Uma comissão com participação do SindUte e da Secretaria de Educação será formada para discutir a adoção do piso nacional, que é de R$ 1.917,78 para 40 horas semanais. O governo anterior, no entanto, estipulou o pagamento de R$ 1.455,30 por 24 horas semanais no sistema de subsídio, quando gratificações são incorporadas ao vencimento. O SindeUte também trabalha pela mudança do sistema de pagamento estabelecido pelo governo anterior.
A presidente do sindicato, Beatriz Cerqueira, comemorou a retomada do diálogo. "A categoria tem uma grande expectativa de que a gente possa reconstruir a educação em Minas Gerais. E a reconstrução passa pelo diálogo, uma via de mão dupla, de ouvir o que a categoria pensa e de tentar resolver os problemas. Então, a importância desse encontro é o início do diálogo e o início da organização da escola", disse.
Bia, como é conhecida, afirmou ainda que, com a abertura de um canal direto de comunicação com o governo, espera melhorar as condições de trabalho na rede de ensino já no início desse ano letivo. "Essa é a busca do sindicato, o reconhecimento dos seus direitos e uma tranqüilidade na sua condição funcional. Espero que a gente consiga construir isso já para o início do ano letivo para que a gente possa enfrentar o nosso grande desafio, que é a questão do pagamento do piso salarial", afirmou.
De acordo com a secretária de Educação, Macaé Evaristo, as demandas serão cuidadosamente avaliadas e discutidas com a categoria. "O sindicato apresentou pontos que eles consideram importantes para nossa avaliação e nós teremos, agora, essa semana de trabalho para finalizar e publicar a resolução do quadro de escola. Vamos procurar também acolher as demandas apresentadas de acordo com a capacidade que nós temos para assumi-las", destacou.
O encontro marcou a reaproximação do Executivo mineiro com os professores da rede pública, que esperam um salto de qualidade na discussão das propostas do setor. O sindicato cobrava, desde o início do ano passado, por exemplo, a abertura de uma mesa de negociação com o governo estadual para discutir não apenas o piso, mas a situação dos profissionais que serão dispensados em razão da inconstitucionalidade da Lei 100.
O diálogo permanente com os educadores e o pagamento do piso nacional em Minas Gerais foram compromissos de campanha do atual governadoria estado, Fernando Pimentel.
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