Romeu Zema, Governadode Minas Gerais.
Dados de avaliação de
desempenho dos governadores brasileiros realizada pelo portal G1,
ligado à Rede Globo, revelam que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema
(Novo), é o penúltimo no ranking de avaliação dos gestores do Executivo estaduais.
Em 26º lugar, Zema ganhou apenas do governador do Acre, Gladson
de Lima Cameli (PP). Segundo o levantamento, os governadores brasileiros
cumpriram apenas 18% das promessas feitas durante a campanha eleitoral de 2018.
Liderando ranking aparece o governador do
Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). Ele conseguiu cumprir 44,11% dos
compromissos assumidos com os eleitores capixabas.
Zema, por sua vez,
cumpriu meros 7,14% das propostas de governo. Que Minas Gerais está
com cofres vazios não é novidade para ninguém, nem mesmo para o governador, que
sabia a situação calamitosa do estado quando se candidatou – e, por
conseguinte, elaborou suas promessas numa eventual eleição. Além
disso, outros estados em situação semelhante à de Minas, como é o caso do Rio
de Janeiro, obtiveram maior êxito no cumprimento – Wilson Witzel, por
exemplo, cumpriu 12,06% do que prometeu e aparece em 21º lugar no ranking.
Vale lembrar que a checagem feita pelo
levantamento independe da opinião do eleitor mineiro, uma vez que
apenas avaliou as promessas feitas pelos governadores durante campanha e o que,
de fato, foi colocado em prática nos 12 primeiros meses do ano. Nesse sentido,
fica evidente que Romeu Zema não conseguiu mostrar o resultado que se
espera dele, pelo menos até o momento.
Das 14 promessas feitas por Zema,
nove não foram cumpridas ainda e três foram parcialmente cumpridas. A única
promessa cumprida em sua totalidade foi a de não aumentar a carga
tributária, que até o momento ainda não aconteceu. Contudo, o governo
encaminhou à Assembléia Legislativa um projeto de lei que prorroga a cobrança
de alíquotas mais altas do ICMS. A proposta ainda está em tramitação.
A principal proposta do
governador durante campanha acabou decepcionando muitos mineiros. O fim
do parcelamento dos salários não só não aconteceu como também o 13º
salário ainda não teve sequer um primeiro pagamento para parte
do funcionalismo. Zema prometeu que não receberia
seu salário até que os servidores voltassem a receber no 5º dia útil.
Já o primeiro cheque recebido por Zema foi impossibilitado de ser recusado, uma
vez que a medida foi considerada inconstitucional. O governador,
então, doou os salários para instituições sem fins lucrativos. Ao
todo, 14 instituições foram beneficiadas.
Ainda em 2019, os deputados estaduais
aprovaram dispositivo que permite ao governador o não recebimento de
seus salários. Mesmo assim, Romeu Zema optou por continuar recebendo e
doando a instituições de caridade.
Quanto ao pagamento do funcionalismo,
já nos primeiros meses de mandato o governador foi alvo
de protestos ao sugerir que o 13º salário de 2018 fosse quitado em 11
parcelas para toda a categoria. Zema, então, cedeu à pressão e mudou a
escala de pagamento, deixando somente quem recebe acima de R$ 8,9 mil por mês
recebendo o benefício natalino em 11 parcelas. Os demais servidores tiveram
o 13º salário quitado em julho.
Outra grande expectativa criada foi com
relação ao 13º salário de 2019, que Zema prometeu até o último minuto que
seria pago antes do fim do ano, inclusive pressionando a ALMG a
aprovar a venda dos royalties do nióbio da Codemig, que acabou sendo
feita a toque de caixa. Mas o pagamento não veio – pelo menos não
para todos. Mais uma vez algumas categorias foram beneficiadas em detrimento
das demais, que continuam com um grande ponto de interrogação sobre quando
verão a cor do dinheiro a que têm direito de receber.
Dos 567 mil servidores, 348 mil receberam o
benefício no dia 23 de dezembro. A maior parte deles integra a educação: cerca
de 197 mil servidores (54%). Outro número expressivo é o da saúde, com
35%. O restante do funcionalismo ainda espera pela concretização do
leilão, postergado devido à ação apresentada pelo Ministério Público de Contas
do Estado, segundo justificou Otto Levy no fim do ano passado.
O governo do Estado jogou um balde de água
fria no funcionalismo, que esperava a equiparação dos direitos, ou seja,
que todos recebessem pelo menos parte do benefício. Em coletiva de imprensa no
fim do ano, Otto Levy explicou que o critério utilizado pelo governo foi
social, ou seja, quem tinha até R$ 2.000 para receber como 13º salário
foram beneficiados. Quem ganharia mais do que isso não recebeu nem um
real.
Horas antes do anúncio no ano passado,
milhares de servidores da educação, saúde e da administração se reuniram
na Cidade Administrativa para cobrar do governo um posicionamento
sobre o 13º salário das outras categorias do funcionalismo. Insatisfeitos com a
apresentação de propostas apenas para a área de segurança pública, eles
levaram faixas pedindo isonomia no tratamento. O protesto acabou após o anúncio
feito pelo governo, mas parte dos servidores se mostraram insatisfeitos com a
medida apresentada pelo governo, que deixou 38,5% dos servidores sem o 13º
salário em 2019.
As três promessas parcialmente
cumpridas são:
Reduzir secretarias e cortar cargos por
indicação política – Zema prometeu reduzir de 21 para 9 secretarias estaduais e
cortar 80% dos cargos de indicação política. A reforma administrativa do
governo foi aprovada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais em 1º de maio,
baixando o número de secretarias para 13; na sanção, Zema cortou mais uma,
ficando 12 ao total. Além disso, houve indicações políticas, como o secretário
de governo, Custódio de Matos (PSDB), ex-prefeito de Juiz de Fora, atualmente
substituído pelo deputado Bilac Pinto (DEM). Zema também vetou o dispositivo
que determinava a reserva de 50% a 70% da ocupação de cargos comissionados por
servidores. Segundo o governador, o estado já tem mecanismos de valorização de
carreira dos funcionários públicos.
Transformar Palácio das Mangabeiras em museu – a promessa de
Romeu Zema era morar em residência própria e fazer da residência oficial do
governador em Minas um museu. Apesar de não morar no Palácio das Mangabeiras, o
espaço não foi transformado em museu. Ele perdeu a destinação pública
determinada e deixou de ser a residência oficial do chefe do Executivo.
Proibir a exigência de autenticação em documentos públicos – a ideia do então candidato era reduzir o poder dos cartórios. A promessa foi parcialmente cumprida, uma vez que a obrigatoriedade da autenticação atingiu 27 serviços do estado.
Proibir a exigência de autenticação em documentos públicos – a ideia do então candidato era reduzir o poder dos cartórios. A promessa foi parcialmente cumprida, uma vez que a obrigatoriedade da autenticação atingiu 27 serviços do estado.
As promessas feitas e não
cumpridas ainda são:
Criar o cartão estudante para alunos que se
destacarem, concedendo incentivos ao aluno com bom desempenho
Conceder recursos para estudantes de baixa
renda usarem em produtos educacionais
Fazer parcerias com o setor privado para
complementar o atendimento feito pelo SUS
Implantar prontuários eletrônicos e
implementar centros de atendimento online
Fazer com que os equipamentos da saúde
sejam administrados por OSs e por PPP
Integrar os centros de saúde a hospitais
regionais de maior porte com gestão privada
Adotar o uso de aplicativos em celulares
com câmeras acoplados aos coletes de policiais para gravem suas ações
Integrar cooperativas, associações e
consórcios intermunicipais para contratar serviços de segurança privada na área
rural
Confira o ranking completo do
desempenho dos governadores:
Casagrande – Espírito Santo – 44,11%
Wilson Lima – Amazonas – 43,90%
Camilo – Ceará - 31,57%
Moisés – Santa Catarina – 30,76%
Azambuja – Mato Grosso do Sul – 29,16%
Belivaldo – Sergipe - 25,92%
Caiado – Goiás - 23,80%
Eduardo Leite – Rio Grande do Sul - 23,52%
João Doria – São Paulo – 22,97%
Flávio Dino – Maranhão – 22,41%
Ibaneis – Distrito Federal – 21,42%
Wellington – Piauí - 20,75%
Câmara – Pernambuco - 20,00%
Barbalho – Pará – 18,00%
Ratinho – Paraná – 17,42%
Carlesse – Tocantins – 17,24%
Marcos Rocha – Rondônia – 15,38%
Rui Costa – Bahia – 13,19%
Fátima – Rio Grande do Norte – 13,20%
Renan Filho – Alagoas – 12,82%
Witzel – Rio de Janeiro – 12,06%
João Azevedo – Paraíba – 12,04%
Mauro Mendes – Mato Grosso – 11,11%
Denarium – Roraima – 9,75%
Waldez –Amapá - 8,33%
Zema – Minas Gerais - 7,14%
Gladson – Acre – 5,88
Fonte: JM Online e republicado no site do Sindieletro
Confira a avaliação completa no link
3 comentários:
Não precisa dizer mais nada.....
Eu avisei....
Agora amargamente arrependem...
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