Colégio Nazareth suspende atividades noturnas do poliesportivo após queixa de barulho

No final de agosto, um grupo de moradores encaminhou ao Curador do Patrimônio Histórico e do Meio Ambiente, um abaixo assinado cobrando providências contra o barulho do ginásio poliesportivo

Foto: S.Vasconcelos

Familias residentes no entorno do ginásio reclamam do barulho

A direção do Colégio Nazareth, um dos mais tradicionais de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, suspendeu as atividades noturnas realizadas no ginásio poliesportivo da escola.

A decisão, segundo Núbia Maria Calazans, diretora da escola, foi motivada após um abaixo assinado , encaminhado ao Ministério Público  por 34 moradores do entorno do ginásio, que reclamam do barulho  provocado pelos usuários da quadra esportiva.

“Não queremos desgastes com a vizinhança”, afirmou a diretora.

De acordo com ela, o poliesportivo está alugado para uma professora de educação física do Colégio. O contrato é renovado anualmente pela Congregação das Irmãs Franciscanas que administra o Colégio.

“ Já conversamos e decidimos que os jogos da Copa InterTV não serão realizados à noite”, disse ao falar do evento que foi aberto dia 1 de setembro

Abaixo assinado

No final de agosto, um grupo de moradores encaminhou ao Curador do Patrimônio Histórico e do Meio Ambiente, o promotor público Randal Bianchini Marins, um abaixo assinado cobrando providências

“ É um barulho horroroso.Muitos gritos, som alto. É um incomôdo muito grande”, admitiu Zilda Rodrigues Oliveira, 78 anos, residente na rua Quintino Bocaiúva, localizada nas imediações do poliesportivo. “ Há pessoas idosas e doentes que estão estressadas com tudo isso”, reclama Zilda.

De acordo com o abaixo assinado, depois que o ginásio foi terceirizado, ele vem sendo usado sem qualquer critério e que durante à noite,   o  barulho é ensurdecedor quando ali realizam-se eventos de formaturas, quadrilhas, missas e jogos. Diversas vezes a polícia militar foi acionada mas que o problema continuou.

Não vendo outra alternativa, os moradores decidiram recorrer ao Ministério Público e caso não haja solução pacífica, eles pretendem ingressar com ação judicial contra o colégio.

“ Já respondemos a todos os questionamentos do promotor. Estamos nos adequando a esta situação”, afirmou Núbia, descartando a instação de um isolamento acústico no ginásio. “ É uma obra muita cara. Não temos condições agora de fazer esta despesa”, admitiu a diretora.

Fonte: Gazeta de Araçuaí