Faleceu na tarde desta quinta-feira, 30.10.14, aos 90 anos de idade, Dona Izabel, a
mestra-artesã, ceramista, criadora da arte de bonecas de barro, conhecida no
mundo todo.
mestra-artesã, ceramista, criadora da arte de bonecas de barro, conhecida no
mundo todo.
Ela recebeu os mais importantes títulos e homenagens pelo seu trabalho na arte
popular. Seus trabalhos de cerâmica conquistaram o Brasil e o mundo. Em 2011,
ela foi homenageada pela Presidenta Dilma Rousseff. Também foi homenageada
pela ONU.- Organização das Nações Unidas.
popular. Seus trabalhos de cerâmica conquistaram o Brasil e o mundo. Em 2011,
ela foi homenageada pela Presidenta Dilma Rousseff. Também foi homenageada
pela ONU.- Organização das Nações Unidas.
Nascida em uma fazenda chamada de Córrego Novo que fica no município de
Itinga-MG em 03 de agosto de 1924, foi batizada e registrada com o nome de
Izabel Mendez da Cunha. Mudou-se ainda jovem para o povoado de Santana do
Araçuaí, no município de Pontos dos Volantes, onde morava até hoje com sua filha.
Itinga-MG em 03 de agosto de 1924, foi batizada e registrada com o nome de
Izabel Mendez da Cunha. Mudou-se ainda jovem para o povoado de Santana do
Araçuaí, no município de Pontos dos Volantes, onde morava até hoje com sua filha.
Dona Izabel ajudou a pequena Santana do Araçuaí a se tornar um ponto de criação de cerâmica. Suas técnicas e criação chamaram a atenção de artistas plásticos e de estudiosos do Brasil e do mundo. Passando seu conhecimento para familiares e vizinhos de Santana do Araçuaí, ele criou uma legião de seguidores.
Suas bonecas de barro estão expostas nas galerias de arte mais conceituadas do país e espalhadas por palácios e residências de todo o mundo.
“Desde a infância, dona Izabel já criava pequenas figuras de barro, imitando sua mãe
que era louceira (paneleira, como é chamado na região do Vale do Jequitinhonha)
se dedicava à produção de cerâmica utilitária. Quando adulta, seguiu os passos
de sua mãe e começou também a fazer peças utilitárias com o barro, as quais
vendiam nas feiras da região. Dona Isabel ficou viúva, e desde então, para ajudar
no sustento dos filhos, começou a modelar outros tipos de peças, como animais
e bonecas de barro. No início suas figuras consistiam de cavaleiros, bois,
aves e pequenos presépios, todos feitos com barro vermelho e pintados com
barro branco. No início da década de 70, a artesã iniciou a produção de bonecas
grandes, algumas com cerca de um metro de altura.
que era louceira (paneleira, como é chamado na região do Vale do Jequitinhonha)
se dedicava à produção de cerâmica utilitária. Quando adulta, seguiu os passos
de sua mãe e começou também a fazer peças utilitárias com o barro, as quais
vendiam nas feiras da região. Dona Isabel ficou viúva, e desde então, para ajudar
no sustento dos filhos, começou a modelar outros tipos de peças, como animais
e bonecas de barro. No início suas figuras consistiam de cavaleiros, bois,
aves e pequenos presépios, todos feitos com barro vermelho e pintados com
barro branco. No início da década de 70, a artesã iniciou a produção de bonecas
grandes, algumas com cerca de um metro de altura.
Eram, em sua grande maioria, casais de noivos, com o homem vestido de terno e a mulher vestida de branco, grinalda e buquê de flores nas mãos, uma marca
registrada da sua obra. Outra peça que ficou muito famosa, e que começou
a ser modelada ainda nesta época, foi à boneca representando uma mãe
amamentando. Com a procura por suas peças, dona Isabel passou a produzir
bonecas com detalhes mais elaborados e características próprias. Na época,
uma das suas inovações foi a forma de fazer os olhos das bonecas. Antes os olhos
eram apenas pintados, como ainda fazem muitas outras artesãs do Vale; dona
Isabel passou a esculpir os olhos de sua bonecas em alto relevo. Outra inovação
foi a utilização do barro colorido para pintura das bonecas, técnica ainda utilizada
por ela e por várias artesãs do Vale do Jequitinhonha.
registrada da sua obra. Outra peça que ficou muito famosa, e que começou
a ser modelada ainda nesta época, foi à boneca representando uma mãe
amamentando. Com a procura por suas peças, dona Isabel passou a produzir
bonecas com detalhes mais elaborados e características próprias. Na época,
uma das suas inovações foi a forma de fazer os olhos das bonecas. Antes os olhos
eram apenas pintados, como ainda fazem muitas outras artesãs do Vale; dona
Isabel passou a esculpir os olhos de sua bonecas em alto relevo. Outra inovação
foi a utilização do barro colorido para pintura das bonecas, técnica ainda utilizada
por ela e por várias artesãs do Vale do Jequitinhonha.
As peças de dona Izabel logo ganharam fama nas feiras da região. Com o trabalho
de divulgação e comercialização realizada pela CODEVALE (Comissão do Desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha) no final da década de 70, tornou-se
muito valorizadas também em feiras nacionais e internacionais.
de divulgação e comercialização realizada pela CODEVALE (Comissão do Desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha) no final da década de 70, tornou-se
muito valorizadas também em feiras nacionais e internacionais.
Com a notoriedade alcançada, a artesã deixou de lado a cerâmica utilitária e passou
a se dedicar apenas às suas bonecas. Casal de noivos, mulheres amamentando,
rituais de batizado são algumas das peças mais famosas feitas por dona Isabel.
Todas essas bonecas eram vestidas com roupas de festa, feitas com capricho
e com grande riqueza de detalhes, características presentes até hoje em suas
peças. Dona Izabel teve quatro filhos: Amadeu, Rita de Cássia, Maria Madalena
e Gloria. Com o aumento da demanda por suas peças, toda a família se incorporou
ao trabalho com o barro.
Dos quatro filhos, apenas Rita de Cássia não trabalha na arte
do barro.”
a se dedicar apenas às suas bonecas. Casal de noivos, mulheres amamentando,
rituais de batizado são algumas das peças mais famosas feitas por dona Isabel.
Todas essas bonecas eram vestidas com roupas de festa, feitas com capricho
e com grande riqueza de detalhes, características presentes até hoje em suas
peças. Dona Izabel teve quatro filhos: Amadeu, Rita de Cássia, Maria Madalena
e Gloria. Com o aumento da demanda por suas peças, toda a família se incorporou
ao trabalho com o barro.
Dos quatro filhos, apenas Rita de Cássia não trabalha na arte
do barro.”
Conheça mais sobre Dona Izabel, acessando os seguintes links:
http://blogdobanu.blogspot.com.br/2011/04/famoso-artesanato-de-bonecas-de-barro.html
http://blogdobanu.blogspot.com.br/2012/06/mestres-habilidosos-mantem-tradicao-do.html
http://blogdobanu.blogspot.com.br/2009/07/ministerio-da-cultura-homenageia-artesa.html
http://blogdobanu.blogspot.com.br/2010/11/familia-mantem-viva-arte-de-bonecas-do.html