24 municípios da área do norte de Minas
receberão 1.736 lagos, cada um deles acompanhado por 10 barraginhas
Barraginha dará benefício aos agricultores familiares
A
Secretaria de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e
do Norte de Minas (Sedvan) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) assinaram nesta quarta-feira (10.04), na Cidade Administrativa, em
Belo Horizonte-MG, um termo de cooperação técnica para apoio à execução de
lagos de múltiplo uso e barraginhas para colher a água das enxurradas.
O
Governo de Minas assinou convênio de pequenas barragens com o Ministério de
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para atender este objetivo.
Com
base na inovadora tecnologia desenvolvida pela empresa pública federal, ao todo
serão construídos 1.736 lagos de múltiplo uso em 24 municípios do Norte de
Minas, sendo cada um desses reservatórios acompanhado por 10 barraginhas.
O
investimento total será de R$ 22,3 milhões, incluindo
contrapartida estadual. A iniciativa tem o objetivo de reforçar a
infraestrutura hídrica da região, integrando o conjunto de programas e ações do
Governo do Estado, neste caso estruturantes, para reduzir as consequências negativas
das estiagens prolongadas sobre os moradores e as economias locais.
Resultados
“O
impacto dessas intervenções é estratégica para reduzir o uso de caminhões-pipa
e outras medidas emergenciais contra a seca. Pretendemos ampliar nossa atuação
no Norte de Minas e nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, com foco na
transferência de tecnologias e capacitação das comunidades de agricultores.
Para tanto contamos com o apoio da Sedvan e de outras instituições do Governo
de Minas, como a Emater-MG”, disse Antônio Purcino.
Para o secretário-adjunto e diretor-geral do
Idene, Bruno Alencar, as obras das barraginhas e também dos lagos de múltiplo
uso apresentam resultados práticos e reconhecidos, com a vantagem do baixo
custo para sua execução: “São intervenções estruturantes que compõem a
estratégia do Governo do Estado contra a seca nos municípios afetados”.
Tecnologia das barraginhas
Os
lagos de múltiplo uso, cada um deles acompanhado por 10 barraginhas, serão
construídos em áreas rurais dos seguintes municípios do Norte de Minas: Bonito de Minas, Catuti, Cônego
Marinho, Espinosa, Gameleiras, Itacarambi, Jaíba, Januária, Juvenília, Lontra,
Mamonas, Matias Cardoso, Mato Verde, Miravânia, Montalvânia, Nova Porteirinha,
Pai Pedro, Patis, Pedras de Maria da Cruz, Riacho dos Machados, Rio Pardo de
Minas, São João da Ponte, São João das Missões e Verdelândia.
O projeto
do sistema de barraginhas foi iniciado há cerca de 30 anos pelo engenheiro
agrônomo da Embrapa Luciano Cordoval. O objetivo é colher a água das
enxurradas, proporcionando infiltração rápida no solo entre uma chuva e outra.
São pequenas bacias escavadas que se carregam e descarregam de três a seis
vezes durante a estação chuvosa no semiárido, ocupando o espaço poroso do solo,
reforçando o lençol freático.
Funciona
como uma caixa d´água natural, possibilitando sustentar lagos para
piscicultura, plantio nas áreas umedecidas com lavouras, pomares, irrigar
hortas, o que viabiliza a produção de alimentos para as famílias e a
comercialização do excedente, com geração de trabalho e renda. Atualmente,
existem cerca 500 mil barraginhas implantadas no Brasil. Em Minas Gerais somam
em torno de 300 mil unidades, em mais de 500 municípios, especialmente no
cerrado, no Vales do São Francisco e Jequitinhonha.
O lago de
múltiplo uso é uma bacia revestida com lona de plástico comum, recoberta por
camada de 25 a 30 centímetros de terra, para sua fixação no fundo e proteção
contra raios solares, peixes e animais. Trata-se de alternativa eficiente, de
longa vida e baixo custo, podendo ser a técnica conjugada à das barraginhas.
Para fazer o lago e seu revestimento, é necessária apenas uma pá-carregadeira
ou retroescavadeira.
Com informações da Agência Minas
Comentário do Blog
É impressionante como o Secretário da SEDVAN, deputado estadual Gil Pereira, de Montes Claros, direciona grandes projetos e recursos somente para suas bases eleitorais no norte de Minas.
Os Vales do Jequitinhonha e Mucuri não existem na sua Secretaria. Era assim também na gestão da ex-deputada estadual Elbe Brandão.
Desde a criação da SEDVAN, em 2003, o Vale do Jequitinhonha tem ficado chupando o dedo, no governo do Aécio e Anastasia.
Esta tecnologia das barraginhas foi fartamente testada entre 2001 e 2004, em Minas Novas, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas, durante a gestão da prefeita Irmã Telma de Sousa. O então Secretário Municipal de Assuntos Rurais, José Ribeiro da Silva, o engenheiro agrônomo T´zé, articulou uma parceria com a FIAT que liberou algumas retroescavadeiras e a EMBRAPA, com o pesquisador Luciano Cordoval, inventor das barraginhas, e espalhou esta tecnologia social por todo o município de Minas Novas.
Na hora de pesquisar e testar tecnologia o Vale do Jequitinhonha serve. Na hora de executar um projeto desta monta vai pro norte de Minas.
O povo do Vale precisa aprender a dar o troco para políticos como o gestor titular da SEDVAN .
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