Manifestação leva mais de 250 mil
às ruas em BH
Categorias paralisam as atividades e se unem em
manifestação que ocupou o Centro de Belo Horizonte.
ROGÉRIO HILÁRIO
Em Minas, a Greve Geral foi vitoriosa, tanto na paralisação de atividades do trab alho, quanto nas manifestações de rua, no trancamento de rodovias. Tanto na Capital quanto em dezenas de cidades do interior. Desde as grandes e médias cidades, como em Juiz de Fora, Uberlândia, Montes Claros, quanto em pequenas cidades como Turmalina, Araçuaí e Almenara, no Vale do Jequitinhonha.
Com a paralisação da maioria das categorias, dos setores público e privado, a união das centrais sindicais, estudantes, movimentos sociais e populares, das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, manifestações, atos e marchas na capital e no interior, a Greve Geral foi vitoriosa em Minas Gerais nesta sexta-feira, 14 de junho. Em Belo Horizonte, mais de 250 mil pessoas participaram da passeata, que saiu da Praça Afonso Arinos e percorreu as ruas do Centro até a Praça da Estação.
A Greve Geral foi convocada pelas centrais sindicais para ser a maior mobilização da luta contra a reforma da Previdência e os cortes nos investimentos da educação. Estas e outras pautas, como a defesa da democracia – que inclui a libertação do ex-presidente Lula -, a luta contra as privatizações e as soluções para o desemprego resultaram em três mobilizações históricas em menos de um mês. Nos dias 15 e 30 de maio, no total, mais mais de 500 mil pessoas foram as ruas da capital mineira.
Os manifestantes foram acompanhados por quatro carros de som e levavam, em sua maioria, cartazes e faixas contra a reforma da Previdência, defendendo uma aposentadoria digna, educação pública gratuita e de qualidade, a libertação de Lula, contra as privatizações, e com outras pautas. Um grupo de manifestantes chamou a atenção pela originalidade. Estudantes, professores e simpatizantes se uniram em uma performance com as cabeças passando por um pano, que se estendia por quase 100 metros. Segundo eles, a exibição simbolizava o “Tsunami da Educação”, numa alusão à defesa da educação pública, gratuita e de qualidade dos três atos realizados neste ano.
Paralisaram as atividades nessa sexta-feira (14.06), os bancários, dos setores público e privado (Belo Horizonte, Juiz de Fora e região), servidoras e servidores da educação (municipais, estaduais e federais), da saúde, servidores públicos municipais, trabalhadoras e trabalhadores da Copasa (água e saneamento), da área de processamento de dados (Serpro, Dataprev, Prodabel e Prodemge), metalúrgicos, petroleiros, Correios, eletricitários, economistas, professores e estudantes.
“Estamos todos de parabéns. Em menos de um mês, construímos três grandes manifestações contra o projeto de reforma da Previdência e os cortes nos investimentos em educação. E, hoje, fizemos uma Greve Geral vitoriosa, com a classe trabalhadora e os estudantes dando um recado para o governo Bolsonaro. Estamos aqui também para dar um recado ao representante de Bolsonaro em Minas, o governador Romeu Zema: não às privatizações, não estamos à venlda”, disse a deputada estadual (PT) e presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira.
“Parabenizo a todas e todas que se uniram nesta Greve Geral histórica e, em especial, aos metroviários, que não se intimidaram com a multa de R$ 200 mil e paralisaram totalmente as atividades. É a união das categorias. E temos um recorde de participação com mais de 250 mil pessoas nas ruas hoje. Essa reforma acaba com a aposentadoria de quem está na ativa e de quem vai entrar no mercado de trabalho. Vai acabar com o povo brasileiro”, afirmou Jairo Nogueira Filho, coordenador-geral da CUT/MG.
“A Fasubra e a instituições federais de ensino estão se somando a este movimento para fazer a luta em todo o país contra esta reforma que atinge fundamentalmente todas as mulheres do país. Belo Horizonte está dizendo a Bolsonaro que não quer a sua reforma. E que estaremos sempre nas ruas até derrotar as políticas deste governo”, afirmou Rosângela Gomes Soares da Costa, secretária de Comunicação da CUT/MG e da Coordenação da Mulher Trabalhadora da Fasubra.
Metroviários
As 18 estações do metrô em Belo Horizonte e Contagem, na região metropolitana, amanheceram completamente fechadas. Metroviárias e metroviários cruzaram os braços e, por volta das 11 horas, saíram em marcha da Estação Central para a Praça Afonso Arinos, local da concentração dos movimentos sindical, sociais, estudantis e populares, convocados pelas centrais sindicais e Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Durante o trajeto, eles cantaram as palavras de ordem “Metrô estatal, tarifa social”, “O povo na rua, Bolsonaro a culpa é sua”, “Esta reforma, eu digo não, quero saúde, trabalho e educação”.
Mobilizações
As mobilizações não se limitaram ao ato. Na BR-040, em Congonhas, na região Central, as duas pistas – sentido BH e Rio de Janeiro – foram completamente interditadas por manifestantes desde o início da manhã. Nas primeiras horas da manhã. Por volta das 6h50, a BR-381, em Betim, na Grande Belo Horizonte, foi paralisada por manifestantes. O protesto parou o trânsito por uma hora. Estudantes também trancaram a Avenida Antônio Carlos, também pela manhã, próximo à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Houve paralisação, também, na Linha Verde, próximo à Cidade Administrativa, sede do governo estadual. Em Ouro Preto, diversos sindicatos, movimentos e organizações populares começam o dia parando a garagem da Transcotta e dialogando com os trabalhadores.
Em dezenas de cidades, manifestações das Minas e dos Gerais
As manifestações populares dessa seta-feira se espalharam por toda a Minas Gerais.
Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro,
Fontes: BrasildeFato, Facebook, Frente Minas Popular, CUT, Consulta Popular, MST, Levante Popular da Juventude, Jornalistas Pela Democracia, Midia Ninja, Comunicadores do Vale.
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