segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cruzeiro e Atlético vencem na estréia do Mineiro

Cruzeiro e Atlético vencem na estréia do Mineiro
América de Teófilo Otoni estréia hoje em Valadares

Diego Renan comemora gol marcado contra a Caldense

O Cruzeiro venceu a Caldense, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, por 3 x 0, neste domingo, 30.01, na estréia do Campeonato Mineiro de 2011. Welington Paulista, de pênalti, Dudu e Diego Renan marcaram para o Cruzeiro.

O Cruzeiro só marcou no segundo tempo. Aos 19 minutos, Thiago Ribeiro invadiu a área e foi ao chão. O árbitro Cleisson Veloso Pereira marcou pênalti e Wellington Paulista não perdoou: 1 a 0 para o Cruzeiro. Diego Renan fez 2 x 0, aos 22 minutos.

O garoto Dudu, que tinha acabado de entrar, no final do jogo, aproveitou rebote de Glaysson para o meio da área e bateu consciente, chegando de trás: 3 a 0 para o Cruzeiro.

Na próxima rodada, o time celeste vai encarar o Villa Nova, em Nova Lima, no domingo. A Caldense receberá o América, em Poços de Caldas, já na quarta-feira.

O Atlético Mineiro também venceu na estréia do Mineiro deste ano. A vitória foi de virada sobre o Funorte, no Estádio Cassimiro de Abreu, em Montes Claros. O Funorte abriu o placar com Stanley, aos 29 do primeiro tempo. O Atlético empatou com Magno Alves, ao 8 minutos do segundo tempo e virou com Diego Tardeli, de pênalti, aos 34 minutos. A penalidade máxima foi muito contestada pelos jogadores montesclarenses.

Na segunda rodada do Campeonato Mineiro, O Atlético terá como adversário o Tupi, de Juiz de Fora, no próximo domingo, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. A partida está marcada para, às 17 horas.

O América de Teófilo Otoni quer fazer bonito no Campeonato Mineiro de 2011. Não quer saber de lutar apenas para não ser rebaixado. Quer ficar entre os quatro finalistas do torneio.

O técnico Gilmar Francisco está muito otimista. Ele estréia hoje, contra seu ex-time, o Democrata de Governador Valadares, no leste de Minas. O jogo será às 20:30 horas.

Ícaros do Vale: "A RUA É O NOSSO PALCO"

ÍCAROS DO VALE - COMPANHIA DE TEATRO de ARAÇUAÍ
"A RUA É O NOSSO PALCO"

Fundado no dia 12 de novembro de 1996, o "Ícaros do Vale" - Companhia de Teatro - é composto por jovens que vem se apresentando com ótimos trabalhos marcados pelo modo diferente de fazer teatro.

Em 1997, foi realizado o primeiro espetáculo - "A filha que bateu na mãe, sexta-feira da paixão e virou cachorra" - e, com ele, a divulgação do trabalho e o início de uma grande caminhada.

Em 1998, veio a peça "Os Olhos Mansos" e os prêmios de melhor espetáculo de rua, melhor atriz, melhor atriz coadjuvante, atriz revelação e melhor direção na 15.ª Mostra de Teatro realizada na cidade de Pompéu-MG.

Em 2000, a primeira parceria e o amadurecimento de um trabalho bem montado, com "Causos" de Virgínia Chaves e trilha sonora do compositor Josino Medina: "No Caroço do Juá". Esta peça veio consolidar o Ícaros do Vale no cenário cultural do teatro mineiro.

Em fevereiro de 2001, o grupo foi convidado pelo Projeto Pró-Água para montar um espetáculo baseado no diagnóstico rápido-participativo realizado em 23 comunidades da bacia do rio Calhauzinho. Desse convite nasceu o espetáculo "De Mala e Cuia", que se apresentou em várias cidades do Vale do Jequitinhonha.

Em setembro de 2002, depois de brilhante participação no 21.º FESTIVALE na cidade de Pedra Azul-MG, o Ícaros do Vale foi a grande atração das comemorações da Semana da Pátria da cidade de Corinto-MG quando foi encenada em praça pública a peça "No Caroço do Juá", por indicação do radialista Tadeu Oliveira à Secretária Municipal de Educação de Corinto, a sra. Vera Pimenta.
O que caracteriza o grupo é a humildade e o talento destes jovens, a maioria de famílias pobres de Araçuaí. Eles são hoje um dos grupos teatrais mais importantes do Vale do Jequitinhonha, tornando referencial para outros grupos.

Preferem a rua ao palco porque, segundo os seus membros, o contato do público faz com que a troca de energia e calor humano os envolvam numa aura criativa e participativa. Cantando, dançando, sorrindo e fazendo sorrir, essa generosa gente que não poupa o contentamento, o gesto livre e doce que o Ícaros vai encarnando e levando pela rua afora o teatro a cumprir esta digna missão da arte.

Contatos:
Luciano Silveira: silveira-luciano@bol.com
R. Geraldo da Costa Almeida, 822
Planalto - Vila Magnólia - Araçuaí - MG - CEP: 39.600-000
Telefone:(33) 3731-3553

Fonte: http://www.cantaminas.com.br/icarosdovale.htm , de Capelinha

I FESTA – Festival de Teatro de Rua de Araçuaí

I FESTA – Festival de Teatro de Rua de Araçuaí
A Cia de Teatro Ícaros do Vale lança o I Festival de Teatro de Rua de Araçuaí. Será realizado no mês de outubro, entre os dias 7 e 12.

Serão realizadas atividades como apresentações teatrais, oficinas, palestras, debates e exposições de artesanato.

As inscrições estão abertas de 01 de fevereiro a 01 de março para todos os grupos interessados.

Informações:
Cia Ícaros do Vale , com Luciano Silveira
Rua Geraldo Costa Almeida, 822- Vila Planalto Magnólia
Araçuaí – MG
Fone: (33) 9139-2645 e (33) 3731-3553
luciano-silveira@bol.com.br

Deputado quer salário mínimo de R$ 600 em Minas

Deputado quer salário mínimo de R$ 600 em Minas
Rogério Correia (PT) acredita que o Estado cresce quando renda e consumo aumentam
O deputado estadual eleito Rogério Correia (PT) quer, pra Minas Gerais, um salário mínimo acima do que será definido para o país.

Segundo ele, o Estado é o segundo maior em arrecadação do Brasil e, por isso, poderia contemplar os trabalhadores.

“Quando a renda é ampliada, o consumo aumenta e o Estado cresce”, afirmou. Correia se mostrou confiante na possibilidade da aprovação da proposta. O valor desejado é de R$ 600. “Essa era uma bandeira do PSDB na campanha. Agora vamos ver se eles conseguem atender”.

O deputado ainda está acertando os últimos detalhes do projeto, que será apresentado na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira.

As Centrais Sindicais também cobram o aumento do valor do salário em Minas. O mínimo pretendido é de R$ 580.

Salário Mínimo paulista é maior
O piso salarial de São Paulo atualmente varia entre R$ 560 e R$ 580 dependendo da categoria do trabalhador.

O valor de R$ 600 havia sido proposto pelo então candidato à Presidência do PSDB, José Serra, para o salário mínimo nacional.

Segundo os representantes das centrais sindicais, caso o governo paulista aplique a esses valores um reajuste de 13,4% referentes à inflação e o crescimento do País em 2010, a menor faixa do piso paulista passaria para R$ 640. “Seria um bom piso”, afirmou o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto.

Fonte: Jornal Hoje em Dia

Patrus Ananias: do gabinete de ministro para o cartão de ponto

Patrus Ananias: do gabinete de ministro para o cartão de ponto
Ao atender o telefone na manhã da última terça-feira, o técnico de pesquisa da Assembléia Legislativa de Minas, Patrus Ananias, achou graça no diálogo que travou com o interlocutor.

- Eu queria falar com o Patrus.

- Pois não, é ele.

- Não, o Patrus Ananias, ministro.

- Mas é ele mesmo quem está falando! - respondeu o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, dando risada por causa da incredulidade do interlocutor, que esperava passar por pelo menos um assessor ou secretária antes de falar com ele.

Depois de seis anos à frente do ministério que respondeu pelo principal programa social do governo Lula, Patrus Ananias, 59 anos, está ainda mais acessível. Voltou ao cargo de onde estava licenciado desde o início da vida política, quando se candidatou e venceu a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte, em 92.

Desde dezembro, ele ocupa uma sala da Escola do Legislativo da Assembléia de Minas, onde bate o ponto como técnico de pesquisa da Casa.

Aguarda com ansiedade a publicação, nos próximos dias, de seu primeiro trabalho da retomada – um artigo sobre a ética, que será publicado nos Cadernos do Legislativo - e se prepara para voltar às salas de aula da PUC-Minas, onde lecionará introdução ao Direito para jovens recém-ingressados na faculdade.

'O poder e o dinheiro não me compram'.

A quem estranha o fato de voltar às origens depois de ter ocupado cargos importantes e administrado um orçamento de quase R$ 40 bilhões do governo federal, o ex-ministro Patrus Ananias se diz inspirado na obra de João do Rio e evoca o apreço pela dimensão das ruas, que classifica como "muito rica e bonita" e da qual diz ter sentido muita falta:

- Pode parecer uma certa arrogância, mas posso dizer a esta altura da minha vida, com muita humildade, que o poder e o dinheiro não me compram.

Sem gravata ou paletó, Patrus chega à repartição com a pasta de couro preta debaixo do braço.

Cumprimenta todos que aparecem no caminho. Sabe de cor a história do local de trabalho, onde ingressou por concurso público em 1982, como participante da primeira equipe multidisciplinar convocada para trabalhar no local. Por ter se licenciado por tanto tempo, não obteve promoção e, hoje, está submetido hierarquicamente a pessoas que entraram depois dele.

Ele queria se sentar ao lado de outros técnicos em pesquisa, mas a gerente- geral da escola, Ruth Schimitz de Castro, determinou a desativação de uma antiga sala de reuniões para ele ocupá-la.

Antes de aceitar o pedido do GLOBO de acompanhar um dia de seu trabalho, o político pediu ao repórter que solicitasse autorização à Presidência da Assembléia Legislativa. O presidente interino, deputado Doutor Viana (DEM), achou graça.

Do Blog de Fred William

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dona Luruca e o inventar a vida

Araçuaí: Dona Luruca e o inventar a vida

A região do Jequitinhonha submeteu-se a vários ciclos econômicos desde a sua colonização. No final do século XVIII, por força da extração do diamante e do ouro, chegou a ser, no Brasil, a mais importante área de atração de população.

No século seguinte, até as primeiras décadas dos novecentos, tornou-se área de imigração, quando a expansão da criação de gado trouxe mineiros de outras regiões: nordestinos, principalmente baianos, como a família de Maria da Conceição, a “Dona Luruca”, que chegou em Araçuaí no começo de 1940.


ARAÇUAÍ
Comunidade Baixa Quente
Mestra
Maria da Conceição

“Sou filha de baianos. Lembro de meu pai contar sobre os revoltosos, sobre Lampião. Ele tinha medo das coisa que acontecia lá no sertão da Bahia. Assim veio primeiro uns parente pra Minas, chegaram até Teófilo Otoni. Depois veio vindo procurando trabalho até chegar aqui na Baixa Quente. Meu pai chamava Zizuino Miguel da Silva e contava que ele e mais umas dez família acamparam aqui. Então ficaram. Os antigo tinha dado o nome do lugar de Bom Jesus de Aguada Nova, mas quando eu nasci sempre o povo chamou de Baixa Quente”.

É comum ouvir entre antigos moradores da região de Araçuaí, onde está situado o distrito em que mora Dona Luruca, historias sobre a Coluna Prestes e de Lampião andando pelos sertões do nordeste brasileiro. O povo tinha medo, mas também admiração pelos que chamavam de “revoltosos”. Lampião nasceu das contradições e dos conflitos da terra, da violência do campo imposta pelos coronéis latifundiários, por políticos corruptos e pelo clero aliado da aristocracia sertaneja. Virou um mito da cultura popular.

“No meu tempo de criança, saia zanzando pela aí, panhando lenha, zunindo passarim de bodoque, campeando os burros e a criação. Naquele tempo, a vila parecia não ser de ninguém, mas era de todo mundo, porque não havia cerca, as porta vivia aberta. Não tinha escola direito, então nos aprendia com os outro essas coisas do lugar, da natureza, das crença. Assim, mamona não podia queimar, porque Nossa Senhora fez óleo da mamona pra Jesus, dizia o pessoal. Minha mãe, que se chamava Marcionília Maria de Jesus, dizia que imbaúba não podia queima, porque, quando Nossa Senhora fugiu com Jesus, a imbaúba abriu a ela escondeu o filho lá dentro. Aprendemo também que toda planta é remédio, Hoje mudou muito. A gente planta, mas não dá mantimento. Essa mata que há por ai já foi maior, tinha muito pau, hoje o povo de fora estragou demais”.

A pecuária se consolidou, ao longo do tempo, nesse território, especializada na cria, na recria e no abete do gado. Este chegou pelos principais vales do rio Jequitinhonha e e seus afluentes. Em alguns trechos, o gado encontrava “salinas”, que constituíam importantes fontes para seu sustento, o que foi decisivo para a expansão de rebanhos na região. A pecuária concentrou o único meio de produção disponível: a terra. A ausência de políticas publicas capazes de assegurar aos camponeses uma maneira de viver digna e a falta de crédito, de energia elétrica, de escolas colocaram as pessoas nas mais primárias condições de subsistência. Restou ao sertanejo sua única riqueza: inventar.

“Meu pai criou os 14 filhos com a arte que aprendera com meus bisavós: trançar cipós que aqui tinha muito. Não tinha outro trabalho; a casa, muito cheia de filhos, fazer corda foi o que nos deu valença. Depois, o povo que mexia com gado precisava de muita corda. Meus irmão e eu sentava junto ao meu pai e lee foi ensinando como trança o imbira de caroá. Ensinou pra nós, ensinou pro povo todo de Baixa Quente.

Com o espaço do tempo, o serviço aumentou, fazia corda em quantidade grande; as pessoa vinha de Francisco Badaró, Virgem da Lapa, Jenipapo de Minas fazê encomenda; era como se fosse uma aldeia, todas as família trabalhava trançando o caroá; os homem trançava o embiruçu, que era mias bruto, tinha de tira com machado, mas as mulheres e crianças tinha oficio com a imbira de caroá. Uns também fazia chapéu, sela de montaria e coisas de couro que havia bastante.
Era muita faina, e sempre os homem saia pra vender o produto na região. Eles combinava tudo: segunda-feira nós saía às 4; não, ta bom de ir às 5 hora da manhã? E o preço? Combinava o preço e saia a tropa de burro carregada. Cada burro levava uns quarenta a cinqüenta quilo de corda. Nós criou com isso, criou nossa família. Hoje já sou avó”.

Na década de 1970, introduziu-se no Jequitinhonha o plantio em grande escala de eucalipto, medida adotada pelos governantes para atender às siderúrgicas no Vale do Aço. Em sua fase inicial, demandou grande quantidade de mão-de-obra para o preparo da terra e o plantio.


Apesar das vantagens econômicas iniciais, nos anos 80 acirraram-se os debates sobre os impactos ambientais da cultura. A monocultura do eucalipto e sua alta exigência hídrica comprometeram os bolsões de umidade na região.

Por outro lado, alteraram-se as relações sócias, principalmente nas estruturas agrárias e fundiárias, o que fez acentuar as disparidades sociais no Jequitinhonha, remetendo à critica e que, se houve alguma modernização benéfica, esta foi para os grandes proprietários.

“Hoje o povo anda tudo de carro, ônibus, acabou o transporte animal que era o que mais gastava as corda que nós fazia. Assim foi rareando os fregueses. Com a invenção das corda de plástico então acabou tudo. Panela de barro. Corda e fazedor de chapéu, que foi sustento de nós rodo na Baixa Quente, acabou. Tenho saudade daquele tempo.

Naquela época todo mundo trabalha junto. Isso era bom. A gente tinha certeza, a carestia era pouca. Comprei muito quarto de rapadura por 200 réis, com pouco dinheiro se fazia uma feira grande. Hoje tem coisas boas que é a luz, tem condução, tem água na torneira, tem filho nosso que hoje é professor, tem até advogado. Esta terra onde pouco chove, mas o mato ainda é verde, nos ajudou a vive”.

Ainda hoje, o sertão do Jequitinhonha aparece na imaginação social das pessoas que habitam as grandes cidades como um lugar do inculto, do incivilizado, do tradicionalismo ou da resistência à mudança, do atraso.


A história de Dona Luruca e do povo de Baixa Quente revela outra dimensão: este é o espaço do autêntico, do nacional legítimo, dos traços mais puros do ser humano. Eles sobreviveram à indiferença das elites e criaram suas famílias com dignidade, transformando o que a natureza lhe deu em objetos úteis e belos, transformando, ao mesmo tempo, a si mesmo.

Fonte: Livro-Regaste cultural dos vale dos rios Jequitinhonha e São Francisco

Lambido do Blog de minasnovenses e amigos: ventosdovale

Jequitinhonha: UFMG mostra produção de jovens em comunicação

Jequitinhonha: UFMG mostra produção de jovens em comunicação
Na quinta-feira, 27 de janeiro, o Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha realizou uma reunião para a apresentação das atividades realizadas na primeira fase do projeto de Assessoria de Comunicação Colaborativa em comemoração aos 200 anos da cidade de
Jequitinhonha.

A reunião contou com a presença do vice prefeito da cidade Dr. Nilo Barbuda Souto, da secretária municipal de educação de Jequitinhonha, Iracilda Dias da Silva, da coordenadora do Polo, a Pró-Reitora Adjunta de extensão da UFMG, Maria das Dores Pimentel Nogueira (Marizinha), do coordenador de comunicação do Polo, professor Márcio Simeone, da coordenadora do Visões do Vale, professora Graziela Mello, do professor da UFMG e membro da Associação Imagem Comunitária, Ricardo Fabrino, dos estudantes da UFMG e bolsistas do Polo, além dos jovens do projeto e seus pais.

Durante o encontro, Iracilda Dias falou sobre a importância do envolvimento dos jovens no projeto e sobre a relevância do projeto como incentivador do protagonismo juvenil. Márcio Simeone destacou a participação dos jovens, que para ele tem superado as expectativas. “O grupo abraçou a proposta com empolgação e entusiasmo.

A força dos jovens tem nos surpreendido a cada dia”, afirmou. Simeone revelou ainda o interesse de outras cidades do Vale pelo projeto e reforçou a importância das escolas da região no incentivo para que o conhecimento adquirido pelos 25 jovens não fique restrito apenas ao grupo, mas que possam ser transmitidos a outros jovens.

Após as falas iniciais, os integrantes do Polo apresentaram os trabalhos que tem sido desenvolvidos pelos jovens nos quatro núcleos do projeto: Audio, Audiovisual, Impresso e Web.

Mais do que divulgar os eventos da cidade, os jovens tem trabalhado visando a mobilização da população local e a produção de um registro histórico e cultural de Jequitinhonha.

Para isso, os jovens tem realizado coberturas de eventos da cidade, entrevistas com moradores, vídeos sobre a cidade, produção de spots, entrevistas, programas de rádio e outros produtos audiofônicos, como o percurso sonoro da cidade, além da administração do site de comemoração dos 200 anos da cidade e de outras redes sociais, como Orkut e Facebook.
Os jovens também tiveram a oportunidade de falar sobre as experiências com o projeto e sobre o aprendizado adquirido com as oficinas.
Mariza das Dores P.Nogueira, a Marizinha, Pró-reitora da UFMG

A reunião foi encerrada pela coordenadora do Polo, Maria das Dores Pimentel Nogueria, a Marizinha. Ela fez questão de ressaltar a receptividade da cidade em relação ao projeto e mostrou-se encantada com o trabalho que tem sido desenvolvido pelos jovens. A pró reitora destacou ainda a parceria com o Vale que completa 6 anos, em 2011.


“O Polo é um programa concebido com o Vale e não para o Vale, é uma produção conjunta”, afirmou.

Sobre o Projeto
O projeto de Assessoria de Comunicação Colaborativa é fruto de uma parceria da UFMG com a a prefeitura municipal de Jequitinhonha. Desde outubro, o Polo tem desenvolvido em parceria com a Comissão Duzentos Anos de Jequitinhonha, o projeto com um grupo de 25 de jovens.

A primeira fase consistiu em 16 dias de oficinas, nos quais foram trabalhados conceitos e práticas comunicacionais. A segunda fase que tem início em fevereiro e término em setembro, mês dos 200 anos, visa o desenvolvimento de ações comunicacionais para a divulgação dos eventos da cidade, mobilização da população, além do registro histórico e cultural da cidade.

Fonte: PROEX-UFMG, com redação de Fabíola Souza, estudante de Comunicação Social na UFMG

Capelinha: Justiça mantém Pedro Vieira como prefeito

Capelinha
Justiça mantém Pedro Vieira como prefeito

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais-TJMG negou agravo impetrado pelos advogados da vic-prefeita de Capelinha, Hedy Lamar de Lourdes Cordeiro, que pretendia afastar o atul prefeito Pedro Vieira, com o argumento que ele havia renunciado ao cargo, em 31 de dezembro de 2010.

A decisão foi proferida pelo Desembargador do TJMG, Edigar Sena Amorim, na tarde desta sexta-feira, dia 28.01.

O foguetório na cidade anunciou tal decisão, comemoração feita pelos apoiadores de Pedro Vieira.

Entenda o caso

A vice-prefeita Hedy Lamar Cordeiro havia protocolado documento de renúncia do atual prefeito Pedro Vieira, em 31.12. De imediato, a presidência da Câmara dos Vereadores deu posse a ela.

No dia seguinte, 01.01, a nova diretoria da Câmara anulou tal decisão e retornou Pedro Vieira ao cargo.

No dia 07.01, Hedy Lamar conseguiu liminar e voltou ao cargo.

Quatro dias depois, a Câmara Municipal conseguiu impetrar uma ação judicial, questionando a veracidade de documentos, fazendo novo retorno de Pedro Vieira ao cargo de Prefeito de Capelinha.

Leia mais em crise.politica.em.capelinha

Olímpio Soares, um fazedor do nosso chão

Chapada do Norte
Olímpio Soares: “A vida da gente é um laço. É uma história muito prolongada”
Fernanda Salvador, em http://fazedoresdonossochao.com/
Olímpio no engenho de sua roça: é nele que ele colhe vida
Terra pode ser poeira, solo, chão, pátria, o “meu lugar”, mundo: são muitos os seus sentidos. Nela produzimos nosso alimento e garantimos o sustento do nosso corpo.

Por outro lado, é através dela que sepultamos a existência que ela mesma ajudou a manter. Muitos sentidos brotam da terra, mas é pelo mesmo caminho que todos transitam: o da vida.
Não é apenas no alimento produzido pelo chão que a vida se faz presente. Da relação entre homem e terra nasce um modo de viver, uma cultura.

Foi na realidade da roça que Olímpio Rodrigues Soares se construiu e se diplomou alguém. Nascido no município de Chapada do Norte (Médio Jequitinhonha – MG) no ano de 1937, ele conhece o dia-a-dia da lavoura desde bem cedo. “Eu comecei a trabalhar de pequeno e fui continuando”, conta.

Olímpio aprendeu a semear sua existência no mundo quando ainda era menino. Para sobreviver, não teve escolha: precisou transformar a realidade que o castigava em sua aliada, fazer da vivência sua matéria-prima de conhecimento. Sobre a experiência de viver, ele conclui:

“A prática engole a teoria, se não tiver a prática. Então, a escola do mundo eu acho que seria a melhor, além do estudo, porque precisa ter, mas a do mundo é boa também”.

Quando Olímpio fala do que a realidade de seu dia-a-dia o fez aprender se refere, também, ao que sua mãe lhe ensinou: “Eu não tinha pai, minha mãe que criou nós. Era bastante filho e ela deu conta de nós tudo criado. Então, a gente deve essa obrigação aos criadores da gente que souberam, no sofrimento, amar a vida”.

Mais tarde, na condição de pai, Olímpio pôde prolongar o saber que fez sua mãe encontrar uma maneira de colher solução de um chão de impossibilidades: “Meus filhos foram criados um ajudando o outro, um socorrendo o outro. Isso vem desde esse começo: minha mãe criou nós fazendo do mesmo jeitinho, um vestindo a roupa do outro”, lembra.

Os impedimentos do dia-a-dia, no Vale do Jequitinhonha, entrelaçam a vida de cada um e inspiram em todos a vocação do convívio. “A vida da gente é um laço, é uma boia. É uma história muito prolongada”.

Mas não foi somente o modo de viver de sua terra que inspirou seus caminhos na vida. Olímpio precisou reconstruir referências que esse modo de viver ainda não enxergava. Ele percebeu que era preciso, em alguns casos, enveredar suas percepções a uma direção diferente da que já estava traçada.

A ele, quando jovem, foi ensinado que, em qualquer situação, era dever ser respeitoso: “Na minha criação, o velho falava e só o novo é que tinha que respeitar, eles não lembravam que o velho tinha que dar respeito, era o novo que tinha que respeitar, sempre era o novo que faltava respeito”.

Foi justamente por desconsiderar esse modo de agir dos mais antigos que Olímpio encontrou uma maneira de fazer valer o que lhe era exigido: “O velho tem que dar respeito primeiro para o novo porque se eu não te respeitar, você não vai me respeitar, então eu tenho que começar primeiro a respeitar a pessoa. E esse respeito é que faz crescer e faz amizade e firmeza na vida da família, porque um respeitando o outro, o pai tem respeito ao filho”, diz.

Fundação do Sindicato
A necessidade de desbravar caminhos em terras ainda inexploradas se impôs como um incessante trabalho para Olímpio, sem garantia de férias, folga, salário. Porém, foi à custa dessa renúncia que ele criou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Chapada do Norte e conquistou outros direitos que lhe pareciam irrenunciáveis.

A participação de Olímpio no sindicato, atualmente, é de associado, mas sua permanência na diretoria durou quase duas décadas. “Nesses 18 anos que eu fiquei nesse movimento da sociedade, não tinha nada que eu fazia por dinheiro, eu não tinha salário, minha mulher mais os meus meninos é que trabalhavam, é que faziam a roça. Às vezes eu chegava, ajudava um, dois dias, daqui a pouco ligava um telefone: ‘você tem que tá em Brasília tal dia, você tem que tá em Belo Horizonte tal dia’ e eu nunca senti, pra falar assim: eu tomei prejuízo”, lembra.

A decisão de fundar o sindicato partiu da dificuldade que, certa vez, encontrou para conseguir atendimento médico em Belo Horizonte para uma irmã. No hospital, Olímpio apresentou à funcionária uma comprovação de sua contribuição ao sindicato patronal, acreditando que facilitaria a liberação na internação. Mas o documento produziu um efeito oposto do que ele esperava. A funcionária deduziu que, por Olímpio estar registrado naquele sindicato, era o patrão de sua irmã e, portanto, ela não poderia receber o atendimento. Não fosse Olímpio ter levado seu atestado de pobreza e o número do telefone de um médico que confirmou a carência deles e que eram trabalhadores rurais, a funcionária não teria liberado a internação. Ele reproduz o diálogo com ela: “Por que você paga esse sindicato? Lá não tem trabalhador não? Uai, falei: ‘tem sim’! E por que você paga esse sindicato? Cê tem que ter um sindicato seu: Sindicato do Trabalhador Rural”. A partir daí, deu início à peleja: “Aí eu arregacei a manga da camisa, achei muita ajuda, tinha um padre aqui que ajudou, bispo me ajudou, muitos companheiros me ajudaram”, conta.

Leia o restante da história do sr. Olímpio no site http://fazedoresdonossochao.com/

Fórum dos Movimentos Sociais do Vale lança as pautas para 2011

Fórum dos Movimentos Sociais do Vale lança as pautas para 2011 Entre os dias 19 e 20 .01, o Centro Missionário da Igreja Católica de Jordânia, no Baixo Jequitinhonha, recebeu a primeira edição de 2011 do Fórum dos Movimentos Sociais do Vale do Jequitinhonha.

O evento, que ocorre desde 1999, busca articular as entidades do Vale para discutir os problemas de cada microrregião (Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha) e buscar uma solução conjunta.

Reforma agrária, educação no campo, desertificação, economia popular solidária e a violência contra a mulher foram as temáticas pautadas para 2011.

Ao todo participaram cerca de 30 pessoas de 15 instituições. Entre elas sindicatos, entidades da Igreja Católica, movimentos ligados à questão agrícola e Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).

No primeiro dia foram apresentadas as entidades presentes e feita uma análise da conjuntura nacional. Um dos principais pontos levantados foi a falta de políticas públicas mais atentas às realidades de cada região e dos movimentos sociais.

Também foi realizada uma avaliação dos 12 anos do Fórum, com discussões acerca dos papéis das comissões temáticas (forma escolhida pelas entidades para trabalhar os assuntos definidos como importantes) e da comissão executiva que é responsável pela organização e por representar oficialmente o Fórum.

No segundo dia, foi dada continuidade às discussões acerca dos temas pautados para 2011 e definidas as ações a serem tomadas pelos movimentos.

O Encontro Nacional da Articulação do Semiárido- Econasa, que será realizado em 2012, foi uma das principais discussões já que ele, provavelmente, será sediado em Minas Gerais.

As entidades também perceberam a necessidade de ampliar a mobilização nas microrregiões e por isso definiram que deverão ser feitas reuniões em cada regional por uma comissão local antes dos próximos Fóruns.

Para José Nelson, representante da Cáritas de Araçuaí (entidade da Igreja Católica ligada à formação e conscientização dos excluídos) as discussões foram muito ricas e têm mostrado um avanço do Fórum.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jordânia, Ieda Rodrigues, destacou também a importância do evento, que consegue articular diferentes opiniões e procura soluções conjuntas:

"Não é apenas uma entidade que assume as atividades", afirmou. O próximo encontro será em Diamantina, nos dias 26, 27 e 28 de Abril com a perspectiva de ampliar o contato com a UFVJM que tem um Campus na cidade.

Fonte: Polo Jequitinhonha, UFMG.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Gameleirinha do nosso amor

Gameleirinha, a árvore do nosso amor
Banu
Quem não deu o primeiro beijo,
os apertos de mão suados, tremidos,
os amassos de suspiros dobrados, gemidos,
debaixo da Gameleirinha?

A gameleira assistiu a muito amor começar,
muito choro, paixão terminar,
muita jura de amor eterno a balbuciar.
Já assistiu animada, soltando folhas ao vento,

ao som do rio Araçuaí, lá embaixo, pedidos de casamento.

A Gameleirinha já passou por muitas gerações,
e poderá dobrar vida para assistir a muitas emoções.
Quantos ali gravaram seus nomes,

unidos pela flecha do cupido, em dois corações?

Sua casca enrugada já comemorou muitas bodas
de prata, de ouro, de diamante.
A Gameleirinha não se importa
que o amor descubra novos point,
mas quer ser lembrança terna e eterna dos amantes.

Ela sabe que sempre será o colo, a alcova,
guardadora dos uis, hunnn e ais,
das marcas da vida dos casais,
de agora e de tempos atrás,
daqui de Berilo e da beira do cais.

A Gameleirinha é uma árvore centenária, na rua Abreu Vieira, 150, em Berilo, no Médio Jequitinhonha, bem próximo ao Sobradão colonial Abreu Vieira. Embaixo dela, há um banquinho para namorar, para apreciar o pôr do sol ou o nascer do dia, no vale de pedras e águas cristalinas do rio Araçuaí.

Falta beneficiamento: granito do Vale leva riqueza para outras regiões

Falta beneficiamento: granito do Vale leva riqueza para outras regiões
Assim como foi criada a campanha "O petróleo é nosso!", na década de quarenta, para defender uma das maiores riquezas do Brasil, as lideranças políticas, sociais e comunitárias do Vale deveriam lançar a campanha "A riqueza mineral é nossa!"
O granito beneficiado agrega valor, gerando trabalho e renda

Os minérios e pedras preciosas retirados no Vale são beneficiados em outras regiões, não agregando valor e nem gerando trabalho, empregos e renda na região.

Hoje, a zona graniteira da região vende o produto in natura, sem qualquer tipo de beneficiamento. O granito é transportado em blocos para o Espírito Santo, onde é transformado em produto acabado.

Araçuaí, Coronel Murta, Medina e Itinga, por exemplo, possuem grandes jazidas de granito. Como o produto é beneficiado em outro estado, aqui na região fica somente a degradação ambiental.

O Vale do Jequitinhonha ainda não possui empresas de beneficiamento de granito. Existem projetos para atrair estas empresas para região. Isso possibilitará a geração de emprego e renda no Vale. Além disso, essa atividade está em expansão com o aquecimento da construção civil. O mercado externo também é muito promissor, as rochas ornamentais são muito apreciadas em todo o mundo.
O granito é uma rocha natural e faz parte das chamadas rochas ornamentais. Ele é muito utilizado na construção civil nos acabamentos, alcançando bons preços no mercado interno e externo. A região possui, ainda, os chamados granitos exóticos: são rochas únicas e que alcançam altos preços.

O Jequitinhonha possui um dos subsolos mais ricos do planeta. Entretanto, praticamente toda essa riqueza é exportada ficando na região somente a degradação ambiental e levando a sua população a ter um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano do país.

Fonte: Texto e fotos da TV ARAÇUAÍ, pelo repórter André Sá

309 anos: Serro do Frio, do Jequitinhonha, das Minas Gerais...

309 anos: Serro do Jequitinhonha, das Minas Gerais...
“É do Serro que sei que Minas em mim vive" - França Júnior

Sede de uma das quatro primeiras comarcas da Capitania das Minas Gerais, a antiga Vila do Príncipe, hoje, a cidade do Serro, ainda preserva características das vilas setecentistas mineiras.

Em 1702, uma bandeira chefiada por Antônio Soares Ferreira descobriu as minas de ouro de Ivituruí, que em língua indígena significa Serro Frio, um “nevoeiro denso que invade a parte alta da serra, acarretando grande baixa de temperatura e sendo acompanhado de vento mais ou menos forte e constante”. O nome é também uma alusão ao clima típico de montanha predominante no município.

Em pouco tempo, um grande número de aventureiros chegou ao local atraído pelo ouro que brotava fácil nas cabeceiras do Jequitinhonha e seus afluentes.

Em 1711, o sargento-mor, Lourenço Carlos Mascarenhas, foi nomeado superintendente das minas de ouro da região para manter a ordem e a justiça.

A prosperidade do arraial motivou, então, sua elevação à vila no ano de 1714, quando, então, ganhou o nome de Vila do Príncipe. Com a criação da Comarca do Serro Frio, a vila passou a ser sede da Comarca.
Em 6 de março de 1838, a vila foi elevada à cidade com a denominação de Serro.
Serro de agora
Seu acervo de arquitetura religiosa colonial está entre os mais significativos do Circuito dos Diamantes, pela homogeneidade do conjunto e alto nível de qualidade alcançada na ornamentação interna dos templos, sobretudo no que diz respeito à pintura em perspectiva dos forros.

Não por acaso, Serro foi a Primeira Cidade Brasileira Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, em 1938, ao lado de seu acervo histórico-arquitetônico, representado pelos belos monumentos religiosos e notável conjunto de sobrados, a cidade guarda também outro importante aspecto de sua riqueza cultural do passado: as tradições folclóricas e festas religiosas.

O município do Serro é marcado pelas serras e rios que delineiam sua singular topografia. A área de 1218 Km² é cortada longitudinalmente pela Serra do Espinhaço, o que lhe confere um relevo assinalado pelos afloramentos rochosos, onde são comuns os morros parcialmente aplainados, chapadas e “pontões” de quartzito. Tem a altitude mínima de 835 m e altitude máxima de 2002 metros.

O Relevo é composto por 10% de áreas planas, 20% de regiões definidas com onduladas, e 70% de relevo montanhoso. A população do Serro é de 20.837 habitantes (IBGE – 2010), sendo 11.784 habitantes na zona urbana.
Igreja do Carmo, construída no século XVIII
É no Serro onde brotam as centenas de nascentes que dão origem ao rio Jequitinhonha, na região do povoado acolhedor, Milho Verde.

Está situado no centro-nordeste de Minas Gerais, na região central da Serra do Espinhaço. Fica a 230 quilômetros de Belo Horizonte.
Localização do Serro no mapa de Minas Gerais
É também uma importante Cidade do Caminho dos Diamantes e da Estrada Real, uma herança das minas que atraíram os Bandeirantes paulistas e nordestinos no século XVIII.

Além das belezas naturais e das minas, o Serro possui um rico patrimônio histórico-cultural. O município hoje conta com 5 agências bancárias, campus da PUC MG, diversos hotéis e pousadas, sendo um principais roteiros turíticos do interior de Minas, onde o turista pode contar com apartamentos, serviços, deliciosos cafés-da-manhã e guias para percorrer a região.

Tem um grande plantio de morango e uma variedade dos melhores queijos do Brasil, a serem degustados com vinho ou cachaça do Vale do Jequitinhonha.

Atrações turísticas
Museu Regional Casa dos Ottoni (IPHAN).
Distrito de Milho Verde, a 25 km do centro.
Distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, a 30 km do centro.
Pico do Itambé, a 20 km do centro.
APA das Águas Vertentes.
Festa do Queijo (feriado do 7 de setembro).
Festas religiosas tradicionais (Festa de Nossa Senhora do Rosário, Festa do Divino e outras).
Inúmeras e belas cachoeiras - São mais de 100 quedas, sendo as mais procuradas: Malheiros, Moinho de Esteira, Carijó, Cascatinha.

Hoje, dia 29 de janeiro, o Serro completa 309 anos de história, tradição e cultura!
A Prefeitura Municipal programou atividades diversas até o dia 11 de fevereiro para a comemoração festiva da data histórica. Confira a programação acima.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Araçuaí: Quinto Trilhão reúne motoqueiros da região

Araçuaí: Quinto Trilhão reúne motoqueiros da região
O Quinto Trilhão dos Motoqueiros de Araçuaí, no Médio Jequitinhonha, nordeste de Minas, foi realizado no último sábado, dia 15 de janeiro.
O evento atraiu pessoas de várias cidades da região que apreciam os esportes radicais.
Integração, adrenalina e muita disposição foram as marcas do evento.
A largada teve início na AABB por volta das 10 horas da manhã.

Antes de iniciar o trilhão, avisos, oração do Pai Nosso e muita expectativa.

Os motoqueiros percorreram as principais ruas da cidade.
O barulho e a quantidade de motos chamaram a atenção dos moradores. Os trilheiros seguiram todas as recomendações de segurança, sendo acompanhados pelas Polícias militar e civil. O percurso teve inicio próximo à caixa d’água, passando pela estrada que dá acesso a Caraí e percorrendo chapadas e estradas vicinais.
O evento foi organizado pela equipe K-iau Trilhas.

O contato com a natureza, os desafios impostos pelo percurso, o amor e a aventura são ingredientes fundamentais para as pessoas que praticam este esporte.
A lama fez parte do percurso e proporcionou momentos ainda mais radicais. As motos deslizaram sobre a lama e o barulho do motor foi ainda mais forte.

Alguns trilheiros, durante o percurso, também, participaram do veloterra, prova na qual é premiado o motoqueiro que faz o percurso no menor tempo.
Depois de muita aventura, o trilhão teve fim por volta das 15 horas com a realização de um churrasco de confraternização.

Fonte: Texto e fotos da TV ARAÇUAÍ, com o repórter André Sá

Deputado Gil Pereira assumiu a SEDVAN

Deputado Gil Pereira assumiu a SEDVAN
Secretaria do Desenvolvimento Regional continua sob domínio de políticos do norte de Minas. Jequitinhonha e Mucuri são esquecidos Deputado Gil Pereira assumindo a SEDVAN, junto ao Governador Anastasia

Já era de se esperar. As lideranças políticas do Vale do Jequitinhonha não se movimentaram e, mais uma vez, o norte de Minas abocanhou um naque do espaço político no Governo de Minas.

Dessa vez, o beneficiado foi o deputado estadual Gil Pereira, político tradicional do norte de Minas, que tem o sonho de se tornar prefeito de Montes Claros.

A Secretaria de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas - SEDVAN será seu trampolim para o salto eleitoral.

“ Compromisso com as pessoas, a distribuição dos frutos do desenvolvimento entre todos os mineiros e a redução das diferenças regionais. Essas são as metas para os novos secretários de governo do estado de Minas", segundo ressaltou o governador Antonio Anastasia, durante a cerimônia de posse dos secretários de Estado, que aconteceu no dia 03 de janeiro, no Palácio Tiradentes.
“É fundamental que o gestor público pense no ser humano. Acredito que a equipe que formamos possui o compromisso ético, a responsabilidade e a eficiência necessárias para garantir resultados ainda melhores na qualidade de vida dos mineiros”, disse o governador.

Criada como Secretaria Extraordinária na gestão do governador Aécio Neves, a entidade passa a ser permanente a partir de 2011.

Quem é Gil Pereira
Nascido em Montes Claros, o deputado Gil Pereira é sobrinho do ex-deputado federal Edgar Pereira, falecido na década de 70.


Administrador de empresas. Bacharel em Administração com especialização em Comércio Exterior, Gil Pereira iniciou a vida pública como vereador em Montes Claros em 1988, quando presidiu a Comissão que elaborou a Lei Orgânica do Município (1989/90).

Em Montes Claros, foi Secretário Municipal de Governo na gestão do Prefeito Mário Ribeiro (1991/1992) e presidente da Câmara Municipal (1993/1994).

A principal região de atuação política é o Norte de Minas, onde obteve 90.887 votos de um total de 95.450. Os municípios de maior votação foram Montes Claros, Pirapora, Bocaiúva, Espinosa, Grão Mogol, Monte Azul, Mamonas, Icaraí de Minas e Claro dos Poções, entre outros.

No Vale do Jequitinhonha e Mucuri, obteve apenas 1.880 votos. Sua maior concentração se deu em Berilo com 1.599 votos.
Obteve a seguinte votação das microrregiões do Vale: Diamantina: 16 votos; Araçuaí - 22; Almenara - 07; Pedra Azul - 16. Na região do Mucuri, obteve 01 voto na microregião de Nanuque e 04 votos na região de Teófilo Otoni.

Um dos deputados estaduais mais bem votados na história do Norte de Minas, Gil foi eleito, em 1994, com 26.345 votos; reeleito em 1998, com 56.540 votos; em 2002, com 74.502 votos; em 2006, com 100.442 votos e em 2010, para o exercício da 5ª legislatura com 95.450 votos.

Filho de Josué Antunes de Souza e Walquíria Pereira Antunes, é casado com a Cirurgiã-dentista Tereza Christina Pereira Antunes. Tem 3 filhos: Tattianne, Guilherme e Emmanuelle.

Sonho de Prefeito
Um dos grandes sonhos de Gil Pereira é de se tornar prefeito de Montes Claros. Foi candidato em 2000 e 2004, não conseguindo chegar nem ao segundo turno. Em 2008, aliou-se a Tadeu Leite e indicou sua esposa Cristina Pereira, como vice. Venceu, mas não levou. Tadeu rachou com ele.

Para 2012, ele se mantém mais esperançoso. Obteve 29.087 votos na cidade , nas eleições de 2010.

Gil precisa articular o apoio do ex-prefeito Athos Avelino e de outras lideranças como os
deputados estaduais Carlos Pimenta, Arlen Santiago, Ana Maria e os federais Jairo Athaide e Humberto Souto.

Athos e Jairo são ex-prefeitos que sempre são citados como possíveis candidatos. Humberto Souto é outro que mantém o seu nome à disposição. O ex-deputado Ruy Muniz afirma que também concorrerá. Paulo Guedes, deputado estadual do PT, é outro candidato.

É briga de cachorro grande. Com certeza, o governo estadual apostaria suas fichas no deputado Gil Pereira.

Nós, do Vale do Jequitinhonha, esperamos que ele não se esqueça da nossa região tão abandonada. Por aqui e no Mucuri, falta roer pequi.

Fonte: Com informações da SEDVAN

Carnaval Diamantina 2011 promete ser da massa

Carnaval Diamantina 2011
Muitos foliões já estão se programando para aproveitar esta festa

O Carnaval diamantinense é conhecido como um dos melhores carnavais de rua do Brasil.

Durante a folia, milhares de pessoas de todo o país se reúnem na cidade e fazem festa 24 horas por dia. A animação fica por conta dos batuques e bandas nos palcos da região histórica da cidade, além dos DJ's nos casarões e dos vários blocos tradicionais que arrastam os foliões pelas ruas tombadas como "Patrimônio Cultural da Humanidade".

Em Diamantina, a tradição carnavalesca ultrapassa os séculos. Teve seu início ainda na época em que os negros e os mestiços brincavam pelas ruas atirando baldes de água fria, farinha e tinta. Tempos mais tarde a tradição se manteve nos bailes e nos desfiles de blocos caricatos que até hoje perduram.

Atualmente, a Bartucada e a Bat-Caverna são as atrações mais esperadas do carnaval, apresentando shows diferenciados que agitam cerca de 15 mil pessoas na Praça do Mercado Velho. A repercussão nos meios de comunicação faz com que a cidade receba cada vez mais turistas, ano após ano.

Para assistir aos shows não é preciso pagar nada, é tudo de graça. Porém, há dois espaços exclusivos para os foliões mais exigentes:

Espaço Folia: é a área VIP do carnaval diamantinense. Fica localizada em frente ao palco principal e possui bares, banheiros, segurança, espaço limitado, enfim, tudo para garantir um carnaval mais tranquilo.

Camarote Energia & Cia: é o camarote Open Bar com vodka, cerveja, água, refrigerante e sucos liberados 12 horas por dia, durante os 5 dias de carnaval. Funciona no prédio histórico do Mercado Velho, que fica localizado ao lado do palco principal. É o top de linha do evento, ideal para quem gosta de bebidas e deseja um local para se esconder da chuva durante os shows. Os abadás do camarote também dão acesso ao Espaço Folia.

E é assim, com ruas e praças lotadas de alegria, que Diamantina se mantém no circuito dos melhores carnavais do Brasil.
. : : Principais Atrações : : .
Pelo fato do carnaval em Diamantina acontecer nas ruas e praças, as atrações se diversificam entre charangas, blocos caricatos, desfiles, shows, rodas de samba, trances, etc. O que mais se destaca são as batucadas que se apresentam no palco principal da Praça do Mercado Velho:

A Bartucada é a mais antiga e tradicional batucada de Diamantina. Há mais de trinta anos anima a galera com um vasto e variado repertório que atravessa as madrugadas.

A Bat Caverna teve início numa brincadeira de adolescentes em botecos e acabou conquistando público e espaço. Hoje se apresenta nas tardes/noites e encanta a todos com a famosa descida do Batman do alto de um prédio até o palco.

A Prefeitura Municipal procura valorizar os artistas da região abrindo espaço para apresentações de várias bandas: Axé Mineiro, MP5, Acorde Mineiro, dentre outras.

Os Blocos Caricatos passam pelo centro da cidade e arrastam os foliões pelas ruas estreitas. A tradição de blocos como o Sapo Seco mantém vivas as características dos antigos carnavais de rua.

Do improviso e criatividade dos visitantes surgem novos blocos que deixam marca registrada em Diamantina: Pererecas, Onquotô, Valebeijo, 600 ml, Os Cafundó e muitos outros.

Os foliões que pretendem passar o carnaval na cidade de Diamantina, pode acessar o site que está disponível para que você fique pr dentro de toda a programação do carnaval.

A cidade fica completamente lotada nesta época, e você com certeza vai se divertir bastante.

Quer conferir pacotes de carnaval diamantina 2011? Então acesse agora mesmo o seguinte endereço da web: http://www.karnaval.com.br/index1.html

Acesse o site e confira tudo o que rola nesta grande festa, pois com certeza vale a pena conferir.

Se você quer diversão, e pular o carnaval com muita alegria, visite diamantina.

Fonte: Portal karnava

Jequitinhonha: Geraldo Azevedo e Xangai dão show no sábado

Geraldo Azevedo e Xangai no bicentenário de Jequitinhonha
Na abertura, Marcela Veiga, revelação do Vale. Apresentação do poeta Gonzaga Medeiros.
Neste dia 29 de janeiro de 2011, sábado, Geraldo Azevedo e Xangai fazem show em Jequitinhonha, no Baixo Jequitinhonha, nordeste de Minas, abrindo as comemorações do bicentenário do município.

A abertura das apresentações será realizada por Marcela Veiga, cantora e compositora revelação do Vale do Jequitinhonha. O evento terá a participação especial do poeta Gonzaga Medeiros.

SERVIÇO
Local: Praça de Eventos de Jequitinhonha
Dias: 29 de janeiro de 2011, sábado,
horários: 23h
Realização: Prefeitura Municipal de Jequitinhonha

Com informações da Prefeitura de Jequitinhonha

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tenho desejo

Tenho desejo
Dirlane Silva Silveira


Tenho desejo do esperado, do inusitado, do amor, do perdão.

Desejo o mundo, mundo ingrato, fechado.

Desejo a paz, prosperidade.

Desejo o indesejado, fome, desamores, angústia, dor?

Não.

Não desejo o desejo do não ter.

Desejo o desejo de ser desejada, amada, cortejada, amante de todos os amores, de todas as cores, de todas as dores.

E, simplesmente, desejo a delícia de ser desejada.
Dirlane é Assistente Social, tendo atuado no CRAS de Lelivéldia, em Berilo, e no Fundo Cristão, no Médio Jequitinhonha. É natural de Coronel Murta. Mora em Berilo.

Lula, o conciliador

Lula, o conciliador
“Lula nunca pregou a destruição do capitalismo. Nas greves históricas que promoveu, era sobretudo um negociador de aumentos salariais. E em geral sabia até onde poderia ir em termos de reivindicações para não inviabilizar a empresa e destruir a fonte de emprego do próprio trabalhador.

Testemunhei isso. Em 1978, eu era subeditor de Economia do “Jornal do Brasil” e fui indicado pelo editor, Paulo Henrique Amorim, para coordenar as edições das greves do ABC. Na época o “Jornal do Brasil” era o principal formador de opinião brasileiro e o fato de ter aberto duas páginas diárias para as greves foi decisivo para sua repercussão em nível nacional, já que a conservadora imprensa paulista praticamente se omitiu no início delas.

Terminadas 40 dias de greves, fui a São Bernardo para conhecer pessoalmente Lula. Estive com ele um dia inteiro. Entre os relatos que me fez, lembro-me de um sobre uma fábrica de uns 400 empregados que haviam parado e o chamado para negociar o aumento. Queriam 20%. Lula negociou, e obteve o acordo. Duas semanas depois, os operários entraram em greve de novo. Queriam mais 20%. O dono da fábrica desesperou-se. Não podia dar. Lula foi à fábrica e convenceu os empregados, em assembléia, a desistir do pedido.

Esse fato singelo antecipa o que Lula foi na Presidência da República: um hábil negociador e conciliador. Ele não é e nunca foi um revolucionário que quer fazer a História dar saltos, mas um visionário que quer empurrá-la aos pouco. É a personificação da síntese entre contrários na visão dialética: é a negação da negação, a continuação da política por meio da política.

Não o confundam, porém, com o estereótipo do político mineiro tradicional: o político mineiro é um protótipo do príncipe de Lampeduza, que quer mudar para que as coisas continuem como estão.

Lula quer efetivamente mudar, e, no seu jeito de fazer composição, arranca compromissos aos poucos, sem ruptura”.

J. Carlos Assis, jornalista e economista, doutor pela UFRJ
O texto acima é um fragmento do artigo "Lula, o filho da dialética", publicado no site Carta Maior. lula.filho.da.dialetica

Também testemunhei um fato parecido. Conheci Lula, em um almoço no Sindicato dos Bancários, em BH. Preparávamos uma greve nacional, em julho de 1979. Queríamos a reposição de 24% da inflação escondida pelo Ministro Delfim Neto. Os banqueiros ofereciam 12%. Nós, bancários, não aceitamos. Então, caminhávamos para a greve.

Lula interferiu e perguntou quantas reuniões tínhamos feito com os donos de bancos. Respondemos: uma. Ele, de pronto: “Greve é como uma guerra, não tem negociação, todo mundo fica nervoso, empregados são ameaçados por demissão, patrões chamam a polícia. Só se faz greve depois de muita negociação. Enquanto vocês não negociarem umas cinco vezes com os banqueiros não entrem em greve”.

Teve gente que faltou esganá-lo, chamando-o de traidor, pelego, reformista.

Lula aproveitou e convidou vários presentes para formarem um partido político, um Partido de Trabalhadores. Disse que os sindicatos eram limitados para provocarem mudanças necessárias para a vida das pessoas.

Disse que era um partido para mudar, mas teria muita negociação, baseada em princípios definidos coletivamente. Eu, Arlindo Ramos, então presidente do Sindicato, e mais outros topamos a parada e iniciamos o movimento pró-PT.

No início do ano seguinte, em 10 de fevereiro de 1980, foi registrado o Manifesto do PT, na Justiça Eleitoral.
Mas aí, já é outra história, embora emendada nessa do Lula.

ProUni bate recorde e tem mais de 1 milhão de inscritos

ProUni bate recorde e tem mais de 1 milhão de inscritos
O Programa Universidade para Todos (ProUni) registrou um recorde de inscrições — ao todo, 1.048.631 alunos concorrem a 123.170 bolsas de estudo, sendo 80.520 integrais e 42.650 parciais (50% da mensalidade). Os números, de acordo com o Ministério da Educação, superam os 822 mil registrados no ano passado — a maior marca até então.

Para participar do ProUni, é preciso ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou estabelecimento privado com bolsa integral. É necessário ainda ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 e atingido o mínimo de 400 pontos na média das cinco provas e não ter tirado zero na redação.

O candidato pode escolher até três cursos, elegendo uma prioridade.

A lista dos pré-selecionados em primeira chamada será divulgada na próxima sexta-feira, 28.01. Esses estudantes deverão comprovar informações nas instituições de ensino até 4 de fevereiro. No dia 11 de fevereiro, será divulgada a lista dos pré-selecionados em segunda chamada, com prazo de comprovação de documentos até 17 de fevereiro.

Caso ainda haja bolsas disponíveis, o Ministério da Educação abrirá um novo período de inscrições entre os dias 21 e 24 de fevereiro, com divulgação da primeira lista de pré-selecionados em 27 de fevereiro. Quem já tiver conseguido uma bolsa na primeira etapa de inscrições não poderá participar da disputa.

Fonte:Agencia Brasil

Araçuaí-Novo Cruzeiro: população reclama de péssimo estado de rodovia

Araçuaí-Novo Cruzeiro: população reclama de péssimo estado de rodagem
Estrada de terra é antiga trilha da Estrada de Ferro Bahia-Minas
A rodovia estadual LMG 678 que liga Araçuaí a Novo Cruzeiro, no Médio Jequitinhonha, está em péssimo estado de conservação. Essa estrada de terra segue a mesma trilha da antiga Estrada de Ferro Bahia-Minas que "ligava Minas ao porto, ao mar", como canta Milton Nascimento e Elis Regina, na música Ponta de Areia.

Motoristas, sitiantes e moradores de comunidades rurais reclamam da situação. Apesar das inúmeras estradas asfaltadas recentemente no Jequitinhonha, o Vale ainda é uma das regiões de Minas com menos rodovias pavimentadas.


Um exemplo é a LMG 678 que perfaz 97 km de extensão. Os buracos e poças de água e lama se multiplicaram pela rodovia, nessa época de chuvas. Quem passa por aqui precisa fazer verdadeiro malabarismo e ter muita paciência. Um motorista de Belo Horizonte considerou o acesso como o pior de todos que ele já havia passado.

A rodovia corta comunidades importantes do município de Araçuaí como Alfredo Graça e Engenheiro Schonnor, e de Novo Cruzeiro como Queixada. O fluxo de veículos é intenso. O acesso também é utilizado para escoar a produção dos sitiantes que produzem ao longo do rio Gravatá. Para Camilo Neiva, produtor de águardente, a situação piorou e muito nos últimos meses.
Asfaltamento vira promessa de campanha
No final do governo, na campanha eleitoral, o então candidato e hoje governador de Minas, Antonio Anastásia, lançou o Programa Caminhos de Minas para asfaltar vários trechos de estradas de terra do Estado.

Nesse programa consta o asfaltamento da rodovia que liga Araçuaí a Ladainha, no Vale do Mucuri passando por Novo Cruzeiro. Se isso acontecer, o itinerário para Teófilo Otoni encurtaria 65 quilômetros.

A população comenta que isso é promessa eleitoral pois o PROACESSO que pavimentou várias rodovias em Minas poderia ter programado e executado tal obra.

Com informações e fotos da TV Araçuaí.

Berilo: Acusado de mandante de assassinato de ex-prefeito será julgado

Berilo: médico acusado como mandante de assassinato de Ioiô será julgado Júri está marcado para o próximo 4 de fevereiro
O médico Luiz Antônio Nogueira será julgado na Sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Minas Novas, no dia 4 de fevereiro de 2.011. Ele é acusado de ser o mandante do crime de assassinato do ex-prefeito de Berilo, Cláudio Waldete Coelho Santos, o Ioiô, em 06 de junho de 2.008.


Cláudio Waldete Coelho, o Ioiô, ex-prefeito de Berilo, tocaiado e assassinado dentro de casa

O processo número TJMG: 041808013939-1 tramita desde 28.08.2008.

O médico foi acusado como mandante do crime pelo assassino confesso Roberto da Rocha Gonçalves, o Gil, que foi condenado a 14 anos de prisão. Ele cumpre pena na cadeia de Turmalina, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas.

Gil afirma que Luiz Nogueira encomendou o serviço por R$ 15 mil. Se ele não matasse Ioiô ele seria um homem morto, segundo seu depoimento.
Luiz Nogueira nega que tenha encomendado o serviço.

Entenda o caso
No dia 6 de junho de 2.008, uma tragédia se abateu sobre a pequena cidade de Berilo. O ex-prefeito Cláudio Waldete Coelho Santos, o Ioiô, foi tocaiado dentro de casa e alvejado pelas costas, tendo tomado 26 tiros de espingarda 12. Ele morreu na hora. Eram cerca de 22:15 minutos.

Em menos de uma semana, o agricultor Roberto da Rocha Gonçalves, o Gil, morador da comunidade de Quilombolas, em Berilo, foi preso como acusado pela morte de Ioiô. Confessou o crime e disse que foi mandado pelo médico Luiz Nogueira. Gil foi julgado em maio de 2010. Somente no primeiro semestre do ano passado o médico Luiz Nogueira foi preso pela Polícia Civil de Sete Lagoas e Belo Horizonte.

Os advogados de Luiz Nogueira vinham tentando protelar seu julgamento, e, ao mesmo tempo, tentavam transferi-lo para Belo Horizonte. O Poder Judiciário entendeu que o julgamento deveria ser na Comarca de Minas Novas, onde o crime foi cometido.

O médico contratou o escritório de advocacia Maldonado Gama, de BH, comandado por Hudson Maldonado Gama, advogado criminalista famoso, ex-diretor da Polícia Civil de Minas Gerais.

Veja dados do processo, clicando aqui:
processo.luiz.nogueira.vítima.ioio

Leia mais sobre o assasinato de Ioiô e julgamento do assassino confesso, Gil, clicando aqui:

assassinato.ioio

Com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Juscelino era cigano?

JK era cigano?
Fonte: Carta Capital
Anatomia de um povo desprezado
Autor: Helion Póvoa Neto, Professor da UFRJ e Coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Migratórios (NIEM)

Mio Facite e o grupo musical Encanto Cigano, participante da trilha da novela Explode Coração

Os ciganos por vezes aparecem como povo “à parte”, não pertencente a nações territoriais, com vida nômade ou seminômade, provocando estranheza numa sociedade com valores associados à sedentarização, como a Europa.
Junto disso, é bom lembrar que, na sociedade moderna, pessoas partem em busca de novos lugares para viver e se estabilizar, por causas econômicas, políticas e religiosas. São as migrações.


Ao mesmo tempo, há movimentos associados à “errância”, ao nomadismo ou à incapacidade de estabelecer relações duradouras com os lugares e as formas de trabalho mais tradicionais, que são fortemente estigmatizados, levando a iniciativas de assimilação ou sedentarização forçada. Os povos ciganos já foram alvo de tais processos, embora muitos mantenham seu estilo de vida característico. Costumam atuar em ofícios ligados à arte e às atividades mágicas, com uma existência tida como “aventureira”, suscitando atitudes ambíguas da parte dos que vivem em sociedades não nômades.


Tem sido este o tom do relacionamento das sociedades ocidentais com os ciganos ao longo da história, desde que apareceram no continente europeu, causando, ao mesmo tempo, curiosidade e medo. Não havia registros escritos sobre sua origem e história. Paralelamente, praticavam uma cultura de transmissão oral, em uma língua incompreensível e cheia de segredos para os ocidentais.


O nome com que passaram a ser conhecidos já revela esse aspecto. Identificando-se como refugiados do Egito muçulmano, favoreciam a associação entre “egípcios” (égiptiens, egyptians, egitanos) e os nomes gitans, tsiganes em francês, gypsies em inglês, gitanos em espanhol, ou ciganos em português. Muitos ciganos consideram tais nomes pejorativos e, mesmo sem consenso, preferem a designação de povos romani, rom ou roma.


Os Ciganos no Brasil No século XVI, os primeiros ciganos desembarcaram na Colônia, provavelmente ibéricos degredados. Há registros também da presença de ciganos na região das Minas Gerais no século XVIII, em geral acusados de “desordeiros”. No Rio de Janeiro, alguns ciganos enriqueceram com o comércio de escravos.


No século XIX, outros grupos começam a chegar, em meio à política de abertura à imigração europeia. Tidos como indesejáveis pelos oficiais de imigração na maioria dos países, ocultavam sua condição tanto às autoridades dos locais de partida quanto às dos países de chegada.


Assim, mesmo sem identificação precisa, nos séculos XIX e XX, o Brasil recebeu ciganos em meio aos fluxos de imigração alemã, italiana e do Leste Europeu. Essa falta de identificação no processo migratório explica a imprecisão das estimativas atuais quanto ao número de ciganos e descendentes em território brasileiro. Com exceção de alguns grupos no interior do País, atuando como artistas de circo, comerciantes e ferreiros, a comunidade cigana é bem pouco visível na sociedade brasileira.


A recente valorização da identidade cigana, em novelas de tevê, em grupos de música e dança, estimulou alguns a se assumirem ou redescobrir suas “raízes ciganas”, embora o preconceito e as associações negativas ainda persistam.


Um exemplo de origem cigana pouco conhecida é o de Juscelino Kubitschek de Oliveira, presidente da República (1956-1961), neto de um imigrante do império austro-húngaro que chegou a Diamantina (MG) em meados do século XIX.


Clique aqui para ler o artigo na íntegra: juscelino-era-cigano.


Lambido do Passadiço Virtual, de Diamantina


Comentários:
Há uma concentração de ciganos no Baixo Jequitinhonha, principalmente na cidade de Jordânia.

Cinema e Arte nas Comunidades de Itinga

Cinema e arte nas comunidades de Itinga

Em 1996, o M.C.I – Movimento Cultural Itinguense, hoje Centro Cultural Escrava Feliciana, criou o projeto Cinema nas comunidades o qual tinha o objetivo de levar a arte do cinema nacional para as comunidades rurais e urbanas de Itinga, no Médio Jequitinhonha, no nordeste de Minas.

Para viabilizar o projeto foi feito uma parceria com a Prefeitura de Itinga. Geralmente se leva também um vídeo feito na comunidade (reunião, jogo de futebol ou alguma festa) . E estes eram exibidos antes das sessões. Após as sessões ainda se fazia um forrozinho para alegrar os telespectadores.

Nas comunidades que não tinham energia elétrica se leva um gerador de energia movido a gasolina, o projeto perdurou até novembro de 2000 e neste período todas as comunidades do município de Itinga receberam o projeto cinema nas comunidades.

Agora, estamos retornando este projeto com um novo formato chamado “Cinema e Arte nas comunidades” onde se pretende levar a arte do cinema juntamente com nossas artes locais: grupos de teatro, corais, exposição de artes, contadores de histórias, cantores e poetas,.

Esta retomada só está sendo possível graças a uma parceria entre o Centro Cultural Escrava Feliciana e AMAI – Associação dos Moradores e Amigos de Itinga, que juntas vem somando forças para levar entretenimento para as comunidades privadas de acesso à cultura.

Em breve divulgaremos a programação de 2011 do projeto cinema nas comunidades.

Saneamento do projeto Irapé está atrasado

Saneamento Básico do projeto Irapé está atrasado

A CEMIG firmou convênio com a Copasa, em 2005, para executar obras de saneamento nos municípios de Berilo, Botumirim, Cristália, Grão Mogol, José Gonçalves de Minas, Leme do Prado e Turmalina, no Médio Jequitinhonha, nordeste de Mins.

Este convênio faz parte da contrapartida de investimentos nos municípios atingidos pela barragem. Ele prevê a instalação de redes de esgoto das cidades e ETE - Estação de Tratamento de Efluentes.

O total dos projetos é de R$ 12 milhões, sendo R$ 6 milhões para cada uma das empresas envolvidas.

A única obra totalmente executada está localizada em Cristália. Atualmente, as obras, de maneira geral, estão com 60% de seu projeto concluído. Nos outros municípios o andamento varia entre 47 e 87% de execução.

Há problemas de dificuldades com escavações em áreas rochosas, problemas com empreiteiras e terceirização e desapropriação judiciais de áreas para instalação de Estação de Tratamento de Efluentes (ETEs).

Informações da CEMIG, em Boletim de Novembro de 2010.