domingo, 2 de setembro de 2012

Estudo divide Minas Gerais em duas: a rica e a pobre


O levantamento é do economista Paulo Haddad, ex-ministro da Fazenda e professor da UFMG.

Foto: Frederico HaikalEstudo divide Minas Gerais em duas: a rica e a pobre
Com escassas opções de lazer, meninos brincam de futebol em campo empoeirado, uma realidade comum no interior de Minas
Com o 35º menor Produto Interno Bruto (PIB) per capita de Minas, Raposos está entre os 180 municípios do Estado que, desde 1960, sofrem com a devastação dos seus recursos naturais.

O levantamento é do economista Paulo Haddad, ex-ministro da Fazenda e professor da UFMG.

Traçando uma linha imaginária, de Norte a Sul, o especialista divide o mapa de Minas em dois.

Do lado direito, concentra-se a maioria dos municípios com histórico de desequilíbrio ambiental: cursos d’água assoreados e poluídos e áreas verdes desmatadas. O cenário é bem diferente do lado esquerdo, que tem matas preservadas e serviços de saneamento básico estruturados.

"Isso se chama Minas assimétrica e se caracteriza pelo desequilíbrio intra-estadual de desenvolvimento. O fator comum dos municípios à direita do mapa é o uso predatório da base de recursos naturais", ressalta Haddad.

 Problema que, segundo o ex-ministro, reflete no PIB per capita, indicador de qualidade de vida. Ele usa os valores de 2009, quando a soma das riquezas produzidas em Minas foi de R$ 14.328,62 por habitante.

A metade
Nos municípios "predadores", o PIB per capita é equivalente a até 50% do valor registrado no Estado. "Feito o georreferenciamento, fica uma mancha vermelha no Norte de Minas, vales do Jequitinhonha, Mucuri e do Rio Doce", diz.

Do lado esquerdo do mapa, a realidade é muito diferente, no Triângulo, Noroeste e Sul de Minas e em uma parcela da Zona da Mata.
 Fonte: Hoje em Dia, via Gazeta de Araçuaí

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