18 municípios do Vale do Jequitinhonha alcançaram o índice de desenvolvimento moderado da localidade
Estudo dos municípios mostra desenvolvimento de pequenas localidades e estagnação de cidades-polo.
Como explicar a posição de 55º de Minas Novas, a 40º de Araçuaí e a de 32º de Almenara, entre os municípios do Vale do Jequitinhonha e entre os últimos de Minas Gerais?
Por que pequenos municípios como Berilo, Rio do Prado, Carbonita, Divisa Alegre e Rubim estão entre aqueles de desenvolvimento médio/moderado?
Minas Gerais tem 853 municípios. Dos 50 últimos lugares, o Vale possui 10 municípios: José Gonçalves de Minas, Caraí, Ponto do Volantes, Minas Novas, Monte Formoso, Jenipapo de Minas, Cristália, Rio Vermelho e Setubinha. O restante ficou para o norte de Minas e Mucuri.
O IFDM é um indicador que deve ser levado em consideração por ser um dos mais completos do país.
O IFDM, o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal foi divulgado no dia dia 03.12.2012. É um estudo anual do Sistema FIRJAN - Federação das Indústrias do Rio de Janeiro que acompanha o desenvolvimento de todos os mais de 5 mil municípios brasileiros em três áreas: Emprego & Renda, Educação e Saúde.
Ele é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.
Mesmo com um recorte municipal, foi possível gerar um resultado nacional discriminado por unidades da Federação, graças à divulgação oficial das variáveis componentes do índice por estados e para o país.
De leitura simples, o índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento da localidade.
Além disso, sua metodologia possibilita determinar, com precisão, se a melhora relativa ocorrida em determinado município decorre da adoção de políticas específicas ou se o resultado obtido é apenas reflexo da queda dos demais municípios.
Veja as transformações dos municípios consultando o site:
Para saber mais sobre o IFDM, clique e assista ao vídeo.
Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM).
Em 2012, os dados oficiais mais recentes disponíveis são de 2010, o que possibilitou uma análise detalhada das transformações sociais que marcaram o Brasil na primeira década dos anos 2000.
O estudo começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000, e permite determinar com precisão se a melhora ocorrida em determinado município foi decorrente de medidas políticas ou apenas reflexo da queda de outro município.
O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.
Veja mais aqui: http://www.firjan.org.br/ifdm/
Veja resumo de dados
dos municípios-polo do Vale:
Veja o IFDM de pequenas localidades que se destacaram:
Conheça o IFDM dos municípios do Vale do Jequitinhonha
ÍNDICE FIRJAN DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
CLASSIFICAÇÃO: Vale do Jequitinhonha, estadual e
nacional
Ano 2010 - 2012
N.
|
MUNICÍPIO
|
NACIONAL
|
ESTADUAL
|
IFDM
|
01
|
DIAMANTINA
|
1.193
|
119
|
0,7263
|
02
|
BERILO
|
2.048
|
276
|
0,6838
|
03
|
TAIOBEIRAS
|
2.504
|
381
|
0,6625
|
04
|
BOCAIÚVA
|
2.516
|
386
|
0,6620
|
05
|
RIO DO PRADO
|
2.745
|
441
|
0,6504
|
06
|
RIO PARDO DE MINAS
|
2.782
|
447
|
0,6488
|
07
|
CARBONITA
|
2.860
|
468
|
0,6441
|
08
|
BOTUMIRIM
|
2.902
|
477
|
0,6418
|
09
|
TURMALINA
|
2.921
|
483
|
0,6409
|
10
|
VIRGEM DA LAPA
|
2.977
|
503
|
0,6378
|
11
|
SALINAS
|
3.036
|
518
|
0,6355
|
12
|
DIVISA ALEGRE
|
3.119
|
536
|
0,6315
|
13
|
ITAMARANDIBA
|
3.193
|
550
|
0,6272
|
14
|
GOUVEIA
|
3.289
|
584
|
0,6221
|
15
|
CAPELINHA
|
3.389
|
607
|
0,6272
|
16
|
GRÃO MOGOL
|
3.443
|
622
|
0,6145
|
17
|
SANTO ANTONIO DO JACINTO
|
3.575
|
648
|
0,6078
|
18
|
RUBIM
|
3.582
|
650
|
0,6074
|
19
|
LEME DO PRADO
|
3.783
|
683
|
0,5988
|
20
|
COMERCINHO
|
3.754
|
686
|
0,5981
|
21
|
SERRO
|
3.763
|
688
|
0,5977
|
22
|
VEREDINHA
|
3.767
|
690
|
0,5976
|
23
|
DIVISÓPOLIS
|
3.806
|
695
|
0,5960
|
24
|
JORDÂNIA
|
3.819
|
696
|
0,5952
|
25
|
PEDRA AZUL
|
3.833
|
699
|
0,5945
|
26
|
FELISBURGO
|
3.854
|
701
|
0,5934
|
27
|
ITINGA
|
3.893
|
706
|
0,5904
|
28
|
MEDINA
|
3.901
|
707
|
0,5903
|
29
|
FRANCISCO BADARÓ
|
3.908
|
708
|
0,5900
|
30
|
ARICANDUVA
|
3.917
|
710
|
0,5898
|
31
|
NOVO CRUZEIRO
|
3.971
|
720
|
0,5894
|
32
|
ALMENARA
|
3.992
|
726
|
0,5854
|
33
|
JEQUITINHONHA
|
4.004
|
730
|
0,5847
|
34
|
OLHOS D’ÁGUA
|
4.013
|
733
|
0,5844
|
35
|
JACINTO
|
4.041
|
738
|
0,5833
|
36
|
PALMÓPOLIS
|
4.051
|
740
|
0,5830
|
37
|
ITAOBIM
|
4.116
|
748
|
0,5797
|
38
|
COUTO MAGALHÃES DE MINAS
|
4.117
|
749
|
0,5796
|
39
|
MATA VERDE
|
4.144
|
755
|
0,5779
|
40
|
ARAÇUAÍ
|
4.146
|
756
|
0,5777
|
41
|
CHAPADA DO NORTE
|
4.151
|
757
|
0,5774
|
42
|
SENADOR MODESTINO GONÇALVES
|
4.156
|
758
|
0,5770
|
43
|
RUBELITA
|
4.162
|
759
|
0,5765
|
44
|
ANGELÃNDIA
|
4.243
|
774
|
0,5720
|
45
|
BANDEIRA
|
4.246
|
775
|
0,5719
|
46
|
PADRE PARAÍSO
|
4.253
|
776
|
0,5716
|
47
|
SALTO DA DIVISA
|
4.265
|
779
|
0,5711
|
48
|
MALACACHETA
|
4.272
|
782
|
0,5708
|
49
|
CACHOEIRA DO PAJEÚ
|
4.356
|
792
|
0,5659
|
50
|
JOSENOPOLIS
|
4.397
|
798
|
0,5628
|
51
|
JOSÉ GONÇALVES DE MINAS
|
4.529
|
806
|
0,5542
|
52
|
CARAÍ
|
4.534
|
807
|
0,5536
|
53
|
JOAÍMA
|
4.865
|
832
|
0,5328
|
54
|
PONTO DOS VOLANTES
|
4.918
|
837
|
0,5276
|
55
|
MINAS NOVAS
|
4.953
|
839
|
0,5248
|
56
|
MONTE FORMOSO
|
5.009
|
840
|
0,5194
|
57
|
JENIPAPO DEMINAS
|
5;084
|
842
|
0,5134
|
58
|
CRISTÁLIA
|
5.114
|
843
|
0,5106
|
59
|
RIO VERMELHO
|
5.228
|
846
|
0.4990
|
60
|
SETUBINHA
|
5.337
|
849
|
04852
|
VARIÁVEIS QUE COMPÕEM O CÁLCULO DO ÍNDICE IFDM
Emprego e Renda:
- Geração de emprego formal
- Estoque de emprego formal
- Salários médios do emprego formal
Educação
- Taxa de matrícula na educação infantil
- Taxa de abandono
- Taxa de distorção idade série
- Percentual de docentes com ensino superior
- Média de horas aula diárias
- Resultado do IDEB
Saúde
- Número de consultas pré-natal
- Óbitos por causas mal definidas
- Óbitos infantis por causas evitáveis.
A leitura dos resultados – seja por áreas de desenvolvimento, seja pela análise dos índices finais – é bastante simples, Com base nessa metodologia, estipularam-se as seguintes classificações:
a) municípios com IFDM entre 0 e 0,4 - Baixo estágio de desenvolvimento;
b) municípios com IFDM entre 0,4 e 0,6 -Desenvolvimento regular;
c) municípios com IFDM entre 0,6 e 0,8 - Desenvolvimento moderado;
d) municípios com IFDM entre 0,8 e 1,0 - Alto estágio de desenvolvimento.
Principais vantagens do IFDM em comparação com o IDH-m
- Enquanto o IFDM é anual, o IDH-m é decenal*. Dessa forma, graças ao IFDM, é possível assistir ao filme em vez de ver apenas fotos esparsas a cada dez anos. Assim, o IFDM pode ser considerado uma ferramenta de gestão pública, na medida em que permite o acompanhamento sistemático da realidade dos municípios brasileiros.
- O IFDM permite a comparação relativa e a absoluta entre municípios ao longo do tempo, uma vez que sua metodologia possibilita determinar com precisão se a melhora relativa ocorrida em determinado município decorre da adoção de políticas específicas, ou se o resultado obtido é apenas reflexo da queda dos demais municípios. O IDH-m, por sua vez, permite apenas a comparação relativa, pois as notas de corte são determinadas pela amostra do ano em questão.
- Enquanto o IFDM foi criado para avaliar o desenvolvimento dos municípios, com
variáveis que espelham, com maior nitidez, a realidade municipal brasileira, o IDH-m é mera adaptação do IDH, desenvolvido para analisar os mais diferentes países.
*O IDH-m é realizado com base nos dados do Censo Populacional que, atualmente, é realizado no Brasil a cada dez anos.
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