Belchior Pinheiro de Oliveira
nasceu em Diamantina aos
08 de dezembro de 1778,
filho de Belchior Pinheiro de
Oliveira e Floriana Rosa de
Oliveira.
nasceu em Diamantina aos
08 de dezembro de 1778,
filho de Belchior Pinheiro de
Oliveira e Floriana Rosa de
Oliveira.
Estudou em Diamantina, em
Mariana e em São Paulo, onde
ordenou-se em 1798.
Mariana e em São Paulo, onde
ordenou-se em 1798.
Bacharelou-se em direito, em
1800, pela Universidade de
Coimbra e, de volta ao Brasil,
foi nomeado vigário de Pitangui.
O Pe. Belchior era grande amigo
do imperador D. Pedro I e estava a seu lado às margens do Ipiranga, às quatro e meia
da tarde daquele sábado, sete de setembro, quando a comitiva recebeu o correio da corte.
As mensagens continham ordem das Cortes de Lisboa altamente limitativas às ações de
D.Pedro I como príncipe regente.
Acompanhavam-nas três cartas, duas delas da Princesa Leopoldina. Numa das cartas, a
princesa Leopoldina escreveu: "Sinto muito dar-lhe notícias desagradáveis, mas não sei o que
falar, se mesmo é penoso ao meu coração, a tropa de Lisboa entrou na Bahia e dizem
desembarcou".
A outra, escrita vinte e quatro horas depois dizia: "mando-lhe o Paulo; é preciso que volte com
a maior brevidade; esteja persuadido que não é só por amor, amizade que faz desejar mais que
nunca a sua pronta presença, mas sim as circunstâncias em que se acha o amado Brasil".
Havia também uma carta de José Bonifácio cujo conteúdo poderia ser uma boa confirmação dos
temores sobre o espírito hesitante de D.Pedro: "Decida-se; porque irresoluções e medida d’água
morna, à vista desse contrário que não nos poupa, para nada servem e um momento perdido é uma
desgraça."
Após o acesso de raiva, D.Pedro perguntou a Pe. Belchior o que deveria fazer:
"Se V. Alteza não se faz Rei do Brasil será prisioneiro das Cortes e talvez deserdado por elas.
Não há outro caminho senão a independência.", foi a resposta.
D.Pedro prosseguiu o diálogo:
"As Cortes me perseguem, chamam-me, com desprezo, de Rapazinho, de Brasileirinho. Pois verão
quanto vale o Rapazinho. De hoje em diante estão quebradas as nossas relações: nada mais quero
do governo português e proclamo o Brasil para sempre separado de Portugal."
Tudo o que se segue na narração do Pe. Belchior é como um anticlimax para o momento do grito:
O Príncpe virou-se para o seu ajudante de ordens e disse:
"Diga à guarda que eu acabo de fazer a independência completa do Brasil. Estamos separados de
Portugal."
Aproximando-se da guarda a elas dirigiu-se dizendo:
"Amigos, as Cortes portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. De hoje em diante nossas
relações estão quebradas. Nenhum laço mais nos une!"
A seguir arrancou do chapéu o tope português, lançou-o por terra, no que foi acompanhado pela
Guarda.
Ficando em pé nos estribos gritou:
"Brasileiros, a nossa divisa de hoje em diante será Independência ou Morte."
O grito que se seguiu foi ouvido com alegria por toda a nação.
Em 1821, Padre Belchior havia sido eleito deputado às cortes de Lisboa, mas não compareceu para
tomar posse.
Dois anos depois, foi novamente eleito constituinte do Império, cargo que ocuparia por pouco tempo,
pois, pouco depois, ela foi dissolvida pelo Imperador e ele, junto com José Bonifácio, Martim Francisco
e outros, deportados para a França.
Seis anos permaneceu no exílio, até 1829. Retornando, reassumiu seu cargo de pároco em Pitangui,
lá falecendo em 12 de junho de 1856.
Leia o relato de Padre Belchior aqui.
Leia mais aqui.
Fonte: Passadiço Virtual
Nenhum comentário:
Postar um comentário