O músico acompanhado de sua banda relembra suas canções atemporais como ‘O Bom’ e“Vem quente que estou fervendo, durante show produzido por Jackson Martins, dia 17 de maio no Pampulha Iate Clube- PIC- em BH.
Foto: arquivo
Eduardo Araujo nasceu em Joaima, cidade do Baixo Vale do Jequitinhonha. Fez sucesso na época da Jovem Gaurda.
“Pelos Caminhos do Rock” é o nome de um dos mais importantes discos e, agora, do livro de memórias de Eduardo Araújo, 74, cantor e compositor mineiro, que é um dos precursores do rock nacional. Engana-se quem associa, de maneira redutora, o artista apenas à movimentação em torno da jovem guarda. Jovem guarda não é gênero musical, o rock é.
Sob a alcunha de rei do rock de Minas Gerais, Araújo galgou os píncaros da glória, vendeu muitos discos, teve programa de sucesso na televisão, seu próprio estúdio de som e sua própria gravadora, além de ter feito inúmeros shows traçando uma carreira que ainda não acabou. Sim, o homem que também sabe montar, criar cavalos e burros parece ter aprendido com os mais chucros a teimosia. Continua na ativa.
Na bolachona de 1975 da gravadora RCA, a banda que acompanha Araújo é formada por músicos excelentes. Entre eles, Hermeto Pascoal (flauta), Silvia Góes (arranjos, teclado e voz), Nestico (sax), Chico Medori (bateria), além do multi-instrumentista argentino Tony Osanah, garantindo a qualidade musical do trabalho.
As músicas? Imagine as irretocáveis “Construção” e “Deus lhe Pague”, de Chico Buarque, arrockalhadas progressivamente. Adicione “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso (1903-1964), com um arranjo suingado de metais – escrito por Silvia Góes –, e mais sete músicas formando um repertório direcionado para o mercado internacional. Assim é “Pelos Caminhos do Rock”, o LP.
Contudo, quando o disco ficou pronto, houve uma mudança radical na diretoria da gravadora. Um novo presidente assumiu, e o trabalho ficou sem verba para divulgação, além de ter sido boicotado nas rádios, embora tenha aparecido em dois videoclipes no “Fantástico”, programa da Rede Globo.
Segundo Araújo, no livro, esse foi um momento crucial no mercado fonográfico brasileiro. Foi esse mesmo presidente da RCA que trouxe para o Brasil uma nova forma de divulgação, o famoso jabá (pagou, tocou), escreve o artista, sem no entanto revelar o nome do executivo. Além de documentar o nascimento do jabá, o livro reúne histórias engraçadas, cabulosas, românticas, fortes e boas de ler sobre um homem que tomou a decisão de montar a vida a pelo.
Quem é Eduardo Araújo.
Cantor e compositor brasileiro, integrou a Jovem Guardae estourou com o hit "O bom", canção gravada em 1967.
Eduardo é filho do fazendeiro Coronel Lídio Araújo. Na infância, seus ídolos eram Luiz Gonzaga e Pedro Raimundo. Na adolescência, Eduardo se deixou influenciar pelo rock and roll (principalmente por Gene Vincent) e em 1958 participou da banda "The Playboys". Em 196, se apresentava no programa de rádio de Aldair Pinto, em Belo Horizonte.
Em 1960, Eduardo se mudou para o Rio de Janeiro e passou a se apresentar no programa de televisão "Hoje É Dia de Rock" apresentado por Jair Taumaturgo. No ano seguinte gravou um disco de 78 rotações com o título"Eduardo Araújo".
Também participou do "Clube do Rock", apresentado por Carlos Imperial. Desapontado com o pouco sucesso, Eduardo voltou para Joaíma.
Década de 60: a Jovem Guarda
Em 1966, Eduardo, Erasmo Carlos e Carlos Imperial foram acusados de corrupção de menores, após alguns meses sem aparições públicas. Eduardo e os demais são inocentados pelo Juizado de Menores.
Em 1967, após gravar os The Fevers e assinar um contrato com a TV Excelsior, gravou dois de seus maiores sucessos, as canções, "O Bom" e "Vem Quente Que Estou Fervendo" (gravada anteriormente por Erasmo).
Eduardo assinou contrato com a TV Excelsior para apresentar o programa "O Bom", ao lado de Sylvinha, com quem se casaria em 1969.
Em 1968, gravou o álbum de soul music "A Onda é Boogaloo", produzido por Tim Maia.
Década de 70
Com o fim da Jovem Guarda, Eduardo gravou discos influenciado pela psicodelia e o rock progressivo. Nessa época recriou, canções de compositores brasileiros como Chico Buarque, Ary Barroso e Luiz Gonzaga.
Década de 80
Após ficar cinco anos sem se dedicar à carreira musical, Eduardo compôs uma canção em homenagem ao cavalo Mangalarga Marchador e gravou um disco com influências da música country e do country rock.
Década de 90
Nos anos 90, seguiu com o estilo da década anterior. Apresentou dois programas de televisão, "Pé na Estrada" (exibido pelo SBT) e "Brasil Rural" (exibido pela TV Bandeirantes).
Em 1995, participou das comemorações dos 30 anos da Jovem Guarda gravando uma coletânea lançada pela Polygram.
Em 1997, gravou o álbum Pó de Guaraná em Nova Jersey. O álbum conta com a participação da banda brasileira Dr. Sin.
Década de 2000
Nos anos 2000, passou a dedicar-se a gravadora Number One, fundada por ele em parceria com Sylvinha. Em 2007, lançam um DVD comemorativo dos 40 anos da Jovem Guarda, cuja divulgação foi interrompida com a morte de Sylvinha, em 2008, vítima de câncer de mama, o que abalou profundamente Eduardo.
Em 2014, Eduardo Araújo lançou um DVD comemorativo dos seus 50 anos de carreira, com participações de Sérgio Reis, Renato Teixeira e Victor & Léo.
Show Eduardo Araújo e Banda em BH
Apresentação DJ Eduardo Aum – Música Anos 80.
Data: 17 / 05 / 2017 - quarta-feira. Horas: 21h00
Local: PIC – Pampulha Iate Clube – Belo Horizonte/ MG
Endereço: Rua Cláudio Manoel, 1185, Funcionários ( Sede Social).
Ingressos:
Mesa com 04 cadeiras: 400,00 Pistas: 80,00
Ponto de Vendas: Online
Ponto de Vendas: Online
Produção Executiva: Jackson Martins Produções & Eventos.
Apoio Cultural: TV BHNEWS
Assessoria de Imprensa: Paula Granja (31) 99649.2968
- Fonte: Carlos Bozzo Junior
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