segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Copa do Brasil: Cruzeiro empatou a primeira partida em todas as 4 vezes em que foi campeão

  • 1993
O Cruzeiro alcançou naquele ano a primeira final do torneio, mas teve pela frente uma pedreira: o Grêmio, que fazia a terceira final em cinco edições  da Copa do Brasil. 
Havia muito receio em jogar contra os gremistas, que, embora tivessem disputado a Série B do Brasileiro no ano anterior, já eram encarados como um time especialista em torneios eliminatórios. 
Em pé: Paulo Roberto, Célio Lúcio, Rogério, Róbson, Paulo César e Nonato;
Agachados: Ademir, Cleisson, Edenílson, Éder Aleixo e Roberto Gaúcho. Tec: Pinheiro
CERVO DO CRUZEIRO/CBF
Setenta mil foram ao Mineirão para a segunda partida da decisão. O empate sem gols em Porto Alegre deu esperança à torcida celeste. O time treinado por Pinheiro venceu por 2 a 1 - gols de Roberto Gaúcho e Cleison - e foi campeão.

O Cruzeiro tinha no elenco Nonato, Éder Aleixo e Roberto Gaúcho entre os nomes famosos. Chegou à final passando por Desportiva Ferroviária-ES, Náutico, São Paulo e Vasco da Gama.
  • 1996
O Cruzeiro voltou a disputar a final da Copa do Brasil três anos depois de levantar a taça e já foi com a base que levaria o time também a conquistar a Copa Libertadores em 1997.
Treinados por Levir Culpi, os cruzeirenses tiveram o Palmeiras pela frente. Era uma decisão difícil, ainda mais porque o segundo jogo em São Paulo, no estádio Palestra Itália. Além disso, o time alviverde tinha uma equipe fortíssima, que chegou a marcar mais de cem gols na conquista do Campeonato Paulista daquele ano.

O fato de o primeiro jogo, no Mineirão, em Belo Horizonte, ter terminado 1 a 1 aumentou a confiança dos palmeirenses. Para animar mais ainda o ambiente, o Palmeiras fez 1 a 0, em São Paulo, aos 5 minutos, com Luizão...
Mas o Cruzeiro mostrou espírito de luta e alma copeira. Empatou aos 25 e virou ainda no primeiro tempo aproveitando uma falha do goleiro Velloso. Roberto Gaúcho e depois Marcelo Ramos foram os heróis da conquista celeste, uma das mais celebradas por conta a dificuldade oferecida pelo oponente.
  • 2000
O terceiro título do Cruzeiro na Copa do Brasil foi o mais emocionante de todos.
Até os 44 do segundo tempo, um empate por 1 a 1, em um Mineirão com quase 86 mil pagantes, estava dando o troféu para o São Paulo. Isso até Müller cochichar algo no ouvido de Geovanni, antes de o companheiro cobrar uma falta na entrada da área. O meia chutou rasteiro, a bola passou por baixo da barreira e entrou no gol. Vitória por 2 a 1 e Cruzeiro campeão.
Em pé: Sorín, André Döring, Cléber, Donizete Oliveira, Cris e Marcos Paulo;
Agachados: Geovanni, Jackson, Rodrigo, Ricardinho e Oséas. Tec: Marco Aurélio
Depois da final, Müller confessou que sugeriu ao companheiro chutar por baixo da barreira, pois sabia que os defensores são-paulinos iriam pular e que Rogério Ceni não estaria atento ao canto em que a bola morreria.
GAZETAPRESS
Müller foi protagonista do Cruzeiro campeão em 2000
Apesar de jogar como visitante e ter empatado sem gols no Morumbi, o São Paulo era visto como favorito naquele confronto. O time tricolor já havia vencido o Paulista e tinha eliminado duas forças: Palmeiras e Atlético-MG antes da final.
Treinado por Levir Culpi, o São Paulo tinha nomes como Edmílson, Maldonado, Raí, Marcelinho Paraíba e França. O Cruzeiro tinha como técnico Marco Aurélio e os nomes famosos do elenco eram Müller, Geovanni, Sorín, Ricardinho e Oséas.
  • 2003
Rivais hoje, Cruzeiro e Flamengo já decidiram a Copa do Brasil de 2003. 
No dia 8 de junho de 2003, o Cruzeiro não se intimidou em fazer a primeira partida da final no Maracanã e saiu na frente. E com um golaço, marcado por Alex. No segundo tempo, aos 30 minutos, Deivid tabelou com Aristizábal, avançou pela direita e cruzou rasteiro. O hoje comentarista dos canais ESPN mandou para as redes do gol defendido por Júlio César de letra. Uma pintura.
Em pé: Luisão, Gladstone, Ricardinho, Gomes, Jardel. Agachados: Austo Recife, Leandro, Deivid, Maurinho, Aristizábal e Alex. 

O lance só não valeu a vitória e a vantagem para a volta por que já nos acréscimos Fernando Baiano deixou tudo igual. Aos 48 minutos, o atacante aproveitou desvio do zagueiro Fernando e mandou para o gol, dando esperança aos rubro-negros.
Em 11 de junho de 2003, o Mineirão recebeu quase 80 mil pessoas e viu o título ser decidido rápido. Foram praticamente 30 minutos para que o Cruzeiro encaminhasse a vitória - e o que foi sua última conquista da Copa do Brasil.
O primeiro gol saiu no primeiro minuto de bola rolando, com Deivid, de cabeça, concluindo cobrança de falta de Alex. Aos 16, outra bola parada, novamente com o meia, acabou em gol de Aristizábal. E, para completar o show do camisa 10, mais uma assistência, aos 28, agora para o zagueiro Luisão. Vitória por 3 a 0.
Dirigido por Vanderlei Luxemburgo, o Cruzeiro faturou naquele ano Estadual, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, a Tríplice Coroa.

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