Pedro Morais lança seu terceiro disco autoral nesta terça, no Teatro Bradesco
Pedro Morais continua a trafegar pelo universo da música pop

Pedro Morais voltou a ser um artista completamente independente. Após a fusão da Oi com a Portugal Telecom, vários contratos da empresa de telefonia com artistas brasileiros foram cancelados – entre eles, o de Pedro, que havia assinado com a Oi Música por ter sido um dos vencedores do concurso do festival MPTM. O novo disco foi gravado com recursos da empresa, mas os custos de lançamento e distribuição de "Vertigem" agora ficam apenas por conta do músico.

Mas isso não o desanima. Pelo contrário. "Estou feliz, o disco agora é 100% meu", diz Pedro Morais, que realiza o show de lançamento de seu terceiro álbum esta noite, no Teatro Bradesco, dentro do projeto "Mistura Minas". A apresentação deve surpreender quem já acompanha a trajetória do rapaz. Ele continua a trafegar pelo universo da música pop, mas agora com uma maior aproximação do rock contemporâneo.

Pedro deixa o violão um pouco de lado e assume a guitarra, trabalhando texturas bem diferentes do que foi feito nos antecessores, "Pedro Morais" (2004) e "Sob o Sol" (2009).

Simples e sujo

Produzido por Gustavo Ruiz (irmão e produtor dos álbuns de Tulipa Ruiz), "Vertigem" é um álbum mais heterogêneo. "As minhas músicas estão bem mais simples nas harmonias e melodias, e com arranjos mais sujos. Essa sujeira não era meu objetivo, mas apareceu no decorrer do processo".

Com planos alterados sobre a distribuição de "Vertigem", o músico está atrás de alternativas. Está em contato com selos cariocas e paulistas e em busca de parcerias. "O ideal é estabelecer as relações com novos espaços e tentar identificar os pares, pessoas que comungam das mesmas ideias em diferentes cidades. Estou tendo contato com muitos músicos da cena contemporânea paulista e assim convivo com outro tipo de olhar da música, mais urbano", conta.

Gravação de CD foi prêmio de concurso

A gravação de "Vertigem" foi possível depois que Pedro Morais passou pelo concorrido concurso do Festival Música pra Todo Mundo, junto com Wado, Bárbara Eugênia e Nevilton. Trinta artistas de todo o país pleitearam as vagas.

O álbum conta com participações de Juliana Perdigão e Falcatrua. Maurício Ribeiro foi o responsável pelo arranjo de "Eternizar".


Serviço

Pedro Morais no Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2244), nesta terça-feira (5), às 20h30. Entradas a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).