quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Brasil tem cerca de 13 milhões de desempregados.

IBGE: desemprego fica em 12,2% no trimestre encerrado em janeiro

Janeiro é um mês tradicionalmente ruim para o trabalho, mas resultado foi positivo na comparação com 2017. Brasil tem 12,7 milhões de desempregados.
Pixabay
industria.jpg
Emprego na indústria cresceu 5% e ajudou a reduzir o desemprego na comparação anual
A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou estável em 12,2% no trimestre encerrado em janeiro na comparação com os três meses terminados em outubro. A estabilidade vem após dois trimestres consecutivos de baixa. Na comparação com o mesmo período de 2017, houve queda de 0,4 ponto porcentual no desemprego. O Brasil ainda tem 12,7 milhões de pessoas em busca de trabalho.
Apesar da queda contínua da taxa de desemprego ao longo do ano passado, o Brasil encerrou 2017 com 12,3 milhões de trabalhadores em busca de trabalhoNo ano, porém, a taxa média de desocupação no mercado de trabalho brasileiro foi de 12,7%, a mais alta desde 2012, início da série de medições.
Screen Shot 2018-02-28 at 9.16.25 AM.png
A taxa de desemprego alcançou 13,6% no trimestre de fevereiro a abril de 2017 mas, desde então, acumulou quedas nos índices de maio a julho (12,8%) e de agosto a outubro (12,2%). “O índice vinha caindo, mas agora houve essa estabilidade, interrompendo as duas baixas. É um movimento característico de janeiro, quando esse indicador tende a estabilizar ou até a subir”, explica o Coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo. Na comparação com o trimestre móvel encerrado em dezembro (11,8%) houve alta de 0,4 ponto.
O emprego com carteira assinada segue em baixa (-1,7%). O grupo foi o único a cair na comparação anual, enquanto empregados sem carteira (5,6%) e trabalhadores por conta própria (4,4%) sustentaram o crescimento da população ocupada, que aumentou em 1,8 milhão de pessoas (2,1%). “Por causa da crise econômica, o mercado não consegue impulsionar a criação de postos de trabalho de qualidade. Todo esse crescimento de 1,8 milhão de pessoas está apoiado em uma plataforma informal de trabalho”, conclui Cimar.
Por setor
A análise do contingente de ocupados segundo os grupos de atividade mostra que não houve criação de vaga em nenhum dos setores econômicos, mas houve cortes na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,4%, ou menos 218 mil pessoas). Por se tratar de um número pequeno diante do contingente total de ocupados - 91,7 milhões de pessoas - a taxa permanece estável entre os dois trimestres.
Já na comparação entre os três meses encerrados em janeiro e o mesmo período do ano passado observou-se aumento nas categorias: Indústria (5%, ou mais 558 mil pessoas), Alojamento e alimentação (6,4%, ou mais 316 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,6%, ou mais 351 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,7%, ou mais 413 mil pessoas), Outros serviços (8,7%, ou mais 374 mil pessoas) e Serviços domésticos (4,3%, ou mais 265 mil pessoas). Houve redução nos seguintes grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,9%, ou menos 350 mil pessoas) e Construção (4%, ou menos 281 mil pessoas).
O rendimento médio real habitual atingiu 2,169 mil reais em janeiro, estável tanto em relação ao trimestre anterior quanto ao mesmo período do ano passado. Já a massa de rendimento, que é a soma de todos os recursos recebidos pelos trabalhadores, ficou estável no trimestre, mas cresceu  3,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo 193,8 bilhões de reais. 
Fonte: Fundação Perseu Abramo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário