quinta-feira, 6 de junho de 2013

PEDRA AZUL: OITO POLICIAIS CIVIS ESTÃO PRESOS SUSPEITOS DE VENDER CARTEIRAS DE MOTORISTA

Eles estão detidos em BH, mas faziam negociações em Pedra Azul.

Corregedoria disse que grupo tem patrimônio incompatível com cargos.


Oito policiais civis foram presos nesta semana por suspeita de envolvimento em um esquema de venda de carteiras de habilitação em Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha.
Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil (PC), os seis investigadores e os dois escrivães detidos, estão na na Casa de Custódia da corporação, no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte.

Ainda conforme a PC, os policiais se apresentaram à Corregedoria Geral da corporação depois que a Justiça expediu mandado de prisão temporária contra eles.

O pedido foi solicitado pela Corregedoria depois que as investigações apontaram para a existência de um esquema de venda de carteiras de habilitação no município e na região do Vale do Jequitinhonha. A previsão é de que os suspeitos fiquem detidos por cinco dias, já que a prisão tem caráter temporário.

Os oito policiais investigados trabalhavam na Delegacia Regional de Pedra Azul e atuavam como examinadores da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) do município, que também atende outras cidades da região.
No último dia 27, uma equipe da Corregedoria da PC cumpriu 15 mandados de busca e apreensão nas propriedades rurais e residências dos agentes. Na ocasião, os veículos dos suspeitos foram periciados e diversos documentos apreendidos. 
  
A Corregedoria explicou ainda que a prisão dos policiais aconteceu porque as diligências indicaram como incompatível o patrimônio dos suspeitos, que seriam donos de carros luxuosos, propriedades rurais com cabeças de gado e imóveis em construção com material de alto padrão. 
  
Segundo as denúncias, os policiais recebiam de R$ 800 a R$ 1.500 por cada aprovação nos exames de direção, com o pagamento efetuado pelos instrutores de autoescolas no dia do exame.
De acordo com a Corregedoria, as diligências tiveram início há seis meses e prosseguirão com os laudos periciais, além dos depoimentos dos envolvidos e de testemunhas, assim como a identificação dos instrutores e donos de autoescolas envolvidos no esquema. 
  
O prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias e os policiais poderão ser indiciados por corrupção. Nesse caso, responderão administrativamente por transgressão disciplinar, podendo ser até expulsos da corporação. 

Fonte: Hoje em Dia

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