Livro de poesias foi lançado em BH por poetisa diamantinense.
“Vi que a capa mexeu com meu público. De um jeito para o homem, talvez de outro para as mulheres”
Antes de ler esta matéria, repare a capa do livro de poesia reproduzida no detalhe à direita. Pois bem, a bonita morena de pose informal é uma advogada mineira de Diamantina, criada em Montes Claros e radicada em São Paulo, mãe de dois filhos pré-adolescentes. “Alma Despida”, de sua autoria, será lançado na sexta-feira,02.06.14, às 17 horas, na Livraria Nobel (Montes Claros Shopping). E no próximo dia 9, às 19 horas, em BH, na Livraria Mineiriana (rua Paraíba, 1.419, Savassi).
O fato é que a capa vende o conteúdo sensual do livro. “Falo da minha vida e da sua, caro leitor. Tudo sem ao menos parar em seus olhos e identificar o rubor de sua retina”, define Cláudia Ferreira, sobre o ato de “despir-se”, por meio da poesia.
Após o aviso, não há quem segure a escritora-doutora nas páginas seguintes. Há textos como “A poesia”: “O poeta inventa paixões e as dores por elas trazidas./ Da dor vem uma poesia, um drama, uma música sertaneja.../ E todo o mundo curte aquele sofrimento infinito.../ Se joga no copo de uísque e finge ser Maysa.../ De Maysa eu só quero os olhos e o delineador”.
Cadê dor de cotovelo?
“Mas mulher bonita sofre mais de dor-de-cotovelo! Porque a beleza é um atributo para facilitar o contato, mas intimida a relação séria, o namoro”, testemunha a mineira.
“Antunes”, título de dois poemas – um de encantamento e outro de decepção – é prova disso: “Não houve espaço pra sinalizar/ Mas pra silenciar friamente/ Foi-se a vitrola, o vinil, a volúpia/ Não há no circo o trapézio”.
Polêmica
Mas e a foto da capa? Ousada demais, vaidade pura? “Está querendo vender as pernas ou o livro”, lembra a escritora, sobre um dos comentários que leu no Facebook.
Cláudia diz que escreve poemas desde os 12 anos e nesta época já queria ser modelo. O pai, rígido, achava que as ideias da filha não dariam carreira certa. Então, Cláudia estudou Direito. Casou-se, teve filhos. E foi depois dos 40, ainda “com tudo em cima” e com a escrita cada vez mais afiada, é que resolveu dar vazão aos seus sonhos. Agora, dois deles estão sendo concretizados no livro.
“’Vc’ (sic) é uma doutora e por isso deve ser careta???”, defende um, entre as centenas de leitores na mesma rede social. “Puro recalque... Beijinho no ombro pra quem cuida da vida dos outros”, adiciona uma leitora.
É que para Cláudia, a vida “com emoção” é melhor. “Prefiro ossos doídos de paixão que se transformam em amor depois de um tempo, que em seguida ressurge novamente com aquela voz ofegante que a paixão traz e assim por diante. Amor sozinho sem dose de paixão fica muito chato”. Adeus, recalque!
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