"ERA UMA VEZ SÃO JOÃO
Gonzaga Medeiros
Naquele tempo a fogueira era mais quente
e o povo bem mais
contente acendia o coração
quando os fogos “Caramuru” faziam fogo no ar.
“São João” morreu, não existe mais.
Outras bombas calaram a voz dos fogos “Caramuru”,
a guitarra
berradeira calou o fole forrozeiro da pé-de-bode roceira.
“São João” morreu, não existe mais.
Na fogueira do progresso queimaram a festa do santo,
botaram fogo no encanto da meninada feliz.
botaram fogo no encanto da meninada feliz.
Soltar balão tá proibido, tá proibido brincar,
na brasa não há mais batata,
nem há mais biscoito na lata pra meninada roubar.
na brasa não há mais batata,
nem há mais biscoito na lata pra meninada roubar.
O meu “São João” morreu,
não existe mais faz muitos anos..."
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