quarta-feira, 3 de abril de 2013

Vale do Jequitinhonha é um dos maiores produtores de mel do país


Itamarandiba ocupa, na produção de mel, a 7ª posição 
no Brasil e a 1ª em Minas
Produção de mel no Vale cresceu quase 900% em 7 anos

Segundo dados da Federação Mineira de Apicultura (Femap), Minas Gerais produz 4 mil toneladas de mel por ano, que geram 13 mil empregos, grande parte em regime de economia familiar. São 4,5 mil apicultores,  85 associações e quatro cooperativas que garantem condições ideais para a produção de produtos de extrema qualidade.
Jequitinhonha/Mucuri destacam-se na produção
Minas Gerais é o quinto maior produtor de mel do Brasil. A região que mais produz é Jequitinhonha/Mucuri, representando 22,7%, seguido por Central (15,2%), Sul de Minas (14,5%), Rio Doce (12,8%), Zona da Mata (11,3%), Norte de Minas (9,3%), Centro Oeste (6,4%), Triângulo (4,2%), Alto Paranaíba (2,3%) e Noroeste (1,2%).
O Vale do Jequitinhonha produziu mais de 700 toneladas em 2011. O crescimento da produção de mel dos seus 10 municípios maiores produtores, de 2004 a 2011, foi de 894%a, gerando cerca de 2.370 empregos na agricultura familiar. A produção de cada tonelada de mel emprega em média 3 pessoas.

Itamarandiba é o 7° produtor nacional
No Vale do Jequitinhonha está o município de maior produção em Minas Gerais e um dos maiores do país: Itamarandiba, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais. Em 2011, o município produziu 380 toneladas de mel, aproveitando-se das grandes florestas artificiais do eucalipto.
Itamarandiba ocupa a 7ª colocação na produção nacional de mel.
Veja tabela:

Municípios maiores produtores de mel
LugarCidadeUFQuantidade em ToneladasParticipação nacional
1º.AraripinaPE7801,9%
2º.Limoeiro do NorteCE4801,2%
3º.PicosPI4431,1%
4º.Ribeira do PombalBA4301,0%
5º.Santana do CaririCE4211,0%
6º.Bom RetiroSC4051,0%
7º.ItamarandibaMG3800,9%
8º.ApodiRN3650,9%
9º.Campo Grande do PiauíPI3650,8%
10º.PrudentópolisPR3230,8%













O salto de produção de Itamarandiba, em 7 anos, foi de aumento em 1.900 %, gerando mais de mil empregos no município. Saltou de 20,3 toneladas, em 2004, para 380, em 2011.

Outros municípios que se destacam foram Veredinha ( 60 toneladas), Carbonita (50 toneladas), Capelinha (40 toneladas) e Berilo  com 30 toneladas, segundo o IBGE.  Os 10 principais municípios produtores de mel, no Vale do Jequitinhonha, estão no Alto Jequitinhonha. Junta-se a estes 4 primeiros Minas Novas, Turmalina, Leme do Prado, Chapada do Norte e Malacacheta, na divisa com o Vale do Mucuri.

Os dez primeiros produziram, em 2011, 630 toneladas de mel, gerando quase 2 mil empregos.  Somente o município de Rio Pardo de Minas não faz parte deste Polígono do Mel.


Confira a tabela abaixo.

               PRODUÇÃO DE MEL , SEGUNDO O IBGE
    RANKING DOS MUNICÍPIOS DO VALE DO JEQUITINHONHA - MG                            

N.

MUNICÍPIO
PRODUÇÃO EM TONELADAS
2011
2004
01
Itamarandiba
380,0
20,3
02
Veredinha
60,0
4,9
03
Carbonita
50,0
1,7
04
Capelinha
40,0
14,4
05
Berilo
30,0
8,1
06
Rio Pardo de Minas
22,1
---
07
Leme do Prado
15,0
3,9
08
Turmalina
12,5
6,3
09
Minas Novas
11,3
1,6
10
Malacacheta
9,0
5,4

T O T A L
629,9
66,6

Crescimento
894%







   





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Minas tem condições propícias para a apicultura
“Os fatores positivos para o estado são a resistência e vitalidade das abelhas brasileiras aliadas à diversidade da flora, a abundância de recursos hídricos, o clima, a temperatura e a altitude adequadas”, destaca o presidente da Femap, Irone Martins Sampaio
De acordo a assessora técnica da Seapa, Márcia Aparecida de Paiva Silva, a apicultura mineira é favorecida em decorrência ambiente natural propício para o desenvolvimento da atividade. “A atividade pode ser desenvolvida em consórcio com várias culturas agrícolas, como espécies de árvores frutíferas, silvicultura, café, dentre outros, que são beneficiadas pela polinização das abelhas”, avalia.
Irone Sampaio, da Femap, destaca a orientação de entidades como a Emater e Idene que garantem qualificação junto aos produtores. “Esse auxílio contribui muito para a formação e capacitação dos apicultores. São pequenos produtores que trabalham com várias frentes de atividades rurais e precisam de alguém para mostrar a importância do conhecimento. Por isso estamos estimulando a criação de associações apícolas nas diversas regiões”, explica.
Na exportação, Estados Unidos são o principal destino
Em levantamento de 2011, de acordo com informações da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base nos dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (MDIC), as exportações do mel vêm se destacando em Minas Gerais e somaram US$ 1,7 milhão em 2011, apontando um crescimento de 18% em relação ao ano anterior.
O volume de exportações também cresceu: foram 559 toneladas, o maior volume desde 2004, quando 290 toneladas do produto deixaram o país.
O mel brasileiro teve como principal destino o Estados Unidos. As compras americanas aumentaram 66,4% entre 2010 e 2011. O país comprou, em 2011, US$ 1 milhão, correspondendo 58,7% da produção exportada, totalizando 327,2 toneladas.

O segundo maior comprador é o Reino Unido, com US$ 342,6 mil, o equivalente a 19,8% das exportações do produto.

O terceiro lugar ficou com a Alemanha, com US$ 245,7 mil (14,2%). Os demais países importadores do produto mineiro são Bélgica, Canadá, Japão e Bolívia.

“O significativo consumo contribui para que os Estados Unidos se posicionem na liderança entre os principais importadores mundiais de mel, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)”, comenta Márcia Paiva Silva, da Seapa.
  

2 comentários:

Nelson disse...

Banu, com os dados do IBGE seção CIDADES. sugiro-o também fazer um levantamento e listar o rebanho bovino das cidades do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce e também a produção de leite. Iria lhe enviar a sugestão sobre a produção de mel, mas você já a informou aqui. Att Nelson

Álbano Silveira Machado disse...

Obrigado pela dica, Nelson. Vou fazer um post sobre o rebanho bovino da região e produção de leite, que vem diminuindo de forma assustadora, seja pelo problema da seca, seja pela falta de incremento técnico, seja pela ausência de uma politica agropecuária efetiva e diferenciada para a região.

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