Sigma obtém sinal verde para investir R$ 500 milhões em lítio.
Valor será investido por mineradora para produzir óxido de lítio, matéria-prima das baterias de carros elétricos.
Unidade industrial será construída em Itinga e vai gerar 300 empregos diretos.
Foto: divulgação
Empreendimento será anunciado hoje pela Sigma Mineração e já nasce no sistema avançado de processamento a seco, sem barragens
Sigma recebe licença ambiental para
planta de concentrado de lítio
A Sigma Lithium Resources obteve, no dia 11.06.19, as licenças ambientais, prévia
e de instalação necessárias para construção e instalação de uma unidade para a
produção comercial de lítio, emitidas pelo Conselho de Política Ambiental (Copam)
do Estado de Minas Gerais.
e de instalação necessárias para construção e instalação de uma unidade para a
produção comercial de lítio, emitidas pelo Conselho de Política Ambiental (Copam)
do Estado de Minas Gerais.
A fábrica de hidróxido de lítio ficará no município de Itinga, no Vale do Jequitinhonha,
nordeste de Minas.
Com tecnologia australiana de última geração, a empresa brasileira Sigma
Mineração acaba de obter o licenciamento ambiental do governo de Minas
Gerais para produzir no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do país, o
concentrado de óxido de lítio – matéria-prima das sofisticadas e demandadas baterias
dos veículos elétricos.
O investimento deve alcançar R$ 500 milhões (US$ 125 milhões) numa unidade
industrial que será construída no município de Itinga, no Médio Jequitinhonha,
nordeste de Minas, distante 43 km de Araçuaí, 192 km de Teófilo Otoni, 635
quilômetros de Belo Horizonte, e terá capacidade para gerar cerca de 300 empregos
diretos na operação.
O empreendimento será anunciado hoje pela companhia e já nasce no sistema
avançado de processamento a seco do minério do lítio, o espodumênio, eliminando
as barragens de rejeitos, e equipado para reciclagem de 90% da água usada no
processo industrial, informou Ana Cabral, membro do Conselho de Administração
da Sigma.
O tratamento a seco e a produção do concentrado de lítio com teor superior a 6%
no chamado grau bateria foram patenteados pela mineradora, após desenvolvimento
apoiado por consultoria da Austrália, grande concorrente do Brasil na produção de
minerais como o ferro.
Os recursos aplicados na planta industrial deverão alcançar R$ 1 bilhão, contados
os aportes previstos de empresas terceirizadas que vão atuar na planta industrial da
Sigma, de acordo com Ana Cabral.
Ela destaca que o projeto introduz o Brasil e Minas Gerais num mercado promissor
e de alto valor, o da fabricação de baterias de lítio para ônibus e carros elétricos,
e, ainda, empregadas no armazenamento de energia limpa, das usinas eólicas e solares.
“Colocamos o Brasil e Minas Gerais no mapa global do lítio para baterias, produto de
alto valor agregado e com crescimento de demanda prevista em cinco vezes deste
ano até 2025”, afirma Ana Cabral.
As estimativas do setor indicam que este mercado vai evoluir da produção de
270 mil toneladas de LCE (medida em carbonato de lítio equivalente) para 1,025
milhão de toneladas de LCE dentro de seis anos.
270 mil toneladas de LCE (medida em carbonato de lítio equivalente) para 1,025
milhão de toneladas de LCE dentro de seis anos.
Na América do Sul, apenas o Chile, outro grande produtor de minerais, disputa esse
mercado.
mercado.
As minas adquiridas pela Sigma em Itinga, entre elas a principal reserva, batizada de
Xuxa, estão localizadas na região conhecida como Grota do Cirilo e são
consideradas reservas de classe mundial. “O concentrado pré-químico que vamos
produzir poucas empresas estão habilitadas a entregar no mundo”, observa a executiva
da mineradora.
Xuxa, estão localizadas na região conhecida como Grota do Cirilo e são
consideradas reservas de classe mundial. “O concentrado pré-químico que vamos
produzir poucas empresas estão habilitadas a entregar no mundo”, observa a executiva
da mineradora.
O concentrado de óxido de lítio a ser obtido no Vale do Jequitinhonha tem nível
de impurezas alcalinas (potássio e sódio) abaixo de 0,5% e ferro e mica, outros dois
elementos indesejáveis no processo, abaixo de 1%. Antes mesmo de iniciar a
produção, a Sigma firmou contrato de fornecimento à japonesa Mitsui.
As equipes da empresa já estão trabalhando no projeto de engenharia de
detalhamento para dar início à construção da unidade industrial no terceiro trimestre
deste ano. A empresa também iniciou o processo de contratação de pessoal, com
a decisão de priorizar a mão de obra local.
Fonte: Gazeta de Araçuaí e Estado de Minas
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