Anastasia diminuiu 5 Secretarias, autorizou corte
de 20% em cargos de confiança e consultorias
A situação econômica do governo mineiro obrigou o governador Anastasia a anunciar, ontem, diversos cortes nos seus gastos que repercutirão fortemente nas eleições de 2014, a começar pela desarticulação de sua base aliada, apoiada em cargos distribuídos desde as gestões Aécio Neves.
A situação já estava grave em termos das projeções eleitorais. Pesquisa interna do PSDB teria indicado, antes das manifestações de junho, que o candidato Fernando Pimentel teria 35% das intenções de voto para governador, seguido por Marcio Lacerda (12%). O melhor cenário para o PSDB não ultrapassava os 4% de intenção de votos.
Agora, a nau começa a fazer água por todos os lados e vai exigir remendos urgentes.
Abaixo, faço um resumo da situação de queda da receita estadual e as medidas anunciadas pelo governo estadual mineiro:
}Redução de 700 milhões de reais do ICMS do setor elétrico
}Redução do repasse do FPE
}Déficit de 300 milhões no recolhimento da CIDE
}
}Medidas tomadas (impacto sobre base aliada)
}Redução das 23 secretarias para 17, em 2014
}52 cargos do alto escalão do governo serão extintos
}Redução de 20% dos cargos de confiança, implementação de restrição de consultorias, e proibição de viagens nacionais e internacionais dos servidores públicos pagas pelo Estado
}Fusão da Secretaria do Trabalho com a Secretaria de Desenvolvimento Social;
}da Secretaria de Esportes com a Secretaria de Turismo e com a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo; daSecretaria Extraordinária de Regularização Fundiária com a Secretaria de Agricultura; da Secretaria Extraordinária de Gestão Metropolitana com a Secretaria de Desenvolvimento Regional e PolíticaUrbana; Secretaria Extraordinária de Coordenação de Investimentos Estratégicos será transformada em Assessoria Especial da Governadoria.
Análise de Rudá Ricci, cientista político, em seu Blog
Menos de 24 horas depois de anunciar a fusão de seis secretarias e cortes de 52 cargos em seu primeiro escalão, o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), já enfrenta uma crise na base. A um ano das eleições, dirigentes de partidos aliados do governo de Minas já acionaram as executivas nacionais para discutir o assunto.
Eles reclamam, ainda, que foram informados sobre as mudanças pela imprensa e que foram “pegos” de surpresa.
Caberá ao PSDB apaziguar os ânimos. Legendas chegam a condicionar o apoio ao projeto tucano de 2014 às “garantias” oferecidas no pleito do ano passado.
É o caso do PDT. O deputado federal Zé Silva (PDT) está à frente da secretaria de Estado do Trabalho, que será fundida com a pasta de Desenvolvimento Social, atualmente nas mãos do PSD.
O partido, que já estava insatisfeito por ter conseguido apenas uma vaga no alto escalão, já avisou que não vai aceitar perder a vaga.
“Não aceitamos (subsecretaria). O nosso acordo envolvia duas secretarias, aí uma nos foi tirada. Entendemos que hoje estamos em uma posição aquém do combinado nas eleições. Se ocorrer mais uma retirada de espaço, vamos definir um novo rumo”, declarou o presidente estadual da legenda, deputado federal Mário Heringer, que já fez contato com a executiva nacional para tratar do assunto.
Presidente do PSB, o deputado federal Júlio Delgado também se disse surpreendido com o anúncio, mas prefere “deixar o sofrimento para janeiro”. “Foi uma medida exemplar, mas a repercussão política ainda não podemos dizer. O que sei é que ainda temos a Ana Lúcia (Gazzola), que também vamos “elevar” para 2014”, afirmou o socialista, confirmando que a atual secretária de Educação deve deixar o governo para a disputa de 2014. “Não sei se no Legislativo ou para o governo”.
O PSB ainda conta com a pasta de Regularização Fundiária, que será unificada com a de Agricultura, sob comando do DEM.
As mudanças, via projeto de lei, também afetarão pastas comandadas pelo PR, PHS e PV.
Comentário do Blog
Corte de cargos cria clima ruim na base do governador
Flávio Tavares/Hoje em Dia
Mario Heringer ameaça abandonar a base se o PDT perder o comando de uma secretaria
Menos de 24 horas depois de anunciar a fusão de seis secretarias e cortes de 52 cargos em seu primeiro escalão, o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), já enfrenta uma crise na base. A um ano das eleições, dirigentes de partidos aliados do governo de Minas já acionaram as executivas nacionais para discutir o assunto.
Eles reclamam, ainda, que foram informados sobre as mudanças pela imprensa e que foram “pegos” de surpresa.
Caberá ao PSDB apaziguar os ânimos. Legendas chegam a condicionar o apoio ao projeto tucano de 2014 às “garantias” oferecidas no pleito do ano passado.
É o caso do PDT. O deputado federal Zé Silva (PDT) está à frente da secretaria de Estado do Trabalho, que será fundida com a pasta de Desenvolvimento Social, atualmente nas mãos do PSD.
O partido, que já estava insatisfeito por ter conseguido apenas uma vaga no alto escalão, já avisou que não vai aceitar perder a vaga.
“Não aceitamos (subsecretaria). O nosso acordo envolvia duas secretarias, aí uma nos foi tirada. Entendemos que hoje estamos em uma posição aquém do combinado nas eleições. Se ocorrer mais uma retirada de espaço, vamos definir um novo rumo”, declarou o presidente estadual da legenda, deputado federal Mário Heringer, que já fez contato com a executiva nacional para tratar do assunto.
Presidente do PSB, o deputado federal Júlio Delgado também se disse surpreendido com o anúncio, mas prefere “deixar o sofrimento para janeiro”. “Foi uma medida exemplar, mas a repercussão política ainda não podemos dizer. O que sei é que ainda temos a Ana Lúcia (Gazzola), que também vamos “elevar” para 2014”, afirmou o socialista, confirmando que a atual secretária de Educação deve deixar o governo para a disputa de 2014. “Não sei se no Legislativo ou para o governo”.
O PSB ainda conta com a pasta de Regularização Fundiária, que será unificada com a de Agricultura, sob comando do DEM.
As mudanças, via projeto de lei, também afetarão pastas comandadas pelo PR, PHS e PV.
O Governador Anastasia vai vender o helicóptero?
Foi divulgado nas redes sociais o seguinte: "Diariamente o Governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, sai do Palácio das Mangabeiras rumo à cidade administrativa no interior de um helicóptero de alto luxo avaliado em U$ 12 milhões, aeronave que no mundo só existem 18 iguais, estando à metade delas em operação na Arábia Saudita.
Foi divulgado nas redes sociais o seguinte: "Diariamente o Governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, sai do Palácio das Mangabeiras rumo à cidade administrativa no interior de um helicóptero de alto luxo avaliado em U$ 12 milhões, aeronave que no mundo só existem 18 iguais, estando à metade delas em operação na Arábia Saudita.
Sem computar a depreciação, custo do investimento e o combustível gasto que varia em função da utilização, apenas o valor do seguro, remuneração da tripulação, Hangar e a manutenção da aeronave giram em torno de R$ 20.000,00 por dia, ou seja, R$ 600.000,00 por mês".
Em fevereiro de 2011, o Sindieletro (Sindicato dos trabalhadores da Cemig) denunciou a criação de vários cargos pelo governador Anastasia para atender aliados. Inclusive, muitos na própria CEMIG. Eles também serão atingidos?
Leia o Boletim divulgado:
Cemig cria cargos para aliados de Antônio Anastasia e Aecio Neves
O governo de Minas começou surpreendendo a opinião pública. Quando todos esperavam uma composição técnica, Anastasia resolve, na verdade, fazer uma partilha de poder entre os partidos que o apoiaram. A reforma administrativa imposta, por meio de Lei Delegada, criou 3 novas secretarias e 13 subsecretarias e o governador preencheu a maioria dos cargos com deputados para abrir mais vagas para suplentes.
Na Cemig, ao que tudo indica, a lógica foi a mesma. A empresa anunciou a criação de duas novas diretorias: Jurídica e Relações Institucionais e Comunicação. Já pesam no bolso dos consumidores mineiros as 11 diretorias existentes. Além do vice-presidente Arlindo Porto, outro político toma posse na Diretoria de Gestão Empresarial (DGE). Trata-se do diretor, Frederico Pacheco de Medeiros, que era presidente do PSDB de Belo Horizonte e primo do ex-governador Aécio Neves.
Mas não é só o favorecimento que surpreende nesse escalão. Basta verificar que, nos últimos anos, os cargos de superintendentes, gerentes, gestores e assessores quase dobraram e os consultores contratados não param de entrar na empresa. A última superintendência criada foi uma “Ouvidoria”, que tem como titular ninguém menos que o Secretário Geral do PPS de Minas Gerais, Raimundo Benoni Franco, do mesmo partido do ex-presidente Itamar Franco. É muito “cacique para pouco índio”!
Um comentário:
Anástasia, falta de competência até no nome, que sujeito ruim de gestão... nem sua própria classe (os professores), ele respeita.
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