Em Minas Novas, no Alto Jequitinhonha, Frederico Pacheco comprou uma fazenda por R$ 35 mil, recebeu benefícios do governo Aécio, depois a vendeu por R$ 2,4 milhões.
Com ajuda do Governo Aécio, Fred ficou rico com compra e venda de fazenda em Minas Novas.
Preso no dia 18 de maio, depois de ser flagrado pela Lava-Jato carregando malas de dinheiro da JBS para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Frederico Pacheco é primo distante do tucano. Mas a relação de confiança e a cumplicidade estabelecida em mais de 20 anos com o parente sempre o colocou no círculo mais íntimo dos Neves.
Nos anos 90, Pacheco era sócio do então marido de Andrea Neves em uma empresa de comunicação, relação que se fortaleceu quando virou secretário parlamentar na Câmara dos Deputados presidida por Aécio (2001 e 2002).
Nos anos 90, Pacheco era sócio do então marido de Andrea Neves em uma empresa de comunicação, relação que se fortaleceu quando virou secretário parlamentar na Câmara dos Deputados presidida por Aécio (2001 e 2002).
A eleição do tucano ao governo de Minas, em 2003, elevou-o ao cargo de secretário-adjunto de Estado, sob tutela de Danilo de Castro, o principal operador político dos anos Aécio. Esteve no cargo até 2006, quando assumiu o posto de secretário-geral do governador (2007-2010). Sua função era cuidar da agenda do tucano.
Dados oficiais apontam que seu salário no governo variou entre R$ 7,5 mil e R$ 10 mil. Mas, ele se enriqueceu plantando eucalipto no Vale do Jequitinhonha e norte de
Minas, sendo beneficiário de um programa do próprio governo, na mesma época em que era Secretário de Aécio.
Minas, sendo beneficiário de um programa do próprio governo, na mesma época em que era Secretário de Aécio.
Pacheco recebeu de graça mudas, insumos e assistência técnica para plantar eucalipto em sua fazenda por meio de uma ONG credenciada no estado para realizar projetos de reposição florestal, financiados por isenção fiscal da indústria madeireira.
Em seu primeiro ano no cargo, ele investiu R$ 33 mil na compra de um terço de fazenda da Agropecuária Rancho do Campo, localizada em Minas Novas, na região do Alto Jequitinhonha. Dez anos depois, ele vendeu por R$ 2,4 milhões sua participação a um grupo de investidores.
A ONG Apflor, que plantou eucalipto de graça na fazenda, funcionava no mesmo endereço de outra empresa de Frederico, a Tropical Timber Agro-Florestal, que também investiu na produção de eucalipto. O gestor da ONG, Ricardo Vilela, confirmou ter realizado projetos de reposição florestal na fazenda de Pacheco. Segundo ele, os investimentos da ONG em várias propriedades implicaram em renúncia fiscal para empresas equivalente a R$ 29 milhões, entre 2004 e 2010.
No seu período no governo, Pacheco adquiriu outras cinco propriedades rurais, algumas delas em sociedade com Frederico Lodi, dono da Topus Construtora, fornecedora do governo de Minas. Entre 2005 e 2013, a Topus Construtora recebeu R$ 61 milhões em contratos com o estado. Lodi não retornou os contatos do GLOBO.
Pacheco comprou ainda, no período, pelo menos 1,4 mil cabeças de gado, investiu em café e na aquisição de terrenos em Cláudio (MG), sua terra natal. Lá, ele construiu fazenda vizinha à de Aécio Neves, com cave e campo de futebol. O defensor de Pacheco, Ricardo Ferreira de Melo, informou não se posicionar sobre o cliente, por não conhecer nem mesmo “a decisão que decretou a custódia cautelar".
Em 2011, Aécio passou o bastão à Anastasia e Pacheco virou diretor de gestão empresarial da Cemig, estatal de energia, quando aconteceu a compra suspeita de ações da Cemig pela Construtora Andrade Gutierrez, maior doadora das campanhas eleitorais de Aécio Neves.
Coordenador financeiro de Aécio na disputa de 2014, Fred cuidava de questões práticas e de logística, principalmente envolvendo dinheiro.
Ao lado da irmã Andréa Neves e seu primo Fred, Aécio canta "Tocando em Frente"Aécio Neves canta "Tocando em Frente", com a família, em ... - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=Mp6XzRhGrQ8
17 de fev de 2014 - Vídeo enviado por Aécio Brasil
Em um encontro com a família na cidade de Cláudio, Minas Gerais, em 2006,Aécio Neves canta uma de ...
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