BH: a brincadeira continua
Tudo continua como antes. Aécio percebeu seu exagero. Promove uma carreata na sua chegada à BH. Algo estranho. Parece que nunca havia voltado para a capital mineira. Evidentemente, percebe que terá que jogar a campanha de sua vida e cria fatos políticos. No momento, mais para factóide. Algo bem forçado. Mas acusa o exagero de seus últimos movimentos. Dizem que foi o ato menos mineiro do neto de Tancredo. Pressionado por sua base de sustentação política, parece que exagerou no tom. Jogou tudo para romper o acordo entre PT e PSB. Já havia algum clima para isto, tanto em relação ao desejo pessoal do prefeito, quanto em relação aos cálculos de eleição de vereadores. Não acredito que a ruptura tenha tido como fator principal a pressão de Aécio. Esta é a versão que seu grupo quer cravar. E, como sempre alerto, política é versão, não fato. Mas exagerou. Porque não pensava na reação do outro lado. Agora virou tudo ou nada. Impensável para um político mineiro que joga para ter controle sobre a situação. Mesmo perdendo, tem o controle. Mas Aécio teve seus dias de Roberto Carvalho. E sabemos o fim do vice prefeito.
Na outra ponta, novo imbróglio. Leonardo Quintão desiste de ser vice. O deputado do PMDB tem entrada no eleitorado evangélico, em especial, em Venda Nova. A chapa Patrus/Quintão teria este poder de somar parte dos católicos com evangélicos. Aloísio Vasconcellos é um vice protocolar, foi deputado constituinte, ou seja, faz muito tempo que disputou eleição e não possui recall. A transferência de voto de Quintão, no meu entender, é muito baixa. Mas Patrus tem luz própria. A disputa será acirrada. De qualquer maneira, Lula também acusou o golpe. Anunciou João Santana como marketeiro de Patrus. Lula, há tempos, deixou de acreditar no seu ex-ministro. Mas agora virou guerra contra Lacerda e Aécio. Se Lacerda vence, não é apenas Aécio que vence. Pode provocar uma reviravolta na composição do PSB. Se perde, Lula volta a comandar a festa.
Tão emocionante quanto uma final de Libertadores.
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