A matéria foi analisada em segundo turno na tarde desta terça-feira. Com a aprovação o subsídio dos parlamentares passa para R$ 28.172,25.
Marcelo Ernesto , Juliana Cipriani / Jornal Estado de Minas.
Sob vaias e com votação relâmpago, o plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou em 2º turno, nesta terça-feira, a volta do auxílio-moradia para todos os parlamentares. A medida está prevista no primeiro projeto de resolução da nova Mesa Diretora do Legislativo recebeu 36 votos favoráveis e 22 contrários.
A ajuda de custo para “morar” perto do trabalho – de R$ 2.850 -, se soma ao salário de R$ 25.322,25, fazendo os contracheques chegarem a R$ 28.172,25. Os deputados licenciados também terão direito a verba indenizatória de R$ 20 mil para os secretários de estado que optem pela remuneração do mandato no Legislativo.
No primeiro turno, o placar foi de 40 votos favoráveis e quatro contrários a matéria: Dr Jean Freire e Marília Campos (PT), João Leite (PSDB) e Ione Pinheiro (DEM).
A diferença nos votos do primeiro para o segundo turno é fruto da repercussão negativa da pauta. Com a aprovação, o benefício que era pago indistintamente até 2013 está de volta.
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Além do retorno do subsídio, os deputados aprovaram emendas que vinculam o auxílio-moradia dos parlamentares ao dos juízes, assim podendo chegar a R$ 4.337,00 o valor da verba. Agora caberá à mesa editar deliberação sobre o assunto.
O custeio das moradias, mesmo para aqueles parlamentares que têm imóvel em Belo Horizonte e região metropolitana, deve beneficiar deputados que são vizinhos à Assembleia, localizada na Região Centro-Sul da capital . Levantamento feito pelo Estado de Minas na declaração de bens à Justiça Eleitoral mostra que dos 77 parlamentares, 31 têm apartamentos ou casas na capital, em Betim, Contagem, Nova Lima e Sabará. Há casos de apartamentos luxuosos localizados nas regiões com metros quadrados mais caros de BH, e a poucos passos da sede da Assembleia Legislativa.
As sessão que analisa a medida começou pouco depois das 14h30 de hoje. O primeiro a tomar a palavra foi o deputado João Leite (PSDB), que se posicionou contrário à matéria. Em seu discurso, além de criticar a aprovação do retorno do auxílio-moradia, o deputado argumenta contra gestão petista no governo federal. "A população não quer pagar auxílio- moradia para quem mora em BH. Se a Assembleia ouve mesmo a população está muito clara a mensagem", disse.
Já o deputado Sargento Rodrigues (PDT) voltou atrás da opinião adotada no primeiro turno de votação, quando se posicionou favorável ao texto. Argumentando ter consultado sua base ele disse que votaria contra. “Não há como contrariar a solicitação dos meus eleitores. Por isso, vou votar contra a matéria”, disse, completando que mesmo se aprovada, pedirápara não receber o valor.
Com informações de Isabella Souto
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