sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Participantes do Jequitinhonha propõem emendas ao PPAG com mais de 60 milhões para a região

Propostas para infraestrutura e logística são contempladas.


Primeira audiência pública de discussão do PPAG 2016-2019, à tarde, coroa debate nos grupos de trabalho pela manhã.

A reunião, realizada pelas Comissões de Participação Popular e de Fiscalização Financeira, debateu o eixo temático Infraestrutura e Logística
A reunião, realizada pelas Comissões de Participação Popular e de Fiscalização Financeira, debateu o eixo temático Infraestrutura e Logística - Foto: Raíla Melo
Na sequência das audiências do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2016-2019, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou, nesta quarta-feira (28/10/15), a primeira reunião para debater um dos eixos temáticos desse processo. A reunião foi realizada pelas Comissões de Participação Popular e de Fiscalização Financeira e Orçamentária com o objetivo de discutir o eixo temático Infraestrutura e Logística.
Ao todo serão cinco reuniões desse tipo, cada uma discutindo um eixo, que acontecerão: nesta quinta (29) - Desenvolvimento Produtivo, Científico e Tecnológico; e depois, na terça (3/11) - Segurança Pública; quarta (4) - Saúde e Proteção Social; e quinta (5) - e Educação e Cultura.
O deputado Doutor Jean Freire (PT), que presidiu os trabalhos na audiência, disse que “as coisas só tem significado quando nós as conhecemos”. Para ele, é nas comunidades que os problemas acontecem e ninguém é mais importante que o povo para participar de reuniões com esse caráter participativo. 
Na manhã desta quarta (28.10), vários grupos de trabalho (GTs) se reuniram na Escola do Legislativo para tratar cada um de uma área dentro do eixo. Nos GTs, constituídos por cidadãos previamente inscritos, foram aprofundados conhecimentos sobre o PPAG para que eles ao final construíssem sugestões de melhorias.
Na audiência às 17 horas, os representantes dos sete grupos de trabalho reunidos em torno do eixo Infraestrutura e Logística fizeram um resumo das propostas aprovadas e das novas ações sugeridas. Essa mesma sistemática realizada durante todo o dia se repetirá nas próximas audiências do PPAG. Ao final, as sugestões serão transformadas em Propostas de Ação Legislativa (PLEs), que serão apreciadas pela CPP, podendo ser apresentadas como emendas ao projeto do PPAG na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.
O destaque do primeiro dia de participação popular no PPAG foram os representantes do Vale do Jequitinhonha, de Capelinha, Turmalina, Veredinha, Diamantina, Itaobim, Ponto dos Volantes e Coronel Murta. Eles fizeram intervenção com propostas de alteração da peça orçamentária do governo de Minas, para o período de 2016-2019, que resultaram na aprovação dos grupos, em um valor superior a R$ 60 milhões de investimentos nos Vales do Jequitinhonha e  Mucuri.
Murilo Valadares comentou as intervenções sugeridas pelos grupos de trabalho
Murilo Valadares comentou as intervenções sugeridas pelos grupos de trabalho - Foto: Raíla Melo
Secretário de Transportes garante que asfalto da LMG 677 é prioridade para o Governo
Depois de ouvir a apresentação de propostas por parte dos grupos, o titular da Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas (Setop), Murilo Valadares, elogiou as intervenções sugeridas e fez comentários sobre algumas delas. 
Ele disse que a manutenção e asfalto de todas as estradas citadas são importantes, mas o asfalto é prioridade para o Governo Pimentel, é simbólico. O projeto está à frente de todos os outros para ser realizado.
Murilo Valadares defendeu que o governo faça com urgência um plano de recursos hídricos para o Norte e Nordeste de Minas. “Esse é um legado que o governador Pimentel deveria deixar. Sabemos que falta água nessa região há muitos anos, mas não fizemos o desenho do que tem que ser feito, de como vamos captar e distribuir a água lá”, diagnosticou.
O secretário também anunciou que a Setop vai propor em breve um edital de projetos para obras nos municípios com menos de 100 mil habitantes. A ideia é que as cidades possam escolher três projetos cada uma para que o Governo do Estado os elabore gratuitamente. “Com os projetos prontos, os prefeitos podem ir atrás dos recursos. E o Estado passaria a atuar na indução de obras e ações nos municípios”, avaliou.
Representantes apresentam sugestões de cada grupo
Tratando do Nossa Cidade Melhor, Cláudio de Melo Rocha, arquiteto de Diamantina, disse que estão entre os objetivos desse programa promover acesso das comunidades urbanas e rurais à terra, melhorar a oferta de infraestrutura de serviços, reduzir o déficil habitacional e reduzir os níveis de pobreza.
O grupo coordenado por Rocha propôs como novas ações: a regularização fundiária de assentamentos urbanos e rurais com infraestrutura parcial, preferencialmente para famílias de baixa renda, e também para quilombolas e indígenas. Como meta física e financeira, o grupo sugeriu para os 17 territórios do Estado, a destinação de 10 milhões. Dessa forma, todos os territórios receberiam 500 mil por ano, com exceção do Território Metropolitano, que receberia R$ 1,5 milhão e o Vale do Aço, com R$ 1 milhão.
No programa Infraestrutura Rural, a representante Maria do Carmo Gonçalves, de Turmalina, em nome do grupo, propôs a inclusão dos territórios do Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha na aplicação dos recursos do Estado. Também defendeu a inclusão de projetos de piscicultura e apicultura para essas mesmas regiões, com acompanhamento intensivo, gerando emprego e renda. A meta para piscicultura será a seguinte nas regiões: Jequitinhonha (Alto, Médio e Baixo) e Mucuri: 25 mil por ano,  para cada Território,de 2016 a 2019; e ainda, 30 mil por ano para o Norte.
Albano Silveira Machado, de Capelinha, relator do grupo Água para Todos, que objetiva a universalização do uso da água, destacou como prioridade a implantação de barraginhas. Também nesse grupo, não estava incluído o Vale do Jequitinhonha, em suas três regiões, apenas o Norte de Minas. Na ação Implantação de cisternas de consumo nas áreas do semiárido mineiro, foi incluído o Alto Jequitinhonha. Na ação Implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água, foi recomendado aporte de recursos para todo o Jequitinhonha. A meta total será de R$ 21 milhões só para o ano de 2016.
No programa Saneamento é Vida, Guilherme Otávio Diniz diagnosticou que o atendimento desse serviço é precário na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). E por isso, ele reivindicou alteração no planejamento financeiro, com aumento de recursos para os municípios nessa região, incluindo as zonas rurais. Também sugeriu providências para implantação dos sistemas de destinação final dos resíduos sólidos, especialmente para o Consórcio de Desenvolvimento Ambiental do Alto Jequitinhonha.
R$ 42 milhões para a iluminação púbica no Jequitinhonha e Mucuri
Uma recomendação feita pelo grupo foi de pedir à Cemig que aplique os R$ 42 milhões de recursos , a fundo perdido, da eficiência energética na iluminação pública de municipios com IDH baixo, dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
Asfalto para a LMG 677, Almenara-Pedra Azul e Araçuaí-Novo Cruzeiro
Quanto ao programa Estradas de Minas, Evandro Aguileu recomendo a renegociação do empréstimo do BID de US$ 1 bilhão para que outras obras possam ser contempladas. Ele citou algumas como o asfaltamento da LMG 677 (Virgem da Lapa-Lelivledia-Ijicatu, em José Gonçalves de Minas), de Capelinha a Itamarandiba, da BR 367 (de Minas novas a Virgem da Lapa e Almenara a Salto da Divisa, no Jequitinhonha), e de Pompéu a Papagaios (Central). 
O coordenador também requereu que sejam utilizados recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para o Programa de Recuperação e Manutenção Rodoviária do Estado de Minas Gerais (PRO-MG). Algumas metas citadas foram: Asfalto Pompéu-Papagaios - 20 milhões, em 2016 e 2017, e 28 milhões em 2018; 39 milhões para ponte sobre o rio Paraopeba, e R$ 31 milhões para extensão de 4 km com ciclovias ligando a MG-040 a avenida Inhotim.
Júnior Silva, que abordou o programa Desenvolvimento e Integração da Infraestrutura de Transportes, reivindicou a inclusão do território Campo das Vertentes, para que Conselheiro Lafaiete (Central) seja contemplado com a construção de um aeroporto (meta de R$ 2 milhões). Outra ação proposta, esta para a RMBH, foi de equipar o Move com câmeras integradas à Polícia Militar. Também foi sugerida outra ação, de modernização tecnológica da fiscalização do transporte público metropolitano, por meio de um aplicativo desenvolvido com essa finalidade.
Por fim, Leandro Cordeiro, falou sobre o programa Planejamento, gerenciamento e fiscalização de serviços e infraestrutura de transportes. Ele requereu que seja realizado um projeto de implantação de trem de passageiros para o Alto Paraopeba, com percurso da Capital até Lafaiete, e investimentos da ordem de R$ 3 milhões. Requereu também a inclusão de nova ação de ampliação do transporte sobre trilhos, com meta de R$ 500 mil por km.
Grupos de trabalho adotam nova metodologia
Após se reunirem em grupos de trabalhos pela manhã, seus representantes levam à audiência as propostas aprovadas coletivamente
Após se reunirem em grupos de trabalhos pela manhã, seus representantes levam à audiência as propostas aprovadas coletivamente - Foto: Raíla Melo
O planejamento e o aprimoramento das ações do governo por meio do PPAG também conta com a participação popular, uma importante aliada na consolidação desse processo. Este ano, uma nova metodologia está sendo adotada, com o intuito de propiciar uma participação mais consistente do cidadão, através de intervenções coletivas ao planejamento do Estado. Em anos anteriores, essa participação era feita individualmente. A nova técnica funciona como um jogo de baralho, no qual os participantes de cada um dos cinco eixos temáticos em discussão descartam e priorizam os programas do PPAG aos quais gostariam de propor mudanças.
Nesta quarta-feira (28), os participantes se dividiram em três grupos de trabalho, cada um com um foco, mas todos dentro do eixo temático Infraestrutura e Logística. Cada grupo teve a oportunidade de discutir os 29 programas do PPAG relacionados ao tema e, por meio da argumentação e votação coletiva, priorizar 3 programas em que gostaria de propor intervenções. Dessa forma, os cidadãos puderam propor alterações em até 9 programas do PPAG dentro do eixo Infraestrutura e Logística
O processo participativo no orçamento do Estado foi elogiado por participantes dos grupos de trabalho. “Estamos em uma crise séria de representação. Eu não conheço ninguém que me represente. Esta é a única forma de democratizar o serviço público”, defendeu Geraldo Cristiano de Assunção, da Obra Social Glorieux, de Betim (RMBH), que participou de um dos Gts.
A vereadora de Esmeraldas (RMBH), Ana Márcia, contou que esta é a primeira vez que ela participa de um processo como este. Ela, que luta pela melhoria do sinal de celular na comunidade rural de Caracóis, lamentou o fato do programa ao qual ela gostaria de propor mudanças não ter sido priorizado, mas considerou a experiência positiva.
Aline Viana, da região de Nova Contagem, disse que a sua esperança é que as discussões e prioridades sejam efetivamente colocadas em prática pelo governo. Ela contou que já participou de um processo participativo semelhante na área de educação, promovido em Contagem (RMBH), mas lamentou que as prioridades na época não geraram resultados concretos. Aline, que tem como foco a regularização fundiária, fez análise positiva do evento e lamentou que não haja um interesse maior de participação.
PPAG - O PPAG trata do planejamento de médio prazo do Estado, prevendo despesas, metas de investimentos e obras por regiões de Minas Gerais, norteando o Orçamento do Estado. Ele está contido no Projeto de Lei (PL) 2.937/15, do governador, e está estruturado nos seguintes eixos temáticos: Infraestrutura e Logística; Desenvolvimento Produtivo, Científico e Tecnológico; Segurança Pública; Saúde e Proteção Social; e Educação e Cultura.
Fonte: ALMG

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Câmara dos Deputados realiza Audiência Pública sobre asfalto da BR 367


A Câmara dos Deputados fará mais um debate sobre a situação da BR 367 que corta todo Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas, unindo Diamantina-MG a Porto Seguro, no sul da Bahia.

A principal problemática é a ausência de asfalto em cerca de 121 km, em dois trechos : entre Minas Novas- Chapada do Norte- Berilo- Virgem da Lapa, no Médio Jequitinhonha, e Almenara-Jacinto-Salto da Divisa-Itajimirim (BA), no Baixo Jequitinhonha.

Nesta terça-feira, 27.10, haverá uma Audiência Pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, a partir das 14h30 horas.

Esta Audiência foi solicitada pelo deputado estadual Jean Freire (PT-MG) que vem lutando pela melhoria das condições de estradas e rodagens no Vale do Jequitinhonha, principalmente pela pavimentação asfáltica da BR 367 e LMG 677 ( Virgem da Lapa-Lelivéldia-Ijicatu, em José Gonçalves de Minas.
Antes de embarcar para Brasília, o deputado Jean Freire disse que não vai refrescar ninguém, pois pretende representar os sentimentos do povo do Vale que vem sendo desprezado, em toda a história, por todos os governos. Ele vai cobrar de todas as autoridades presentes à Audiência Pública uma posição clara e determinada para a realização da obra tão sonhada pelo povo do nordeste de Minas.

Para debater a ausência de asfalto e o jogo de empurra sobre manutenção da BR 367, entre o DNIT e o DER-MG, estarão presentes:

- Antônio Carlos Rodrigues, Ministro de Estado dos Transportes;
- Luiz Antônio Ehret Garcia, Diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT);
- Deputado Estadual Jean Freire (PT-MG);
- Célio Dantas de Brito, Diretor-Geral do Departamento de Estradas e Rodagens de Minas Gerais;
- Murilo De Campo Valadares, Secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas/SETOP – MG.
- Antônio Rodrigues dos Santos, Prefeito Municipal de Bandeira e Presidente da Nova Associação dos Municípios do Baixo Jequitinhonha (Nova AMBAJ);

A autoria do requerimento foi do Deputado Zé Silva, do SD/MG.


BR 367: a rodovia de integração do Vale do Jequitinhonha

A história da construção da BR 367 demonstra que sua concepção, elaborada pelo presidente, JK, natural de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas, que ela serviria para alavancar o desenvolvimento regional, unindo duas cidades eleitas como Patrimônio Cultural da Humanidade: Diamantina, em Minas, e Porto Seguro, na Bahia.

Planejada na década de 50, no Governo JK, foi projetada e chamada de Estrada Definitiva. São 733 km que teve o objetivo de integrar o nordeste de Minas com o nordeste brasileiro. A rodovia corta todo o Vale do Jequitinhonha, do trevo de Diamantina/Serro/Gouveia, em Minas, até Porto Seguro.
Saindo do sul da Bahia, com 63 km no Estado, a rodovia começa em Santa Cruz de Cabrália, passa por Porto Seguro, Eunápolis e Itagimirim.

Em Minas Gerais, a BR 367 possui 670 km, seguindo o curso do rio Jequitinhonha acima, passando pelo municípios de Salto da Divisa, Jacinto, Almenara, Jequitinhonha, Itaobim, Itinga, Araçuaí, Virgem da Lapa, Berilo, Chapada do Norte, Minas Novas, Turmalina, Carbonita, Couto Magalhães de Minas, Diamantina, Datas e Gouveia.

Porém, o asfalto que tornaria a BR 367 trafegável, para escoar a produção e possibilitar a mobilidade das pessoas, no seu direito de ir e vir, chegou aos pedaços, no varejo. 

Somente, em 1979, teve início a sua pavimentação. E hoje, após mais de 60 anos da idealização da rodovia, cerca de 120 km ainda se encontram sem asfalto.



Aécio recebeu R$ 59,5 milhões para o asfalto. O DER fez 7 km e uma ponte. Não terminou a obra e prestou contas.

Foram liberados R$ 59,5 milhões pelo DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre, do Ministério dos Transportes, para o asfaltamento da BR 367, durante o governo Aécio Neves e parte no de Itamar.

O convênio descreve como objeto de convênio a pavimentação dos trechos de Minas Novas-Chapada do Norte-Berilo-Virgem da Lapa e de Almenara-Jacinto-Salto da Divisa- Ijicatu(BA), em uma extensão de 121 km. 

Depois de 14 anos paralisada, com a pressão do então deputado federal Carlos Mota (PSB-MG), natural de Minas Novas, a obra reiniciou , em 2003, com a autorização do então Ministro de Transportes, Anderson Adauto. Mas, paralisou de novo, em 2005, sem o término da obra. 

De julho de 2002 a dezembro de 2005, o DER-MG recebeu os recursos. Realizou as obras de 8 km de asfalto entre Minas Novas e Chapada do Norte, construiu uma ponte sobre o rio Fanado, em Minas Novas, sem fazer o encabeçamento, ficando tal obra sem uso, desde 2005. 
Os recursos foram liberados de junho de 2002 a 11.07.2005. A vigência do convênio foi até dezembro de 2008, quando foi feita a prestação de contas, sem a realização da obra.
O Governo de Minas, gestão Aécio Neves (2003-2006), recebeu e gastou o dinheiro, Não realizou as obras, prestou contas e ficou por isso mesmo.

Confira aqui detalhes do convênio: 
UF:
MG
Município:
BELO HORIZONTE
Detalhes do Convênio
Número do Convênio SIAFI: 479166
Situação: Concluído
Nº Original: TT-005/2002
Objeto do Convênio: OBRAS DE COMPLEMENTACAO AS IMPLANTACAO E PAVIMENTACAO DOS TRECHOS MI-NAS NOVA - CHAPADA DO NORTE - BERILO - VIRGEM DA LAPA, KM 369,2 AO KM301,4 DO PNV, COM 69,0 KM DE EXTENSAO E ALMENARA - (ESTACA 500) -JACINTO - SALTO DA DIVISA KM 102,6 AO KM 0,00 DO PNV, COM 88,60 KM DE EXTENSAO E CONSTRUCOES DE OBRAS DE ARTES ESPECIAIS NO TRECHO ALMENARA - SALTO DA DIVISA, NA RODOVIA BR 367/MG.
Orgão Superior: MINISTERIO DOS TRANSPORTES
Concedente: DEPART. NAC. DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTE
Convenente: DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO EST DE M GERAIS
Valor Convênio: 59.546.520,08
Valor Liberado*: 59.546.520,08
Publicação: 05/07/2002
Início da Vigência: 05/07/2002
Fim da Vigência: 31/12/2008
Valor Contrapartida: 6.597.220,00
Data Última Liberação: 11/07/2005
Valor Última Liberação: 1.000.000,00

Lula e Dilma prometem realizar asfalto

Em 19.01.2010, o então Presidente Lula e a Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, prometeram, em praça pública, em Jenipapo de Minas, no Médio Jequitinhonha, a realização do asfalto da BR 367. A obra foi colocada no PAC II com autorização de elaboração de projeto de engenharia. Já vão completar 6 anos da promessa e nada da obra sair.

Histórico do asfalto na BR 367
O Governo de Minas, até 1989, construiu asfalto de Araçuaí-Itinga-Itaobim-Jequitinhonha-Almenara, no Médio e Baixo Jequitinhonha, no nordeste de Minas, com uma extensão de 165 km. 

E fez outro trecho: Diamantina-Couto Magalhães de Minas-Turmalina-Minas Novas, no Alto Jequitinhonha, com uma extensão de 220 km. 
De Araçuaí a Virgem da Lapa, em 1991, 38 km, foi feito pelo governo Hélio Garcia. 

Em maio de 2013, o DNIT publicou uma Ordem de Serviços para a  empresa CONSOL elaborar o projeto técnico de engenharia dos trechos que ainda não foram asfaltados. O prazo é de um ano e 2 meses para entrega do projeto da obra. Depois, novo edital deve ser publicado para a concretização do asfalto.

A Consol
ficou de entregar o projeto de engenharia até o dia 10.05.14 do trecho de Minas Novas-Virgem da Lapa, no Médio Jequitinhonha, e em junho, o de Almenara-Salto da Divisa, no Baixo Jequitinhonha, nordeste de Minas.

O que foi feito de fato?

Os projetos de engenharia dos dois trechos da rodovia já estão prontos e entregues ao DNIT?

O que é preciso para a obra ser licitada?

A RESPONSABILIDADE É DE QUEM?

É preciso deixar bem claro para a sociedade mineira e o povo do Vale do Jequitinhonha, em particular, qual é o órgão responsável pela manutenção da BR 367.

Por muitos anos, o governo federal fez acordo de cooperação com o governo de Minas na administração da BR 367. Mas, isso nunca ficou bem claro para a sociedade.

Quando o povo do Vale do Jequitinhonha cobra do DER de Minas, há informações que a rodovia é federal. Quando se cobra do DNIT, retorna a responsabilidade para o DER , do Governo de Minas.


Exército
Um grupamento de Araguari do  Exército Brasileiro, assumiu a partir de 15.01.2014 a manutenção de um trecho de 62 km da BR-367, entre os municípios  de Virgem da Lapa e Minas Novas..

O convênio entre o Exército e o DNIT- Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre- para a manutenção do trecho, por 2 anos, é de R$ 23 milhões.


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

'QUEM RECLAMA DA CPMF É QUEM PAGA MENOS IMPOSTO'

domingo, 25 de outubro de 2015

Mulheres são 57,6% dos inscritos para o Enem, em Minas

Elas dominam no número de inscrições: são 132.649 mulheres a mais do que homens.

22/10/2015 07:40 Márcia Maria Cruz /Estado de Minas

Cristina Horta/EM/DA Press

Mulheres, pardos e negros e com o ensino médio concluído formam o perfil da maioria dos candidatos mineiros ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2015. 

Dos 7,7 milhões que farão as provas em todo o Brasil, 864.939 são de Minas – o estado só fica atrás de São Paulo, com cerca de 1,25 milhão de inscritos. Elas dominam no número de inscrições: são 132.649 mulheres a mais do que homens.
As amigas Aryssa Ishi e Graziella Grossi, ambas de 18 anos, e Brenda Álves Gomes, de 19, integram o grupo feminino. Aryssa tentará pontuação suficiente para uma vaga no curso de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Para isso, dedicou-se, durante todo este ano, aos estudos no curso preparatório Pré-Federal. “Esta semana, peguei leve. Aproveitei para revisar a matéria e fazer redações”, disse. A mesma estratégia foi adotada por Graziella. Nesta reta final, a jovem, que pretende conquistar uma vaga no curso de arquitetura, admite que está mais ansiosa, mas está confiante porque estudou durante todo o ano. Quando fez o Enem pela primeira vez, Brenda não ficou satisfeita com a pontuação, mas, desta vez, espera obter a pontuação necessária para conquistar uma vaga no curso de engenharia química. “Estou confiante de que terei um desempenho melhor do que tive no ano passado.” 
As três são uma dos quase 900 mil candidatos em Minas que, neste sábado e domingo, fazem as quatro provas objetivas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha e uma prova de redação. 
No sábado, elas fazem as provas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias, com duração de 4 horas e 30 minutos. No domingo, 25, farão as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnologias, com duração de 5 horas e 30 minutos.
Quase a totalidade dos candidatos declarou cor ou raça (98,5%) nesta edição do Enem. “Em função dos programas de cota do governo, quase todos declararam. Esse número de declarantes foi bem menor no último Censo da Educação Superior, quando 20% não declararam”, informou o presidente do Inep, Chico Soares. 
A maior parte dos candidatos se declarou pardo, 383.107 inscritos, 44,29% do total. Em segundo lugar aparecem os candidatos que se declaram brancos (36%), somando 311.543 inscritos. No terceiro grupo, estão os que se declararam pretos, com 131.143 inscritos, um total de 15,16%.
Cerca de 10 mil solicitaram atendimento especial para fazer a prova. É o caso da portadora de deficiência visual Luzia de Fátima, de 52. Ela faz parte do grupo de 789 candidatos que pediram auxílio para leitura. “Serei acompanhada por um ledor”, comemorou. Ela fará o exame pela primeira vez para conseguir a certificação de conclusão do ensino médio. “Comecei a estudar por incentivo de uma amiga. Preciso concluir o ensino médio para arrumar um emprego melhor”, disse. Outros 1.593 candidatos farão os testes em sala de acesso fácil, 289 terão ajuda de tradutor-intérprete de libras e 53 farão a prova em braile.
SEGURANÇA
 O presidente do Inep afirmou que a segurança das provas é a grande preocupação nesta reta final. De acordo com ele, a mudança no horário de início das provas é uma das medidas para impedir fraudes. Este ano, os portões ficarão abertos das 12h às 13h, mas os cadernos com as questões só serão distribuídos meia hora depois. “Isso garantirá que os malotes sejam abertos no mesmo tempo. Neste momento, todos os candidatos já terão passado pelo detector de metais e colocado os aparelhos eletrônicos em um saquinho”, disse. Segundo ele, as medidas impedirão possíveis vazamentos. Ele disse também que, pela primeira vez, um funcionário federal acompanhará a abertura dos malotes. As provas estão sob a guarda das Forças Armadas. No sábado e domingo de manhã, serão levadas até os locais do exame sob escolta das polícias militar e civil.
Chico Soares faz uma alerta aos candidatos para que não se esqueçam de levar um documento com foto. Embora não seja obrigatório, ele orienta também que imprimam e levem o cartão de confirmação. “O Enem é elaborado para premiar o esforço de quem estudou ao longo do ano. Não há como improvisar, neste momento”, diz. O presidente ainda alertou para que os estudantes se certifiquem do local da prova e da maneira como se locomoverá para evitar estresse.




O golpe não é contra Dilma, Lula ou o PT. É contra você


:
O golpe não é contra Dilma. Não é contra Lula. Não é contra o PT.
O golpe é contra os 54,3 milhões de votos que elegeram a presidenta em eleições livres e limpas. O mandato presidencial a eles pertence. Caso a agressão à soberania popular promovida pelo golpe se concretize, eles é que serão cassados.
O golpe é contra os 42 milhões de brasileiros que ascenderam à classe média, nos últimos 13 anos. É contra os 22 milhões de cidadãos que deixaram a pobreza extrema para trás. É contra as políticas sociais que praticamente eliminaram a miséria no Brasil. Miséria histórica, atávica, contra a qual os representantes do golpismo pouco ou nada fizeram, quando governavam.
O golpe é contra um processo de desenvolvimento que conseguiu tirar o Brasil do Mapa da Fome. Fome secular, vergonhosa, que os golpistas nunca conseguiram saciar. O golpe é para colocar o Brasil no Mapa da Vergonha.  
O golpe é contra a igualdade e pela desigualdade. Os que apostam no golpe também apostam na desigualdade como elemento essencial para o suposto bom funcionamento da economia e da sociedade. Eles apostam na meritocracia dos privilégios.
O golpe é contra a valorização do salário mínimo, que aumentou 76,5%, nos últimos 11 anos. O golpe é pelos salários baixos para os trabalhadores, pois, para os golpistas, salários reduzidos são essenciais para o combate à inflação e a competitividade da economia.
O golpe é contra a geração de 21 milhões de empregos formais, ocorrida nos últimos 12 anos. Quem aposta no golpe aposta num nível de desemprego mais alto, para reduzir os custos do trabalho. Aposta também na redução dos direitos trabalhistas, na terceirização e na volta da precarização do mercado de trabalho.
O golpe é contra a Petrobras e pela Petrobax. O golpe é contra a política de conteúdo nacional, que reergueu nossa indústria naval e reestruturou a cadeia econômica do petróleo. O golpe é contra a nossa maior empresa e tudo o que ela simboliza. O golpe é pela privatização e pela desnacionalização.
O golpe é contra os programas que abriram as portas das universidades brasileiras para pobres e afrodescendentes. O golpe é contra o ENEM e pelo vestibular. O golpe é pela manutenção da educação de qualidade como apanágio para poucos. O golpe é pela privatização do conhecimento. O golpe é contra as novas oportunidades e pelos antigos privilégios.
O golpe é contra o SUS e o Mais Médicos, programa que leva assistência básica à saúde a mais de 60 milhões de brasileiros que antes estavam desassistidos. O golpe é contra a saúde pública e pela mercantilização da medicina. O golpe é contra médicos cubanos e pacientes brasileiros. O golpe é pela doença que rende lucros. O golpe é uma patologia.
O golpe é contra a política externa ativa e altiva. O golpe é contra a soberania e por uma nova dependência. O golpe é contra o Mercosul e a integração regional. O golpe é para desintegrar a projeção dos interesses brasileiros. O golpe é para nos alinhar aos interesses das potências tradicionais. O golpe é contra o grande protagonismo que o país assumiu recentemente. O golpe é para nos apequenar.
O golpe é contra uma presidente honesta e pelos corruptos. O golpe é contra o governo que mais combate a corrupção. Que multiplicou as operações da Polícia Federal de 7 por ano para quase 300 por ano. Que fortaleceu e deu autonomia real a todas as instituições de controle. Que engavetou o engavetador–geral. O golpe é contra as apurações e pela impunidade. O golpe é contra a transparência e a verdade. O golpe é um engodo ético e moral. O golpe é cínico e hipócrita. O golpe é uma grande mentira.
O golpe é contra o futuro e pela restauração do passado. A única proposta do golpe é o golpe.
O golpe é contra a esperança e pelo ódio, para o ódio. O golpe é intolerante. O golpe é mesquinho.
O golpe é contra a grande nação e pela republiqueta de bananas.
O golpe é contra a democracia. Contra o Brasil.
O golpe é, sobretudo, contra você.
Marcos Zero é sociólogo, Especialista em Assuntos Internacionais e Assessor do Senado Federal.