Eu canto com minha voz,
Eu canto com minhas mãos,
Eu canto com o coração!
Desde a tenra idade Vânia estudou e se dedicou ao trabalho voltado para os filhos do silêncio onde participou ativamente da educação como inclusão dos surdos na sociedade.
Desta forma o Bloco Magalhães cai na folia carregando a alegria da saudade, as mãos que comunicam interligando todos os cidadãos em uma sociedade sem distinção de classe e sem exclusão social.
Com entusiasmo e alegria convidamos o folião e a foliã para viajar e brincar conosco pelo mundo dos surdos.
Adquira já sua fantasia!
UMA VIDA DEDICADA ÀS PESSOAS ESPECIAIS
Aos doze anos de idade, quis o destino colocar sobre Vânia a doce tarefa de levar seu irmão caçula, portador de paralisia cerebral, diariamente a uma clínica de reabilitação. Os cuidados com alimentação, higiene e brincadeiras de Vânia, com o pequeno Nino, assim chamado carinhosamente, continuaram durante a sua adolescência até o início da fase adulta, quando o pequeno veio a falecer.
Na adolescente como artesã, ajudando seus pais na produção de artesanato em couro na Feira Hippie, na Praça da Liberdade em BH, fez amizade com um artista plástico, que expunha numa banca vizinha. Jomaroli, por possuir deficiência auditiva, se comunicava na Língua de Sinais. Com uma curiosidade e interesse instigante, através deste amigo surdo, Vânia deu os primeiros passos para conhecer e desvendar o mundo da LIBRAS: A Língua Brasileira de Sinais.
Ao formar no Magistério se candidatou a fazer estágio na Clínica Escola Phono, em Belo Horizonte, especializada na educação e tratamento de pessoas com deficiência auditiva. O interesse e a dedicação não passaram despercebidos pelo diretor da clínica, José Carlos, e, tão logo se formou, foi contratada como professora.
No carnaval de 1981, em Minas Novas, começou um namoro com o seu futuro esposo Dalton Magalhães.
Após se casarem, residiram nas cidades de Poté, Belo Vale, Chapada do Norte e, em 1986, se mudaram para Minas Novas. Vânia foi convidada para trabalhar na Escola Estadual Dr Agostinho da Silva Silveira, em uma Sala de Recursos, que atendia alunos com todas as formas de deficiência. Naquela época os deficientes eram bastante discriminados. As próprias famílias os ocultavam e assim não apareciam nas estatísticas da população de surdos. Com a vontade de promover a inclusão dessas pessoas, fez um trabalho, verdadeiramente franciscano, para identificar e convidar os surdos e as suas famílias para a sala de aula, para a comunicação, para a inclusão.
Vânia buscou apoio e parcerias com a igreja católica, escolas rurais, autoridades, lideranças comunitárias, sindicatos, associações rurais e da cidade, igrejas evangélicas, etc. Identificados e matriculados os alunos, a luta agora era equipar a sala. Buscou ajuda no comércio e empresas da cidade, na sede Regional da Secretaria Estadual de Educação. Durante os mais de vinte anos de dedicação à educação da comunidade surda de Minas Novas e região, conseguiu resultados surpreendentes.
Como intérprete de LIBRAS, em BH e também como professora de alunos surdos, Vânia Beatriz desenvolveu um trabalho reconhecido por toda a comunidade surda da capital e pelos principais órgãos e entidades que lidam com a deficiência auditiva. Na qualidade de intérprete de LIBRAS, contribuiu para a inclusão e a formação de pessoas surdas em cursos de graduação e pós-graduação.
Em todas as etapas da sua jornada e de convivência social, Vânia fez questão de envolver o marido, os filhos, os netos, as cunhadas, os irmãos, toda a sua família e os seus amigos, a buscar o olhar para a relevância do seu trabalho, assim como para uma relação de igualdade junto aos amigos surdos, talvez como uma maneira de começar a inclusão a partir de sua própria casa, como uma forma de banir o preconceito, aqui e agora, de dar o exemplo.
Foi uma vida inteira dedicada à Causa das Pessoas com Necessidades Especiais... aos irmãos Surdos!
O Bloco Magalhães completa 12 anos de existência. A princípio, cerca de 9 membros da família resolveram fantasiar de marinheiro, ano em que as fantasias haviam sumido para dar lugar aos abadás.
No ano seguinte, reuniu mais de 30 pessoas da família e, assim por diante, foi crescendo entre agregados, namorados, sobrinhos, etc. Amigos e amigas foram chegando e participando de forma natural e, aos poucos, aumentava os integrantes.
Quando passávamos na rua, até então, somente a família, o povo se referia como os Magalhães. Tentamos colocar um nome para o bloco, mas não pegou. Os próprios conterrâneos assim nos abordavam.
Com o tempo, sentimos vontade de colocar uma música ao vivo resgatando o primeiro trio elétrico em cima de uma caminhonete com frevos e marchinhas.
Durante estes anos, todos os membros da família colocam a mão na massa. Tudo feito artesanalmente e construído com carinho.
Atualmente o Bloco Magalhães arrasta mais de 200 integrantes fantasiados e outros que acompanham pelas ruas de Minas Novas , na sua maioria amigos e familiares e quem quiser chegar.
Há 12 anos, o Bloco Magalhães anima o carnaval de Minas Novas
O Bloco Magalhães completa 12 anos de existência. A princípio, cerca de 9 membros da família resolveram fantasiar de marinheiro, ano em que as fantasias haviam sumido para dar lugar aos abadás.
No ano seguinte, reuniu mais de 30 pessoas da família e, assim por diante, foi crescendo entre agregados, namorados, sobrinhos, etc. Amigos e amigas foram chegando e participando de forma natural e, aos poucos, aumentava os integrantes.
Quando passávamos na rua, até então, somente a família, o povo se referia como os Magalhães. Tentamos colocar um nome para o bloco, mas não pegou. Os próprios conterrâneos assim nos abordavam.
Com o tempo, sentimos vontade de colocar uma música ao vivo resgatando o primeiro trio elétrico em cima de uma caminhonete com frevos e marchinhas.
Durante estes anos, todos os membros da família colocam a mão na massa. Tudo feito artesanalmente e construído com carinho.
Atualmente o Bloco Magalhães arrasta mais de 200 integrantes fantasiados e outros que acompanham pelas ruas de Minas Novas , na sua maioria amigos e familiares e quem quiser chegar.
Em cada ano há a proposta por um tema que chame a atenção do folião para cair na folia sem deixar de cumprir o seu papel social. Temas foram incluídos: a valorização da MPB, o meio ambiente, as andorinhas que desapareceram, a defesa do nosso patrimônio cultual, a defesa das águas... Neste ano, a inclusão social dos surdos e o trabalho desenvolvido por Vânia Beatriz, nossa vocalista que deixou este plano, em setembro do ano passado.
Portanto, eu, Deyse Magalhães sou responsável pela temática, criação e textos; Flávia pela confecção e modelagem; Raquel pelo design gráfico; José Antônio na coordenação geral; Dalton, Vânia (in memorian) , Elias Evangelista, Bravaloca, Arlindo, Juninho, João Felipe, Pedro Morais pela música e montagem do carro; Carminha toma conta do administrativo e finanças; Thaísa, Maria, Dalma, Dóris, Dária colaboram na decoração, divulgação, costura, arranjos, vendas, animação e tudo que precisar.
Minha mãe, Ducarmo Magalhães, saiu fantasiada e pulou carnaval no Bloco Magalhães até seus 82 anos de idade, um ano antes de falecer, em 2014, ano em que o bloco não saiu.
Agradecemos a participação de todos que alegram o evento e que contribuem para que nossa cultura se fortaleça e seja preservada.
Textos de Deyse Magalhães, Bacharela em Filosofia, foliona, agente cultural, coordenadora do Bloco Magalhães, decoradora, promotora de eventos e assessora parlamentar.
A história do carnaval de rua minasnovense tem grande contribuição da família de Dário Magalhães e Ducarmo Silveira. Foi na residência do casal, ao lado do Mercado Municipal, que muita gente se reuniu para animar a festa momesca. Dali brotaram fantasias, baterias, músicas e blocos de carnaval.
Os filhos, sempre alegres, sorridentes e foliões, cresceram, engrossando o coro das marchinhas, sambas, frevo e danças, na cidade. Os netos e sobrinhos seguiram a mesma trilha. O frevo-hino do "Carnaval Bom Demais", que arrasta multidão pelas ruas da cidade, é de autoria de Dalton Magalhães.
O trio elétrico de Minas Novas teve seu nascedouro no Bloco Patota, organizado no quintal da casa de Darão. Ele saiu a primeira vez, em 1974, com instrumentos improvisados de bateria como latas velhas, frigideiras, panelas e pedaços de ferros. Ali mesmo, em poucos minutos, Dalton Magalhães compôs a marcha-enredo:
"Que bloco é esse que acabou de chegar/
É a Patota tá botando pra quebrar (bis) /
Quem quiser entrar na nossa /
Dê um sorriso e um chute na fossa /
Nosso Bloco é informal/
Venha conosco brincar o Carnaval /
É fogo, é fogo, é fogo!/
Ninguém aqui desmente,
Estamos todos numa jogada diferente" .
O Bloco Magalhães que poderia ser chamado de Bloco DUDARÃO, em homenagem aos pais da folia, Ducarmo e Darão, faz renascer os belos carnavais que se diferenciam e muito dos atuais.
O Bloco Magalhães que poderia ser chamado de Bloco DUDARÃO, em homenagem aos pais da folia, Ducarmo e Darão, faz renascer os belos carnavais que se diferenciam e muito dos atuais.
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