos Kraí, os não-índios – eram falantes de uma mesma língua,
apesar das significativas variações dialetais que serviam para demarcar diferenças entre os
diversos grupos nos quais se compunham.
referência aos adornos usados nas orelhas e nos lábios – ou Borum – termo que significa
‘gente’, em língua indígena, e que segundo o qual os Krenak designam hoje a si e aos
demais índios, em oposição aos Kraí, os não-índios – eram falantes de uma mesma língua,
apesar das significativas variações dialetais que serviam para demarcar diferenças entre os
diversos grupos nos quais se compunham.
O grupo liderado por Krenak foi o último a negociar com as autoridades governamentais seu
processo de ‘pacificação’ e ‘civilização’, ocorrido logo no início dos trabalhos do recém-
inaugurado Serviço de Proteção aos Índios e Localização de Trabalhadores Nacionais, em
1911.
Ailton Krenak, liderança nacional que contribuiu para a visibilidade da luta indígena.
Hoje os Krenak sofrem com a situação de seu território tradicional que além de ser
diminuto, onde não comporta a população de uma forma saudável, ainda tem as pressões
e violações dos empreendimentos e da sociedade externa que destruíram o Watu, com
a construção da UHE de Aimorés e o acidente / crime do rompimento da barragem das
empresas Samarco/Vale/BHP BIllinton. A comunidade ainda sofre com a demora da
demarcação do território tradicional que envolve o Parque Estadual dos Sete Salões.
O povo Aranã também tem sua origem na história dos Botocudos. Distinguiam-se, no entanto,
politicamente, de outros grupos Botocudos, mantendo inclusive uma pequena variação
dialetal, significativa da distância que mantinham estrategicamente, como forma de reafirmarem
sua diferença dos demais. Os Aranã foram aldeados pelos missionários capuchinhos em 1873,
no Aldeamento Central Nossa Senhora da Conceição do Rio Doce, onde grassaram
epidemias que dizimaram a população. Alguns sobreviventes migraram para o Aldeamento
de Itambacuri, de onde saíram os ancestrais dos Aranãs de hoje, para o trabalho em fazendas
na região do Vale do Jequitinhonha. Hoje os Aranã se dividem em dois grupos, os Aranã
Caboclo e os Aranã Índio, que lutam para que o(s) território(s) sejam identificados e homologados.
A população vive hoje em Araçuaí, Coronel Murta e região metropolitana de Belo Horizonte.
epidemias que dizimaram a população. Alguns sobreviventes migraram para o Aldeamento
de Itambacuri, de onde saíram os ancestrais dos Aranãs de hoje, para o trabalho em fazendas
na região do Vale do Jequitinhonha. Hoje os Aranã se dividem em dois grupos, os Aranã
Caboclo e os Aranã Índio, que lutam para que o(s) território(s) sejam identificados e homologados.
A população vive hoje em Araçuaí, Coronel Murta e região metropolitana de Belo Horizonte.
Fixados nos municípios de Martinho Campos (fazenda
Criciúma) e Pompéu (fazenda São José) – região
centro-oeste mineira (aproximadamente 206 km de Belo
Horizonte) – os Kaxixó somam cerca de 100 indivíduos na
comunidade do Capão do Zezinho, área rural que
concentra o maior contingente populacional Kaxixó.
Foi a comunidade do Capão do Zezinho, localizada às
margens do rio Pará, que deu início à luta Kaxixó pelo
reconhecimento étnico oficial. Os Kaxixó viveram o
processo da etnogêneses, pois ficaram durante dezenas
de anos vivendo da invisibilidade étnica para se esquivarem do
pré-conceito e da violência.
Hoje, o território tradicional Kaxixó já foi identificado e publicado pela FUNAI,
mas o processo da homologação da terra ainda é muito moroso.
Povos Indígenas Maxakali
os Maxakali são habitualmente descritos pela literatura referente à etnia e pelos
organismos governamentais ou não governamentais que atuam junto a eles a partir
de uma dupla perspectiva: Por um lado, enfatiza-se a sua “resistência cultural” –
a permanência da sua língua própria e o uso restrito do português apenas para as situações
do contato interétnico; a intensa vida ritual e a recusa a se inserirem na lógica da produção
capitalista – a despeito dos seus mais de duzentos anos de contato; e por outro, se lhes
percebe como um “grupo problema”, devido ao alto grau de conflito e violência internos,
ao alcoolismo e ás precárias condições alimentares e de saúde. Por “preservar” sua
língua e tradições “originais”, os Maxakali tendem a ser percebidos como símbolo de
resistência indígena em Minas Gerais e região.
Eles se denominam como Tikum’Um, que em uma tradução literal significa “ Nós, os humanos”.
Na verdade, embora suas características e sua atual inserção no contexto dos demais povos
indígenas da região sejam de fato excepcionais, ao contrário de outros segmentos indígenas
que passaram por intensos processos de subjugação à autoridade colonial a partir do início
do século XIX, e cujos descendentes atuais são resultantes de processos de transferências
e amalgamentos compulsórios de segmentos étnicos e linguísticos em geral originalmente
muito diversos, como, tipicamente, seus vizinhos e “parentes” Pataxó atuais, os atuais
Maxakali descendem de apenas dois bandos desta etnia originalmente contatados em
Atualmente os Maxakali vivem em quatro áreas,
as aldeias de Água Boa, município de
as aldeias de Água Boa, município de
Santa Helena de Minas; Pradinho e Cachoeira,
no município de Bertópolis; aldeia Verde, no
município de Ladainha e no distrito de Topázio,
no município de Teófilo Otoni.
no município de Bertópolis; aldeia Verde, no
município de Ladainha e no distrito de Topázio,
no município de Teófilo Otoni.
Os grupos tem uma prática de migrações sazonais
que passam pelo grande território tradicional que vai
do Médio Jequitinhonha, nas regiões de Araçuaí,
até o Sul da Bahia, em Porto Seguro.
que passam pelo grande território tradicional que vai
do Médio Jequitinhonha, nas regiões de Araçuaí,
até o Sul da Bahia, em Porto Seguro.
Há uma violência física e simbólica sistêmica em toda a região contra os indígenas
Maxakali. Desde assassinatos, estelionato no comércio, entre outros. A demanda
territorial dos Maxakali urge, além da recuperação ambiental dos territórios, que foram
destruídos por atividades agropastoris.
As etnias Pataxó, Pataxó hã-hã-hãe, Xukuru-Kariri, Tuxá, Kiriri e Pankararu são oriundas
de estados do nordeste.
Originários de Pernambuco, os Pankararu se espalharam por vários estados brasileiros
ao longo do século XX. Este êxodo se deu devido à construção da hidrelétrica de Itaparica
no Rio São Francisco, à seca, aos conflitos oriundos da luta pela terra e a inúmeras outras
agressões. O grupo familiar de ‘Seu’ Eugênio Cardoso da Silva e Benvinda Vieira migrou
desta região em busca de melhores condições de vida para seus filhos, tendo durante
quase 30 anos convivido com outros povos, como: Krahô, Xerente, Karajá e os Pataxó
de Minas Gerais. Hoje vivem em duas áreas no médio Jequitinhonha. A Aldeia Apukaré
em Coronel Murta e na Aldeia Cinta Vermelha Jundiba, em Araçuaí, juntamente com os
Pataxó.
O Povo Pataxó, originário do Sul da Bahia, ocupa a Fazenda Guarani, no município
de Carmésia, desde a década de 1970, totalizando aproximadamente 400 pessoas.
Há outros grupos que vivem no município de Itapecerica na Aldeia Muã Mimatxi; no
Município de Açucena, na Aldeia Geru Tucunã; no Município de Guanhães, na Aldeia
Mirueira e outro grupo no Município de
Araçuaí, na aldeia Jundiba Cinta Vermelha,
juntamente com a etnia Pankararu.
de Carmésia, desde a década de 1970, totalizando aproximadamente 400 pessoas.
Há outros grupos que vivem no município de Itapecerica na Aldeia Muã Mimatxi; no
Município de Açucena, na Aldeia Geru Tucunã; no Município de Guanhães, na Aldeia
Mirueira e outro grupo no Município de
Araçuaí, na aldeia Jundiba Cinta Vermelha,
juntamente com a etnia Pankararu.
Conhecidos pelo seu semi-nomadismo,
a chegada dos Pataxó em Minas é
consequência de dois fatos
históricos importantes: o primeiro o
famoso ‘Fogo de 51’, caracterizado pela
ação violenta da polícia baiana que
desarticulou sua aldeia, dispersando o
Povo Pataxó na região de Porto Seguro;
e o segundo a transformação de 22.500
hectares de seu território em parque nacional – o Parque Nacional do Monte Pascoal,
criado em 1943 e oficialmente demarcado no ano de 1961 – reduzindo nessa extensão
o seu território tradicional.
a chegada dos Pataxó em Minas é
consequência de dois fatos
históricos importantes: o primeiro o
famoso ‘Fogo de 51’, caracterizado pela
ação violenta da polícia baiana que
desarticulou sua aldeia, dispersando o
Povo Pataxó na região de Porto Seguro;
e o segundo a transformação de 22.500
hectares de seu território em parque nacional – o Parque Nacional do Monte Pascoal,
criado em 1943 e oficialmente demarcado no ano de 1961 – reduzindo nessa extensão
o seu território tradicional.
A população de Pataxó também é grande nas regiões urbanas de Minas Gerais.
Em Belo Horizonte, a presença Pataxó é muito grande e organizada. No Município de
Governador Valadares há um grupo de aproximadamente vinte pessoas que vivem no
distrito de Pontal.
Na Terra Indígena Fazenda Guarani, no município de Carmésia, são constituídas três
aldeias: Aldeia Sede, Aldeia Encontro das Águas e Aldeia Imbiruçu.
Em Belo Horizonte, a presença Pataxó é muito grande e organizada. No Município de
Governador Valadares há um grupo de aproximadamente vinte pessoas que vivem no
distrito de Pontal.
Na Terra Indígena Fazenda Guarani, no município de Carmésia, são constituídas três
aldeias: Aldeia Sede, Aldeia Encontro das Águas e Aldeia Imbiruçu.
As Aldeias Geru Tucunã e Mirueira vivem um conflito com o Estado de Minas Gerais por
estarem sobrepostas a duas unidades de conservação – O Parque Estadual de Rio
Correntes e o Parque Estadual da Serra da Candonga respectivamente – ambos os
parques só existem no papel e estão sendo destruídos por posseiros e ameaçados
por interesses minerários. Há propostas de mudanças de categoria das unidades de
conservações para que os indígenas possam regularizar a presença no território e
continuar a exercer o uso sustentável do local, diferente dos posseiros, que destroem
as áreas através das práticas insustentáveis agropastoris.
estarem sobrepostas a duas unidades de conservação – O Parque Estadual de Rio
Correntes e o Parque Estadual da Serra da Candonga respectivamente – ambos os
parques só existem no papel e estão sendo destruídos por posseiros e ameaçados
por interesses minerários. Há propostas de mudanças de categoria das unidades de
conservações para que os indígenas possam regularizar a presença no território e
continuar a exercer o uso sustentável do local, diferente dos posseiros, que destroem
as áreas através das práticas insustentáveis agropastoris.
Ritual do povo indígena Xucuru-Kariri
O Povo Xukuru-Kariri é oriundo do município de Palmeira dos Índios, em Alagoas.
Após muitos conflitos de terra e mortes de indígenas, algumas famílias se mudaram para
Ibotirama e depois para Glória, na Bahia. Também fugindo de conflitos nessas localidades,
alguns integrantes deste grupo, vieram, em 1998, para Minas Gerais. Ainda em 1998,
os Xukuru-Kariri solicitaram à Funai a compra de uma terra para o grupo em MG.
Atualmente o grupo vive no município de Caldas, na região sul do Estado em uma terra
cedida por cessão pela União.
Os Kiriri vieram da Bahia, do Município de Moquém do São Francisco na Bahia, em
decorrência da busca de melhoria de vida, visto que o seu território não comporta a
população indígena e as condições climáticas na região estão cada vez mais extremas.
Hoje ocupam um terreno do estado de Minas Gerais na cidade de Caldas.
decorrência da busca de melhoria de vida, visto que o seu território não comporta a
população indígena e as condições climáticas na região estão cada vez mais extremas.
Hoje ocupam um terreno do estado de Minas Gerais na cidade de Caldas.
Os Tuxá são oriundos de Rodelas na Bahia. Vieram para Minas Gerais na década de
setenta, quando alguns indígenas trabalhavam na navegação do Rio São Francisco.
Primeiramente ficaram em Pirapora, até ocuparem uma fazenda do estado de Minas
Gerais no Município de Buritizeiro, na margem esquerda do Rio São Francisco.
Os índios conhecidos sob o etnônimo englobante Pataxó Hãhãhãe abarcam, hoje, as
etnias Baenã, Pataxó Hãhãhãe, Kamakã, Tupinambá, Kariri-Sapuyá e Gueren, habitantes
da região sul da Bahia. Hoje um pequeno grupo vive no município de Bertópolis, Minas
Gerais. Na região metropolitana de Belo Horizonte há diversas famílias que vivem na cidade
e em algumas ocupações na região metropolitana.
etnias Baenã, Pataxó Hãhãhãe, Kamakã, Tupinambá, Kariri-Sapuyá e Gueren, habitantes
da região sul da Bahia. Hoje um pequeno grupo vive no município de Bertópolis, Minas
Gerais. Na região metropolitana de Belo Horizonte há diversas famílias que vivem na cidade
e em algumas ocupações na região metropolitana.
Os Mokuriñ pertencem ao grande grupo dos povos chamados “Botocudos”, aldeados em
Itambacuri desde o século XIX pelos frades capuchinhos Frei Serafim de Gorízia e Frei
Ângelo de Sassoferato. Os Mokuriñ vivem no município de Campanário. Os indígenas
reivindicam a demarcação de seu território tradicional, hoje eles vivem em um território
diminuto e insustentável.
Povos Indígenas Xakriabá
Antigos habitantes do Vale do São Francisco, os Xacriabá vivem no município de São João
das Missões, Norte de Minas Gerais, a 720 Km de Belo Horizonte. Seu processo de contato
com os não-índios não difere do ocorrido com os demais povos indígenas, em toda a
sua história, sendo marcada por lutas e derramamento de sangue, o Bandeirante Matias
Cardoso foi um grande algoz dos povos indígenas da região do Vale do São Francisco.
Após o ano de 1728, depois de receberem título de posse de suas terras por terem apoiado
o Estado na guerra com os Caiapó, viveram em relativa paz, convivendo com camponeses
vindos da Bahia e de outras regiões de Minas Gerais em seus territórios e arredores, em
que plantavam roças de subsistência. A partir de 1969, o desenvolvimento de projetos
agrícolas na região atraiu fortes grupos empresariais e grandes fazendeiros das cidades
vizinhas, acentuando-se a invasão das terras dos Xakriabá .
Nos anos 1980, a tensão aumenta de forma insuportável, culminando no assassinato de grandes
líderes indígenas. O Cacique Rosalino se tornou um grande mártir e símbolo da luta e da
resistência do Povo Xakriabá.
das Missões, Norte de Minas Gerais, a 720 Km de Belo Horizonte. Seu processo de contato
com os não-índios não difere do ocorrido com os demais povos indígenas, em toda a
sua história, sendo marcada por lutas e derramamento de sangue, o Bandeirante Matias
Cardoso foi um grande algoz dos povos indígenas da região do Vale do São Francisco.
Após o ano de 1728, depois de receberem título de posse de suas terras por terem apoiado
o Estado na guerra com os Caiapó, viveram em relativa paz, convivendo com camponeses
vindos da Bahia e de outras regiões de Minas Gerais em seus territórios e arredores, em
que plantavam roças de subsistência. A partir de 1969, o desenvolvimento de projetos
agrícolas na região atraiu fortes grupos empresariais e grandes fazendeiros das cidades
vizinhas, acentuando-se a invasão das terras dos Xakriabá .
Nos anos 1980, a tensão aumenta de forma insuportável, culminando no assassinato de grandes
líderes indígenas. O Cacique Rosalino se tornou um grande mártir e símbolo da luta e da
resistência do Povo Xakriabá.
A comunidade possui mais de dez mil indígenas, sendo uma das maiores populações étnicas
do Brasil. Hoje são aproximadamente quarenta aldeias em 53.085 hectares e há um processo
de revisão do território que irá ampliar a TI Xakriabá, retomando o acesso e o uso de locais
tradicionais.
Célia Xakriabá, jovem liderança indígena, doutoranda em antropologia pela UFMG.
Os Xakriabá são muito organizados politicamente, tendo um cacique geral e diversas
lideranças locais. Hoje eles estão no quarto mandato indígena consecutivo do município de
São João das Missões.
O povo indígena Catú-awa-arachás encontra-se em Araxá, Minas Gerais, devidamente
organizado na Associação Andaiá. Os Puris estão se organizando no município de Araponga,
região da Mata e na cidade de Barbacena. É bastante recente a emergência étnica destes
dois povos.
Na região metropolitana de Belo Horizonte vivem diversas famílias de grupos étnicos
distintos, de Minas Gerais e de outros estados, sobretudo da Bahia. Há grupos familiares
de Aranãs, Xakriabás, Kaxixós, Pataxós e Pataxós hã-hã-hãe, entre outros. Uberlândia
também contabiliza uma grande quantidade de indígenas em sua malha urbana.
distintos, de Minas Gerais e de outros estados, sobretudo da Bahia. Há grupos familiares
de Aranãs, Xakriabás, Kaxixós, Pataxós e Pataxós hã-hã-hãe, entre outros. Uberlândia
também contabiliza uma grande quantidade de indígenas em sua malha urbana.
Estes grupos migraram para o centro urbano em busca de uma qualidade de vida melhor,
já que muitos perderam o território ao longo da história de ocupação das áreas indígenas
no interior do país. Os grupos que vivem na cidade possuem direitos e devem se organizar
para buscá-los e reivindica-los perante o Estado e a sociedade envolvente.
já que muitos perderam o território ao longo da história de ocupação das áreas indígenas
no interior do país. Os grupos que vivem na cidade possuem direitos e devem se organizar
para buscá-los e reivindica-los perante o Estado e a sociedade envolvente.
Publicado em https://www.cedefes.org.br/povos-indigenas-destaque/, em novembro 2017.
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