quarta-feira, 31 de julho de 2013

Capelinha propõe avanços na política municipal de assistência social

Conferência participativa com 172 pessoas debate e propõe alternativas para a promoção da cidadania


A VIII Conferência Municipal de Assistência Social de Capelinha, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais, foi uma das mais produtivas realizadas nos últimos anos. Esta é a avaliação de 172 pessoas que participaram ativamente do evento, no dia29 de julho, no Instituto Manuel Luiz Pego, no centro da cidade.

Durante todo o dia, o plenário e os debates nos grupos foram em produtivos. Na abertura, o prefeito Zezinho da Vitalina destacou a importância da Conferência com a participação do povo , dizendo o que é que está dando certo, o que deve alterado e o que deve ser inovado.

Mesa de Abertura: Dirlane Silveira, Presidente de Conselho de Assistência Social; Juanita Pimenta, Sub-secretária de Estado de Assistência Social; Zezinho da Vitalina, prefeito de Capelinha; Luiz Gustavo Vieira, Secretário Municipal de Assistência Social; Maria da Conceição Moreira, usuária do SUAS.

Juanita Pimenta, Sub-Secretária de Estado de Assistência Social palestrou sobre o Financiamento e Implementação do SUAS.

 O tema central da Conferência foi “A Gestão e o Financiamento na Efetivação do Sistema Único de Assistência Social”. E este foi o tema da palestra de Juanita Pimenta, Sub-Secretária de Estado da Assistência Social. Ela falou da responsabilidade dos três entres federados no financiamento da política de assistência social. Disse que, infelizmente, não havia uma legislação que determinasse o percentual a ser aplicado no setor, como na educação e na saúde. Mas, que todos deveriam lutar por isso e por mais recursos no desenvolvimento social.
Prefeito Zezinho da Vitalina discursa na abertura da VIII Conferência Municipal de Assistência Social

Luis Gustavo Vieira, Secretário Municipal de Assistência Social, registrou que implantar uma política social é algo revolucionário, feito no dia-a-dia com a mudança na vida das pessoas, principalmente as que vivem em vulnerabilidade social.

Como conhecedora do município, por ser natural de Capelinha, a Secretária dissertou sobre vários desafios que a gestão local e a sociedade  devem enfrentar como a profissionalização dos trabalhadores, a participação dos usuários no controle social, o diagnóstico a ser realizado para levantar as demandas, o planejamento  das ações e a territorialização.  Dissertou sobre os 6 eixos temáticos,  de forma didática   e sugestiva.
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Dirlane Almeida da Silva Silveira, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, fez questionamentos sobre as ações praticadas pelas políticas sociais. Elas estavam empoderando o cidadão, visando a sua autonomia e cidadania plena ou mantinha-o dominado? Segundo a Assistente Social este é um desafio de todos os gestores e técnicos do SUAS – Sistema Único de Assistência Social.

Os 6 eixos temáticos da Conferência foram: 1 – Cofinanciamento obrigatório da assistência social; 2 - Gestão do SUAS: vigilância socioassistencial, processo de planejamento, monitoramento e avaliação;  3 – Gestão do Trabalho;  4 - Gestão dos serviços, programas e projetos; 5 – Gestão dos benefícios do SUAS;  6 – Regionalização.  Na parte da tarde, os grupos temáticos foram divididos em assuntos específicos. Cada grupo tinha, em média, 28 participantes.
Apresentação cultural em intervalo da Conferência

Os debates nos grupos se deram de forma calorosa e responsável. Após analisar a política municipal de assistência social no município, foram apresentadas diversas propostas que foram ao plenário para serem referendadas.
As mais destacadas foram:
- Aprovação de lei nacional de aplicação de 5% da receita da União, do Estado e do município na política de Assistência Social.;
- Controle social não somente através de Conselho municipal, mas também de grupos locais, nos territórios, junto com técnicos e usuários;
- Redirecionamento das ações de política social para a autonomia do cidadão e das famílias com programas de inclusão produtiva, profissionalização e apoio no encaminhamento de emprego ou de iniciativa de produção;
- Profissionalização dos trabalhos do SUAS através de criação de Plano de Carreira, Cargos e Salários, educação permanente, criação de cargos de Agente Social Comunitário e realização de concurso público;
- Criação de melhores condições de trabalho com transporte e construção e equipamento de CRAS, CREAS e outros equipamentos sociais;
- Efetivar ações conjuntas de intersetorialidade com a saúde, educação, cultura, esporte/lazer, trabalho, Judiciário, obras, agricultura e outros.
- Realizar ações especiais nas comunidades rurais, onde estão concentradas famílias de agricultores familiares e assalariados nas lavouras do café e nas atividades produtivas do eucalipto.

Após aprovação das propostas, foram eleitos 6  delegados titulares e suplentes para representar Capelinha na Conferência Estadual de Assistência Social, que será realizada em Belo Horizonte, em outubro.
O Delegados titulares eleitos foram: Agnaldo Oliveira, Creildes Moreira Pereira, Dirlane Almeida da Silva Silveira, Celso de Oliveira Souza, Vicência Magalhães e  Virgînia Sales Santos. O Delegados suplentes são: Jorge Emanuel Luiz Gandra, Maria da Conceição Moreira, Mary Mares, Zenilde Bruno,  e Eunice Aparecida Cordeiro.

RESTAURANTE SABOR DE MINAS
em frente ao Posto de Saúde do Bairro Maria Lúcia, em Capelinha-MG

Mandante confesso da Chacina de Felisburgo irá a júri em 21 de agosto

Fazendeiro Adriano Chefiak é o principal acusado pela morte de 5 agricultores sem-terra, em novembro de 2004, em Felisburgo, no Baixo Jequitinhonha. 


Após ser adiado por duas vezes, o julgamento de Adriano Chafik Luedy foi novamente remarcado. Dessa vez para 21 de agosto, uma quarta-feira. Chafik é fazendeiro e é o principal acusado do Massacre de Felisburgo. Ele será levado a júri popular pela morte de cinco agricultores em novembro de 2004 no acampamento Terra Prometida, em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha.


Comandados por Adriano Chafik, que confessou ter participado do massacre, 17 pistoleiros invadiram o local e atearam fogo em barracos e plantações. As cinco vítimas foram executadas com tiros à queima-roupa e outras 12 pessoas, entre elas uma criança ficaram feridas. Chafik conseguiu, poucos dias depois da confissão, por meio de habeas corpus, responder ao processo em liberdade.

Às vésperas de completar nove anos, o crime continua impune e nenhum dos acusados ainda foi julgado. "Existe uma descrença muito grande do MST diante da Justiça brasileira.

A violência no campo tem aumentado a cada dia, assim como aumenta a hegemonia do agronegócio no campo brasileiro. Mesmo assim o MST continua lutando para reverter esse quadro, e isso passa pela condenação do Adriano Chafik", Silvio Netto, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

As famílias sem terra montaram acampamento na fazenda Nova Alegria em 2002 e tinham denunciado à Polícia Civil algumas ameaças por parte dos fazendeiros. No mesmo ano, 567 dos 1.700 hectares da fazenda foram decretados pelo Instituto de Terra de Minas Gerais (ITER) como terra devoluta, ou seja, área do Estado e que deveria ser devolvida para as famílias.

Oito anos depois da chacina, cerca de 60 famílias ainda vivem no assentamento e aguardam que parte da área seja desapropriada. Iniciado há 14 anos, o processo agora tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

"Apesar de terem uma boa produção e o controle de toda a fazenda, as famílias continuam sofrendo ameaças: primeiro do Estado, porque temem ser despejadas já que a área ainda não foi destinada à reforma agrária; e segundo dos fazendeiros e comparsas do Chafik que dizem que, independente do julgamento, as famílias sofrerão novos massacres", denuncia Sílvio.

Adiamentos

Acusado de ser o mandante do Massacre de Felisburgo, o fazendeiro Adriano Chafik responde ao processo em liberdade e teve o julgamento adiado por duas vezes desde que o processo foi remetido à comarca de Belo Horizonte. O júri popular havia sido marcado para 17 de janeiro e 15 de maio, mas foi desmarcado.

O primeiro adiamento aconteceu porque o juiz da Comarca de Jequitinhonha, onde inicialmente ocorreria o julgamento, enviou o processo para Belo Horizonte antes que a defesa dos réus indicasse testemunhas a serem ouvidas na ocasião.

E no segundo caso, o juiz Glauco Soares justificou o adiamento em razão de um pedido da defesa para que fossem ouvidas cerca de 60 testemunhas que ainda não haviam sido inquiridas pelo juiz de Jequitinhonha.

Segundo Silvio Netto, os adiamentos são tentativas claras da defesa do fazendeiro Adriano Chafik de protelar o julgamento. "Não temos dúvidas de que foram manobras com intenção de protelar a condenação já que as provas são evidentes e o assassino já deveria estar na cadeia. Entretanto, o poder judiciário foi vulnerável e conivente com os adiamentos".

Com informações do Portal Minas Livre, via Blog do Jequi.

28 municípios do Vale do Jequitinhonha recebem moto-niveladoras e pás-carregadeiras do PAC 2 do Governo Federal

Agricultores mineiros devem contratar R$ 3 bi pelo Plano Safra e Plano Safra Semiárido
127 máquinas são doadas aos municípios para atuarem na zona rural junto aos agricultores familiares

O Governo Federal anunciou, nesta terça-feira (30.07), em Belo Horizonte (MG), investimentos da União na agricultura familiar para a safra 2013/2014. Os 112 municípios situados no semiárido poderão acessar recursos do Plano Safra Semiárido, que destinou R$ 7 bilhões, com condições especiais de financiamento baseadas na condição econômica da região, que abrange nove estados brasileiros. Os demais municípios terão disponível parte dos R$ 21 bilhões em crédito para todo o País por meio do Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014. 
O anúncio foi feito pelo secretário da Agricultura Familiar do MDA, Valter Bianchini, que representou o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, no evento, que contou com a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. A cerimônia incluiu ainda a entrega de 127 máquinas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) a prefeituras do estado.
De acordo com o histórico dos financiamentos feitos em outras safras pelos agricultores familiares mineiros, o governo federal prevê que o estado contrate R$ 3 bilhões na safra 2013/2014 por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Além disso, os agricultores familiares poderão acessar outras políticas do governo, como assistência técnica e extensão rural, programas de comercialização e seguros agrícolas.  “Nos últimos dez anos do Plano Safra, nós aplicamos aproximadamente R$ 100 bilhões no meio rural brasileiro, metade desses recursos foram para ações estruturantes”, afirmou Bianchini.
O Plano Safra promove o desenvolvimento rural, produção de alimentos e geração de renda há 10 anos. Os investimentos crescem a cada safra. Para se mensurar essa evolução, desde 2003 até hoje, a quantidade de recursos destinada ao Pronaf, a principal política do governo federal no Plano Safra, subiu mais de 400%. E, a presidenta Dilma Roussef tem assegurado, reiteradamente, que os valores serão ampliados caso os agricultores familiares financiem mais do que os recursos previstos inicialmente.
“Ao pensar que no início, no primeiro Plano Safra, tínhamos R$ 200 milhões dos quais só conseguimos gastar R$ 100 milhões. E hoje chegamos a R$ 39 bilhões, sendo R$ 21 bilhões para crédito. Isso mostra o salto, não só em quantidade, mas em qualidade das políticas públicas para a agricultura familiar”, analisou o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado de Minas Gerais (FETAEMG), Vilson Luiz da Silva. 
Prefeito Thiago Pimenta, de Angelândia, no Alto Jequitinhonha, discursa, representando os prefeitos presentes à cerimônia.
O prefeito Thiago Pimenta, de Angelândia, no Alto Jequitinhonha, representando os prefeitos presentes, enfatizou a importância do investimento na agricultura familiar como fomento para produção agricola, e destacou ainda que a estruturação através de equipamentos e maquinários promove um melhor escoamento da produção, gerando renda e beneficios ao homem do campo.
“As ações do Plano Safra Semiárido vão inserir os agricultores familiares em uma possibilidade melhor. As medidas vão mitigar os efeitos da estiagem, seja por meio do crédito com juros diferenciados ou da distribuição volumosa de alimentos para os animais da região”, explica o delegado federal do MDA no estado, Alcides Guedes Filho, ao citar algumas das ações previstas no Plano.
Semiárido
Minas Gerais tem 112 municípios localizados no Semiárido, que serão beneficiados pelas ações estruturantes para convivência com a estiagem prevista no Plano Safra da região. O que inclui sistemas produtivos com reserva de água, sistemas produtivos e de armazenagem para alimentação animal, diversificação e agregação de valor à produção e sistemas de irrigação. Além disso, as taxas de juros para crédito rural para estas localidades terão condições especiais, variando de 1% a 3% para operações de custeio e entre 1% e 1,5% em caso de investimento.
Recorde
Os contratos feitos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para safra 2012/2013 somaram R$ 19,2 bilhões. O valor é 6,7% maior do que a estimativa inicial do governo federal, que era de R$ 18 bilhões. É a primeira vez da história do programa, criado em 2003, que o volume financiado é superior ao crédito anunciado.
Para esta safra, o governo federal, por meio Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), vai oferecer R$ 21 bilhões em crédito para os agricultores familiares de todo o país. Mas, é importante reforçar que a presidenta Dilma Rousseff já garantiu que, caso todo o montante seja contratado, será liberado mais recursos.
PAC 2
As 127 máquinas doadas pelo governo federal – 50 retroescavadeiras, 55 motoniveladoras e 22 pás carregadeiras – reforçarão a estrutura das prefeituras para atender a população rural. Os equipamentos serão importantes na construção e recuperação de estradas vicinais, facilitando o escoamento da produção, bem como a circulação de bens, produtos e pessoas. Além disso, serão uteis para amenizar os impactos da estiagem, com a abertura de barragens e a construção de açudes para armazenamento de água.
Até o momento, já foram investidos cerca de R$ 124 milhões no estado de Minas Gerais, na doação de 580 máquinas. Ao todo, 792 municípios mineiros serão beneficiados com a entrega de equipamentos. O investimento previsto é de mais de R$ 683 bilhões. A ação ajudará na melhoria da qualidade de vida de aproximadamente 2,5 milhões de habitantes da zona rural, sendo 395 mil agricultores familiares.
Confira os municípios do Vale do Jequitinhonha, Mucuri e norte de Minas que receberam as máquinas:
Motoniveladoras
Angelândia 
Bandeira 
Bocaiuva 
Botumirim 
Brasilia de Minas 
Buritizeiro 
Campo Azul 
Carbonita 
Catuti 
Chapada Gaúcha 
Claro dos Poções 
Coração De Jesus 
Crisolita 
Cristalia 
Diamantina 
Divisa Alegre 

Dom Bosco 
Engenheiro Navarro 
Francisco Dumont 
Franciscopolis 
Gameleiras 
Guaraciama 
Ibiracatu 
Indaiabira 
Itacambira 
Itacarambi 
Itamarandiba Itambacuri 
José Gonçalves de Minas 
Josenópolis 
Juvenília 
Leme do Prado 
Mamonas 
Mata Verde 
Miravânia 
Monte Formoso Natalândia 
Novorizonte 
Olhos-d'agua
 
Padre Carvalho Pai Pedro 
Patis 
Pintopolis 
Salto da Divisa 
Santa Cruz de Salinas
 
Santa Fe de Minas 
Santa Maria do Salto 
Santo Antonio do Retiro 
São Romão 
Serranopolis de Minas 
Turmalina 
Urucuia 
Vargem Grande do Rio Pardo
Pás-carregadeiras: 
Capitão Enéas 
Catuti 
Chapada Gaucha 
Comercinho 
Francisco Sá 
Fruta de Leite 
Gameleiras 
Grão Mogol 
Indaiabira 

Janaúba 
Jenipapo de Minas 
Jequitaí 
Lagoa dos Patos 
Mato Verde 
Monte Azul 
Nova Porteirinha 
Padre Carvalho Pai Pedro 
Patis 
São Francisco 
São João do Pacuí 
Verdelândia
Fonte: MDA  - mda.gov.br/máquinas   e mda.gov.br/Plano Safra e Portal Aranãs

1,6 milhão de famílias abrem mão do benefício do Bolsa Família

Famílias beneficiadas declararam voluntariamente que ultrapassaram a renda limite de R$ 140 por pessoa

Dados fornecidos pelo ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome mostram que 1,69 milhão de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família deixaram espontaneamente o programa, declarando que sua renda já ultrapassava o limite de R$ 140 por pessoa. Estas famílias representam 12% de um total de 13,8 milhões de famílias atendidas. Os dados abrangem todo o período de existência do Bolsa Família, entre outubro de 2003 e fevereiro de 2013.
Os dados do ministério contrariam a alegação dos críticos do Bolsa Família de que o programa de transferência de renda estimularia os beneficiados a não procurar emprego e melhores condições de vida.
De acordo com o secretário de Renda e Cidadania, Luís Henrique Paiva, estas famílias declararam ultrapassar a renda limite na atualização cadastral, realizada pelas prefeituras a cada dois anos. Por sua vez, a fiscalização excluiu 483 mil beneficiários flagrados com renda superior a permitida pelo programa.
Mãe de cinco filhos, a diarista Selma Patrícia da Silva, de 42 anos, é uma das beneficiadas que deixaram espontaneamente o Bolsa Família após melhorar sua condição de vida. Na época em que fazia bicos como doméstica, e o marido com pedreiro, Selma era beneficiária do Auxílio Gás, Bolsa Escola e Bolsa Família. Depois de construir a sua casa, a diarista decidiu devolver o cartão que garantia o benefício.
“Pensei assim: da mesma forma que serviu para os meus filhos, vai ajudar outras pessoas. Acho muita covardia a pessoa não necessitar e ficar recebendo. Entreguei o cartão na mão da primeira-dama (do município), que começou a chorar”, disse Selma em entrevista ao jornal O Globo.
Hoje, Selma, de Formosa (GO), trabalha como faxineira, fez cursos de artesanato e manicure nos últimos anos e costura bonecas e adereços de pano, vendidos em feiras na vizinhança.
Fonte: Site da revista Fórum -Com informações do jornal O Globo.

Angelândia realiza Conferência de Assistência Social com participação de Sub-secretária do Estado


juanita

Maria Juanita Godinho Pimenta - Assistente social formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais–PUC/MG; Especialista em Planejamento e Administração de Projetos Sociais; Subsecretária de Assistência Social da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social – SEDESE, e Presidente do Conselho Estadual de Assistência Social – CEAS/MG.
Foi realizado nesta segunda-feira (29/07), a VI conferência Municipal de Assistência Social do município de Angelândia, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais.
O tema foi “A gestão e o financiamento na efetivação do SUAS”  e teve como palestrante convidada  a subsecretária de Estado de Assistência Social, Maria Juanita Godinho Pimenta.
Segundo a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Angelândia, o objetivo é o de analisar, propor e deliberar as propostas – com base na avaliação local e nas diretrizes para a gestão e financiamento do SUAS no município –, reconhecendo a co-responsabilidade de cada ente federado (Município, Estado e União).
A abertura foi realizada com a execução do Hino Nacional Brasileiro, interpretado por Simony Vieira. A solenidade contou com a presença do vice-prefeito Josué Gomes Pena (Zuzu) que representava o Prefeito Thiago Pimenta que se encontrava em Viagem, Maria Vani Araújo, secretária de Assistência Social da Prefeitura de Angelândia, Christierlei presidente do CMAS – Conselho Municipal de Assistência Social e Maria Juanita Godinho Pimenta, subsecretária de Estado de Assistência Social dentre outras autoridades locais.
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De acordo com a secretária de Assistência Social, Maria Vani Araújo [foto], a conferência é organizada pelo Conselho Municipal de Assistência Social com participação da secretaria. “A conferência é para nós ouvirmos das pessoas o que elas querem para nosso planejamento.
A partir das propostas nós traçamos as metas do Município e as enviamos para a etapa estadual”, disse Maria Vani, ressaltando a importância da participação popular no evento.
Depois da leitura e aprovação do Regimento Interno, foi proferida a palestra “A Gestão e o Financiamento na Efetivação do SUAS”, pela subsecretária de Estado de Assistência Social, Maria Juanita Godinho Pimenta.
4Juanita {foto} explanou os temas deste ano, discutindo os seis eixos temáticos, que são: “O co-financiamento obrigatório da Assistência Social”, “Gestão do SUAS: vigilância sócio-assistencial, processos de planejamento, monitoramento e avaliação”, “Gestão do trabalho”, “Gestão dos serviços, programas e projetos”, “Gestão dos benefícios no SUAS” e “Regionalização”.
A conferência reuniu diversos setores da sociedade angelandense, tornando o espaço livre para opiniões, sugestões e construção coletiva de propostas que beneficiem o sistema de assistência social.
Após as discussões foram apresentadas, debatidas e definidas as propostas de Angelândia para a conferência estadual, que deve ser realizada em Belo Horizonte até 18 de outubro.
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No final do evento foram eleitos os delegados que vão representar o município na Conferência Estadual.
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Maria Vani Araújo (Secretária de Assistência Social da Prefeitura de Angelândia), Maria Juanita Godinho Pimenta ( subsecretária de Estado de Assistência Social ) e Maria Cleonice Mendes (Chefe de Departamento de Assistência Social da Prefeitura de Angelândia)
Fonte: Portal Aranãs

Equipes do Vale disputam primeira partida dos Jogos Escolares, na fase final

Equipes de futsal feminino de Capelinha goleiam suas adversárias
Futsal masculino de Itaobim empata
Equipes de Araçuaí e Jequitinhonha perdem seu primeiro jogo

As equipes esportivas das escolas do Vale do Jequitinhonha começaram bem o primeiro dia de disputa da fase final dos JEMG – Jogos Escolares de Minas Gerais, etapa estadual, disputada em Poços de Caldas, no sul de Minas.

As duas equipes de futsal feminino da Escola Estadual Rosarinha Pimentinha de Capelinha, no Alto Jequitinhonha, venceram suas adversárias, nesta terça-feira. E de goleada. 
O módulo I, de 12 a 14 anos, venceu a equipe de  São Miguel do Anta, por 4 x 1. Hoje, às 9:20 horas, as meninas de Capelinha enfrentam o time de Cambuí, do sul de Minas. Nesta chave há ainda a forte equipe de Governador Valadares. 
A equipe do módulo II, de 15 a 17 anos, ganhou de 6 x 1 do time de Brasópolis. Nesta chave, há mais duas equipes, de Caratinga e São Miguel do Anta.  Às 14:50 horas desta quarta, o time de Capelinha enfrenta a equipe de Caratinga.

No futsal masculino, a equipe da Escola Estadual Irmãos Fernandes, de Itaobim, no Médio Jequitinhonha, empatou em 6 x 6 com a equipe que representa Passos, do sul de Minas.  Às 14:40 horas, Itaobim enfrenta a equipe de Uberlândia. Nesta chave, há também a equipe de Ouro Branco.

No voleibol feminino, módulo I, o Colégio Nazareth, de Araçuaí, foi derrotada pelo forte time de Uberlândia, por 2 x 0. Nesta chave, há mais um concorrente, uma equipe de São Francisco, do norte de Minas. Não haverá jogo hoje.

No handebol masculino, módulo II, a equipe da Escola Estadual São Miguel, de Jequitinhonha, perdeu para a equipe da cidade de Santa Vitória, por 18 x 13. Hoje, a equipe do Jequitinhonha enfrenta, às 9 horas, o Colégio Magnum, de Belo Horizonte. Nesta chave há também a equipe do Colégio Pioneiro de Montes Claros.

Nesta primeira fase, são disputados três jogos, na terça, quarta e quinta-feira. Vão para a semi-final, na sexta-feira, o primeiro e o segundo colocado de cada chave. Há duas chaves:  A e B.  O primeiro de uma chave joga contra o segundo da outra. Os vencedores dos jogos da semi-final disputam a final, no sábado. Os perdedores disputam o terceiro lugar.

Tragédia em Jenipapo de Minas: acidente com caminhão mata dois e deixa outro ferido

O grave acidente aconteceu na Vila São José, próximo à cidade de Jenipapo de Minas.


Um gravíssimo acidente com um caminhão da empresa Rações Real, de Minas Novas, por volta das 09:30 horas da manhã desta terça-feira (30/07), na comunidade de Vila São José, Jenipapo de Minas, no Médio  Jequitinhonha, no nordeste de Minas, matou duas pessoas e deixou outra ferida.


O motorista do caminhão Alexandre Vieira (Xandy) e o ajudante de nome Fernando morreram na hora. Eles eram moradores de Minas Novas. outro ajudante, Michel Mathaus Evangelista (23 anos), foi socorrido pela equipe médica da cidade de Jenipapo de Minas, e  encaminhado para a cidade de Araçuaí, onde encontra-se internado. O médico responsável pelo atendimento afirmou que o mesmo está estável, sem risco de morte. O mesmo sofreu fratura nas duas pernas e tem a suspeita de ter fraturado uma costela. Seguirá internado para observações médicas.


A provável causa do acidente, segundo moradores da vila São José, é que o caminhão teria perdido o freio, pois testemunhas afirmaram que o caminhão “pulou” dois quebra molas, tombando logo em seguida a uma curva à esquerda. O caminhão havia passado por revisão recentemente e não apresentava nenhum problema, segundo o dono da empresa.






O Blog do Jequi atualizará a postagem assim que houver maiores informações.

*O Blog do Jequi se solidariza com as famílias das vítimas, e com profundo sentimento, lamenta pelo ocorrido.

Fonte: Blog  do Jequi, de Minas Novas, por Bernardo Vieira


terça-feira, 30 de julho de 2013

Manifestantes bloqueiam MG-120, próximo a Riacho dos Machados, no norte de Minas

Eles cobram a conclusão do asfaltamento que começou há oito meses.

Interdição começou nesta segunda e permanece fechada nesta terça-feira.

Do G1 Grande Minas

Manifestante bloquearam a estrada MGC-120 (Foto: Divulgação)Manifestante bloquearam a estrada MGC-120 (Foto: Divulgação)
Moradores da região da MGC-120, estrada que liga Porteirinha a Riacho dos Machados, cidades do Norte de Minas Gerais, realizam uma manifestação, interditando a estrada nos dois sentidos. Eles cobram a conclusão das obras de asfaltamento, que foi iniciada há oito meses.
Segundo informações da Polícia Militar, a interdição começou nesta segunda-feira (29), e permanece fechada nesta terça-feira (30.07). Ainda segundo a polícia, apenas ambulâncias e viaturas passam pelo portesto.
A polícia informou também que cerca de 200 moradores fecharam a estrada e fazem uma operação tapa buracos. Os manifestantes afirma que vão permanecer no local, até que recebam um parecer oficial das autoridades competentes pela obra.
O trânsito é intenso e segue lento no local.

ANATEL fecha duas rádios comunitárias em Itamarandiba

Rádios comunitárias não eram credenciadas pela ANATEL

"Piratas são eles que estão atrás do ouro"


A Anatel realizou na terça-feira (23.07) uma fiscalização de rotina onde duas rádios (Rádios 
Interativa FM 102,9 e Stereosom FM 98,5) foram fechadas, na cidade de Itamarandiba, no Alto 
Jequitinhonha, nordeste de Minas,  por agentes da Anatel acompanhados por Policiais Militar 
e Civil. Todos os aparelhos das emissoras de raiodifusão foram apreendidos. Ninguém foi preso, 
mas os responsáveis foram notificados e responderão a processo administrativo da Anatel.

Segundo informações, a potência dos transmissores era alta o suficiente para interferir na 
comunicação entre aeronaves e também em outros canais autorizados. O sinal atingia toda 
a cidade e parte da zona rural do município.

Atualmente a rádio Comunitária Millenium FM 87,9 é a única que possui a autorização do 
Ministério das Comunicações para realizar o serviço de Radiodifusão na cidade. 

Vale ressaltar que a Anatel possui gravações com a programação das rádios fechadas. 
Segundo informações,  todos os comerciantes ou anunciantes que colaboraram com a rádio 
poderão ser notificados.

Fonte: Itamarandiba Hoje  

Comentário do Blog:
Este minifúndio da comunicação sempre defendeu as rádios comunitárias. Quem denuncia 
as rádios que prestam serviços às comunidades têm interesse em exploração comercial. 
Crime é fechar meios de comunicação que contribuem para o desenvolvimento local. 

No final de 2012, a Polícia Federal fechou rádios comunitárias em Carbonita. Em maio de 2011, 
foram fechadas 5 rádios na região de Virgem da Lapa e Araçuaí, no Médio Jequitinhonha.

Este Blog publicou um protesto.

Minas tem a 3ª economia nacional, mas está em 9º lugar no Desenvolvimento Humano

Minas fica em 5º lugar em longevidade, 9º em educação e 11º em renda. É o pior Estado da região Sudeste. 
Dos cem municípios brasileiros com maior desenvolvimento humano Minas se apresenta apenas com Nova Lima em 17º, Belo Horizonte em 20º e Itajubá em 85º lugar.
Os 45 municípios com piores índices de desenvolvimento humano da região Sudeste estão no Vale do Jequitinhonha, Mucuri e norte de Minas.
O Relatório divulgado nesta segunda-feira (29.07) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) e Fundação João Pinheiro (FJP), mostra que Minas Gerais alcançou alguns avanços na última década no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), mas está muito aquém do que imaginam muitos representantes políticos. 
Os dados divulgados mostram que Minas caiu do 8º lugar no IDHM, em 2000, no ranking  entre os Estados brasileiros, para o 9ª lugar, sendo passado por Goiás. Além disso, o Estado de Minas Gerais tem a pior colocação entre os Estados da região sudeste, estando atrás também de todos os Estados do Sul, do Distrito Federal, de Goiás e Espírito Santo.
Das cem cidades em melhor colocação no índice de desenvolvimento humano, Minas se apresenta com Nova Lima, na Grande BH, em 17º, Belo Horizonte em 20º e Itajubá, no sul de minas, em 85º lugar.
Embora seja a terceira economia do país, disputando o 2º lugar com o Rio de Janeiro, Minas amarga 0 9º lugar no IDHM. Esta posição se dá devido ao jeito mineiro ao 5º lugar em longevidade. Senão, seria ainda pior. No quesito renda, Minas ocupa a 11ª  posição. Na área de educação, o Estado ficou em 9º lugar.
Em relação ao último relatório, divulgado em 2000, o IDHM de Minas saltou 17%, de 0,624 para 0,731, passando da classificação de médio desenvolvimento para alto desenvolvimento. na comparação com 1991, quando o  índice mineiro era de 0,478, o salto foi de 52,9%.

Apesar de registrar o maior avanço nos três itens avaliados no levantamento divulgado ontem, a educação se manteve a mais baixa entre os indicadores, com 0,638. Em 2000, o indicador era 0,470.
 “A educação foi a dimensão em que tivemos o melhor desempenho, mas teremos que acelerar para recuperar o que ficou para trás. Tivemos uma melhoria de 36%, mas ainda existem grandes desafios em relação a uma parcela da população que nós precisamos colocar dentro dos sistemas de ensino”, avalia André Barrence, diretor do escritório de Prioridades Estratégicas do governo de Minas. 
Já a expectativa de vida no estado foi avaliada em 0,838 ante 0,759 em 2000, e a renda da população mineira saltou de 0,680 há 10 anos para 0,730.

Entre os 853 municípios mineiros, Nova Lima teve o melhor desempenho no IDHM, com índice de 0,813, e ficou na 17ª posição do ranking nacional. Segundo avaliação dos pesquisadores, a explicação para o melhoria de Nova Lima – passou da 13º posição em 2000, para a 1º – está ligada ao crescimento das atividades econômicas e do surgimento de novos condomínios fechados, o que contribuiu para aumento da arrecadação e geração de renda. A capital mineira ficou na segunda posição, com índice de 0,810, e na 20º colocação no ranking nacional.


O pior município da região sudeste está no norte de Minas: São João do Pacuí com 0,529.
O que é o IDHM
Criado em 1998, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) ajusta a metodologia do PNUD (aplicável a países) para a realidade dos estados e municípios brasileiros, tendo em vista a disponibilidade de dados estatísticos e procurando também refletir as especificidades e desafios regionais na busca pelo desenvolvimento humano. As dimensões analisadas no IDH Municipal são as mesmas do IDH Global: educação, expectativa de vida (longevidade) e renda.
 “Em dez anos, tivemos um resultado muito positivo. Deixamos de ter qualquer município com índice muito baixo e passamos a ter apenas 8% dos municípios com índice baixo. Os demais 92% dos municípios mineiros passaram de um índice médio para alto ou muito alto na escala”, complementa o diretor-presidente do Escritório de Prioridades Estratégicas do Governo de Minas.
A tabela a seguir mostra as faixas de desenvolvimento humano municipal definidas pela FJP e IPEA e validadas pelo PNUD.
Minas sobe do patamar de médio para alto desenvolvimento humano
Os estudos realizados pela Fundação João Pinheiro e validados pelo IPEA e pelo Pnud, tomou como base o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, como também os de 1991 e 2000. 
Os índices calculados revelam que Minas Gerais alcançou, ao longo dos anos, uma melhora contínua e consistente em todas as dimensões do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).  Pelos parâmetros utilizados, em 1991 o IDH Municipal do Estado era de 0,478, considerado Muito Baixo Desenvolvimento Humano. Em 2000, o índice subiu para 0,624, na faixa considerada Médio Desenvolvimento Humano.
Já em 2010, o Estado atingiu o patamar de Alto Desenvolvimento Humano, com índice de 0,731, acima da média nacional de 0,727 e ocupando o 9º lugar no ranking geral dos estados brasileiros. “Trata-se de uma posição relevante, se levarmos em conta que Minas é um dos maiores e mais populosos estados brasileiros, além de ser marcado por uma histórica desigualdade social e regional”, afirma Marilena Chaves, presidente da Fundação João Pinheiro (FJP).
O quadro a seguir mostra a evolução do IDH Municipal (IDHM), por faixa de desenvolvimento e por estado, desde 1991:
Índice de longevidade de Minas é o quinto maior do país
O avanço geral do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Minas Gerais ocorreu em função das significativas melhoras registradas em todas as dimensões que estruturam o indicador das Nações Unidas.
Na dimensão Longevidade do IDHM, que considera a expectativa de vida ao nascer das pessoas, o índice mineiro subiu de 0,759, considerado IDHM Alto, para 0,838, o quinto maior índice do Brasil e já no patamar de IDH Municipal considerado Muito Alto. Em 2010, Minas Gerais melhorou sua posição no ranking nacional desse quesito, subindo da 7ª colocação para a 5ª (superou Espírito Santo e Goiás).
De acordo com especialistas da Fundação João Pinheiro (FJP), a melhoria significativa da colocação de Minas Gerais na dimensão longevidade do IDH Municipal pode ser explicada, sobretudo, pelo fato de 70% dos municípios do Estado terem alcançado as metas do milênio nessa área antes do prazo estabelecido pelas Nações Unidas (2015), registrando significativas quedas na mortalidade infantil. A queda da taxa de fecundidade da população mineira no período também contribuiu para este avanço.
IDH Municipal da Educação de Minas cresceu 36% na última década, abaixo da média nacional
Minas Gerais também obteve um salto muito significativo entre 2000 e 2010 na dimensão Educação do IDH Municipal. O Estado saiu de um índice de 0,470 para 0,638. A elevação de 0,168 pontos no IDHM-Educação do Estado significou uma melhora de aproximadamente 36% no período. 
De acordo com a pesquisa, o IDHM-Educação de Minas em 2010 alcançou um patamar um pouco acima da média nacional de 0,637 e foi superior também aos índices de dois terços dos Estados brasileiros.
O crescimento médio na educação, no Brasil, cresceu de 0,456 para 0,637, ou 39,7%. Ou seja, Minas creceu menos do que a média nacional, na área da educação.

Minas Gerais ficou em 9º lugar no quesito educação,entre os estados brasileiros.
Importante ressaltar que o cálculo do IDHM-Educação é composto de duas variáveis: os subíndices escolaridade e frequência. Minas avançou nestes dois quesitos no período de 2000 a 2010: subiu 39,7% em escolaridade e 33,7% em frequência. O índice IDH não mede os avanços na qualidade do ensino, que vem sendo constatados em outros índices como o Ideb
IDHM-Renda de Minas melhorou, mas apresenta municípios do Vale do Jequitinhonha e norte como os piores do país.
Minas Gerais também obteve um importante avanço na dimensão renda do IDH Municipal entre 2000 e 2010. Neste período, o IDHM-Renda do Estado subiu do índice de 0,680, considerado médio desenvolvimento, para 0,730, considerado alto desenvolvimento. A variação foi de 0,050 pontos, configurando uma melhora de 7,4% neste quesito na última década. O aumento de renda, no país, foi de 6,8%.
Na última década, o total de municípios com alto IDHM na dimensão renda subiu de 36 para 166, um aumento superior a 360%. Neste quesito, Minas posiciona-se no 11º no ranking geral dos estados brasileiros.

A Região Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santos) apresenta ao todo 447 municípios, ou 26,8% deles, entre os mais altos IDHM Renda do país. 
Outros 507 municípios, ou 30,4%, estão no segundo quinto dos maiores IDHM Renda do Brasil. É possível observar que boa parte desses municípios estão localizados no Estado de São Paulo, no Triângulo Mineiro, em alguns municípios do Estado do Rio de Janeiro e também na região central do Estado do Espírito Santo.

Em contrapartida, 45 municípios do Sudeste brasileiro estão entre os piores IDHM Renda do país. Eles estão localizados na porção Norte do Estado de Minas Gerais e nas regiões dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, afirma o documento do IPEA.

Os maiores IDHM Renda da região Sudeste correspondem aos mesmos municípios que possuem o maior IDHM Renda no país: São Caetano do Sul (SP) (0,891), Niterói (RJ) (0,887), Vitória (ES) (0,876) e Santana de Parnaíba (SP) (0,876).

IDHM de Minas Gerais por dimensões
O quadro a seguir resume a evolução de Minas Gerais nas três dimensões que compõem o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) das Nações Unidas:
Destaque-se que, dentre as dimensões que compõem o IDHM, o IDHM-Educação foi o que mais cresceu em Minas Gerais em 2010 na comparação com 2000. Enquanto o IDHM-Longevidade cresceu 10% e o IDHM-Renda subiu 7%, o IDHM-Educação aumentou cerca de 36%.
Mais de 90% dos municípios mineiros têm médio ou alto IDHM
Os avanços alcançados por Minas Gerais entre 2000 e 2010 no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal se tornam mais evidentes quando se compara o número de municípios que subiu de patamar no período.  A pesquisa mostra que:
- Em 2000, Minas tinha 213 municípios com IDH Municipal Muito Baixo. Em 2010, não há nenhum município nessa classificação.
- Em 2000 Minas tinha 425 municípios com IDHM Baixo. Em 2010 são 73, isto é, uma redução de 82,8%.
- Em 2000 Minas tinha 210 municípios com IDHM Médio. Em 2010 são 551, isto é, um aumento de 162,4%.
Em 2000 Minas tinha 5 municípios com IDHM Alto. Em 2010 são 227, isto é, a quantidade de municípios mineiros com IDHM Alto aumentou 45 vezes (ou 4.440%).
- Em 2010, 91,4% dos 853 municípios mineiros estão entre as faixas de Médio e Alto Desenvolvimento Humano.
Além de avançar do patamar médio para alto desenvolvimento, a diferença entre o maior e o menor IDHM de Minas foi significativamente reduzida. Em 2000, o município com a melhor posição no ranking tinha um resultado 116% maior do que o município com o pior resultado (Belo Horizonte – 0,726 / Bonito de Minas – 0,336).

Em 2010, a diferença entre o melhor e o pior resultado caiu de 116% para 54% ( Nova Lima – 0,813 / São João das Missões – 0,529). Isso demonstra que o estado vem evoluindo com ótimos resultados na redução das desigualdades regionais.

Minas continua tendo grandes desigualdades regionais. Enquanto os municípios da região central, em volta de BH, tem grandes investimentos em todas as áreas, o Vale do Jequitinhonha quase não há investimentos, nem do governo estadual ou federal, nem de empresários. A região é relegada ao último plano.
No mapa de Minas Gerais, as regiões norte e nordeste são marcadas por grandes manchas de vermelho, mostrando os baixos índices de desenvolvimento regional. 
O quadro a seguir mostra o número e o percentual de municípios de Minas Gerais, por faixa de desenvolvimento humano, em cada um dos três períodos analisados:

Um dos indicadores da melhoria do desenvolvimento humano dos municípios mineiros e brasileiros são os programas sociais do governo federal que atendem todos os municípios do país. O Programa Bolsa Família é o principal deles. Os programas educacionais propiciaram os índices quantitativos na educação. Os programas de saneamento e saúde participaram das ações de prevenção e no tratamento de doenças, contribuindo com o aumento da longevidade.

Grande parte das informações acima são do IPEA, Agência Minas e Estado de Minas

Ainda nesta semana, o Blog publicará dados e análises do IDHM dos municípios do Vale do Jequitinhonha e  norte de Minas.